Avante Galiza!
'Estamos fartos de saber que o povo galego fala un idioma de seu, fillo do latim, irmao do Castellano e pai do Portugués. Idioma apto e axeitado para ser veículo dunha cultura moderna, e co que ainda podemos comunicar-nos com mais de sesenta millóns de almas (...) O Galego é un idioma extenso e útil porque -con pequenas variantes- fala-se no Brasil, en Portugal e nas colónias portuguesas'.

(Castelão - Sempre em Galiza)



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Quem teme o reintegracionismo?
A recente filtraçom de dados do Mapa Sociolingüístico da Galiza parece confirmar o que outros estudos tenhem reflectido nos últimos anos: a comunidade lingüística galega sofre um retrocesso mais do que evidente, ao ponto de estarmos a um passo de que o galego se converta, se ainda nom o fijo, em língua minoritária, além de minorizada, no seu território originário.

Umha situaçom que, ao contrário da anterior (língua maioritária e minorizada) nom é estável, acelerando o processo substitutivo em curso no nosso país e abrindo expectativas reais para a extensom absoluta do espanhol como principal língua de identidade na Galiza.

Perante um panorama como este, instituiçons como a Real Academia Galiza ficam em evidência quando o seu presidente, X. R. Barreiro Fernandes, num documentário divulgado pola TVG no passado dia 25 de Julho, considerava umha ameaça para o galego a possibilidade de ser ?succionada? (sic) polo português. Em termos bem mais prudentes se expressava o também académico Francisco Fernandes Rei, chegando a reconhecer a ?inegável? identidade lingüística entre galego e português. Continuar a sustentar hoje que a ameaça para o galego provém do sul do Minho, após quase três décadas de imposiçom oficial de um modelo isolador cujos resultados estám bem à vista, produz, no mínimo, algumha perplexidade?

Poderíamos agora apelar a casos concretos em que a existência de amplos espaços lingüísticos de dimensom internacional nom contradi a substancial unidade. O caso flamengo é paradigmático da prodigiosa recuperaçom durante o último século e meio, culminado em 1980 com a assinatura do Tratado da Uniom Lingüística Neerlandesa, entre os governos flamengo e holandês. O reintegracionismo foi aí umha ferramenta normalizadora que, ao contrário do que temem alguns isoladores do galego, nom implicou qualquer unidade política entre a Flandres e a Holanda.

Que impede, entom, a assinatura de um Tratado da Uniom Lingüística Galego-Portuguesa entre os governos da Galiza e Portugal? Só a curta visom dos políticos e os normalizadores oficiais que guiam os passos do nosso país em matéria de língua.

Tímida aproximaçom
É verdade que a última revisom do padrom galego da RAG supujo umha tímida aproximaçom de posiçons reintegracionistas. É verdade que a recuperaçom do nosso idioma exige outras medidas para além das padronizadoras, entre as quais umha também ensaiada com êxito na Flandres: o reconhecimento jurídico da territorialidade lingüística, nos mesmos termos que o espanhol a goza no conjunto do território administrativamente espanhol.

Contodo, um processo que realmente queira conduzir para a plena recuperaçom dos direitos lingüísticos colectivos galegos poderia incluir desde já algumhas medidas efectivas, com a única condiçom de que a mentalidade estreita e isoladora seja substituída por umha outra mais aberta, que nos situe no mundo como parte do amplo espaço internacionalmente conhecido como lusofonia.

Ponhamos alguns exemplos:

Que essência do nosso idioma se veria ameaçada pola difusom gratuita e generalizada dos meios de comunicaçom (televisons e rádios) portugueses no conjunto do território galego?

Porque a Administraçom autonómica nom segue os passos da estremenha, situando a Galiza à frente no ensino do português em escolas oficiais de idiomas e como segunda língua estrangeira no ensino secundário galego?

Que impede inclusive incorporar o estudo do português como parte dos programas oficiais de Língua Galega nos diferentes níveis educativos, garantindo assim, em poucos anos, umha competência generalizada por parte de toda a populaçom galega?

