OUTRA VISIÓN


CONTRA O PENSAMENTO ÚNICO (Oficial ou alternativo)
Se repetimos unha mentira unha e outra vez, a xente terminará por crela.

(Joseph Goebbels)



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Ahmadineyad
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 24-09-2009 04:22
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Irã: O 18 Brumário de Mahmoud Ahmadinejad
Irã: O 18 Brumário de Mahmoud Ahmadinejad
Alan Woods

Dois candidatos concorreram às ?eleições? iranianas, mas o regime já havia decidido quem seria o vencedor bem antes de qualquer voto ter sido depositado nas urnas.

Apesar da ?oposição leal e conciliatória? de Mousavi, grande parte do eleitorado iraniano usou seu voto para expressar sua oposição ao regime. Uma vez anunciado o ?resultado? a violência explodiu nas ruas, veio à tona a fúria acumulada e o descontentamento entre as massas. Tudo isto marca uma nova fase no desenvolvimento da revolução iraniana.

O historiador francês Alexis de Tocqueville, uma vez escreveu, que o momento mais perigoso para um mau governo se dá quando este tentar fazer reformas. Mas é ainda mais perigoso quando este regime se recusa a fazer reformas.

A história conhece muitos exemplos de autocracias apodrecidas, que depois de um longo período no poder sucumbem a um processo irreversível de deterioração interna. Em tais momentos, todas as contradições internas que permaneciam escondidas vêm à tona subitamente. Sempre há duas tendências principais: a linha dura e a reformista. A primeira argumenta que: ?Não podemos fazer concessões a reformas, pois uma vez postas em movimento seremos derrubados?. E a última diz: ?precisamos fazer reformas desde cima, caso contrário, seremos derrubados.? Ambas estão corretas.

O que era verdade, na França, em 1789 também é verdade no Irã em 2009. Depois de três décadas no poder, o regime dos Mulás é extremamente impopular. Os analistas acreditavam, portanto, que Mousavi, amplamente reconhecido como um reformista, se sairia melhor. O debate presidencial entre Mousavi e Ahmadinejad sacudiu a nação, e nos últimos dias a campanha de Mousavi pegou fogo, impulsionando passeatas por toda Teerã. O que estas passeatas mostraram foi um ardente desejo por