Seria tam difícil estabelecer acordos com administraçons e empresas informáticas, editoriais e audiovisuais para que a Galiza fique incluída na distribuiçom de materiais em português, que nos evitem pagar a portagem do espanhol para aceder a produtos culturais e tecnológicos de todo o tipo, já existentes na nossa língua?

Administraçom democrática
Essas e outras iniciativas semelhantes, longe de ameaçarem ou ?succionarem? o galego, só o enriqueceriam e o afirmariam face à abafante imposiçom do espanhol, permitindo novos passos em matéria de padronizaçom que nos conduzissem à assinatura desse necessário Tratado da Uniom Lingüística Galego-Portuguesa a que antes aludim.

Qualquer administraçom democrática em qualquer país do mundo, quando comprova o fracasso de umha política concreta, deve revê-la, corrigi-la e garantir mudanças reais. Em lugar disso, na Galiza levamos quase três décadas de fracassos em matéria de política lingüística, agora confirmada nos novos dados da segunda ediçom do Mapa Sociolingüístico da Galiza, que a RAG e a Junta nom acabam de publicar, apesar de estar pronto desde 2004. O que sucede no nosso país dá para pensar que, realmente, as instituiçons públicas querem deixar esmorecer o galego entre a propaganda, o sentimentalismo e os subsídios milionários.

Ou entom, como explicarmos que o Plano Geral de Normalizaçom da Língua Galega, roteiro de consenso com que as principais forças políticas enfrentarám os próximos anos, continue a teimar nos mesmos tiques bilingüistas e isoladores que nas últimas décadas mostrárom o seu inapelável fracasso?


Um artigo de Maurício Castro.
Comentários (0) - Secçom: Língua - Publicado o 23-04-2008 20:42
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Free Corsica
Manifestaçom na China
A imagem é de umha manifestaçom na China contra a hipocrisia francesa. O Estado francês pede a independência do Tibet, mas nom fala de Breizh, Occitánia, Arpetania, Elsass, Catalunya del Nord, Ipar Euskal Herria ou Corsica.
Comentários (3) - Secçom: Corsica - Publicado o 20-04-2008 23:12
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Xigantes
O rock galego... mais grande ca nunca... XIGANTE!!

Ruxe-Ruxe - Xigantes

Ruxe-Ruxe
Comentários (0) - Secçom: Música - Publicado o 19-04-2008 16:49
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Goa, um recanto galego-português na Índia
Artigo de José Paz Rodríguez:

Desde o passado dia 19 de março encontro-me em Goa. É a primeira vez que cá venho. Tinha que ter vindo antes. Desde Dezembro de 1961, em que foi anexionado à força pola Índia, é um estado indiano, mas totalmente diferente ao resto da República. Para chegar aqui tomei o aviom em Deli da companhia Go-Air. Ja gostei muito da amabilidade das açafatas goiesas e de todo o pessoal da companhia. Um táxi levou-me do aeroporto, que está a 30 quilómetros da capital Panjim, até a minha nova morada. Na Pousada Afonso do bairro de Fontainhas (sic) estavam à minha espera Alírio Afonso e a sua esposa, que falam ambos galego. Já polo caminho nom saia do meu assombro. Pola beleza da paisagem. Polas formosas praias rodeadas de infindade de palmeiras. Polos campos verdes dum verde intenso. Polos rios e rias, muito semelhantes às nossas. Polas casas que ia vendo, muitas de elas paços. Por um momento frotei os meus olhos e dixem-me a mim mesmo se estava sonhando ou era realidade o que estava vendo.

Um recanto galego-portugues na India! Mesmo quando acordo pola manhá e me levanto parece-me estar no Porto ou no Recife brasileiro. Quase todo o bairro de Fontainhas tem na sua grande maioria casas de estilo colonial, que se conservam bastante bem. Com varandas, balcons e telhados como os nossos. Com infindade de letreiros e rótulos com nomes e apelidos nossos: Rodrigues, Fernandes, Sousa, da Cunha, da Costa, Ferreira, Gomes, Mascarenhas, Abreu, Colaso, Noronha, Cabral, Afonso, Meneses... As palavras rua e casa repetem-se continuamente. As pessoas maiores de 50 anos todas falam galego-português. É realmente uma delícia poder exprimir-me no meu idioma em plena Índia. Aqui é onde te dás realmente conta da asneira que é dizer que galego e português som idiomas diferentes. Que grande mentira! Eu aqui nom tenho nos dias que levo nenhum problema para mover-me por Goa. Sempre encontro alguém com quem poder falar em galego. Na rua, na cafetaria, na praia, no bar, no restaurante, no barco que cruza o rio Mandovi, na barbearia que leva este nome, nas muitas igrejas cristianas que há, onde há missas em galego também.

Tirei muitas fotos de monumentos, de ruas, de múltiplas casas de estilo colonial, de paisagens, de gentes, de crianças, de rapazes jogando a bilharda... Seria bonito algum dia organizar em Ourense umha mostra das mesmas. Já tenho muitos amigos. Em primeiro lugar o leitor de português da Universidade de Goa, Dilip Loundo, natural destas terras e formado no Brasil e Portugal. A bibliotecária da biblioteca central de Goa, Mª Lourdes Bravo da Costa Rodrigues, profundamente lusófona, igual que o seu esposo Lionel e as suas fillhas, que estám a ensinar português às suas crianças pequeninas. Esta bibliotecaria tem um conhecimento bibliográfico enorme da historia de Goa e da Índia portuguesa, junto com todo tipo de publicaçons periódicas. Também tem escrito vários livros, um muito interessante de arte culinária, com infindade de receitas de pratos luso-indianos.

Todos os que sabem português também conhecem o konkani, que e o idioma próprio de Goa. Conhecim também, e já me convidou a morar na sua casa de campo, o médico Fernando Meneses e a sua esposa Celsa. Este doutor trabalhou no hospital de Goa e na sua escola, a mais avançada de toda Ásia. Tem umha memória prodigiosa e lembra todos os aconteceres da anexom no 61 de Goa por parte da Uniom Indiana. Mora numha localidade chamada Goa Velha. Um lugar de mangueiras, flores e bananeiras. A comida em Goa e fantástica e muito diferente à do resto da Índia. Tens o que quixeres para escolher e há infindade de restaurantes. Ademais, para nós som muito baratos. Os sumos de manga e ananás com leite som realmente deliciosos. Os temas da gastronomia e das festas som tam importantes em Goa que merecem um artigo monográfico a parte. Igual que os maravilhosos monumentos da antiga cidade situada a dez quilómetros da capital Panjim, sobre os que noutro artigo falaremos. Voltaremos de seguro a Goa, onde teremos que estar todo um mês para conhecer todos os recantos e encantos, as gentes, os templos, a sociedade. E, especialmente, para investigar na biblioteca sobre Telo de Mascarenhas, tagoreano como eu, que fez a traduçom de várias obras do Tagore ao galego-português.

No dia 26 tenho que ir para Deli, pois no dia 29 tenho que pronunciar umha conferencia sobre Robindronath no India International Centre da capital indiana. Antes escreverei mais sobre outros aspectos de Goa. E também sobre Brindaban e Mathura, onde também estivem no domingo de Ramos. Ali estám os templos hinduistas dedicados a Krishna, o deus do amor. Um outro artigo há de versar sobre o esplêndido templo de ouro de Amritsar dos sijs, do qual fiquei maravilhado quando o visitei.
Comentários (1) - Secçom: África - Publicado o 19-04-2008 16:13
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Sons da nossa fala
Lusofonia é o conjunto de identidades culturais existentes em países, regiões, estados ou cidades falantes da língua galego-portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e por diversas pessoas e comunidades em todo o mundo.

Uxía - Cantos na maré
Comentários (0) - Secçom: Música - Publicado o 19-04-2008 15:41
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"Se aínda somos galegos é por obra e gracia do idioma"
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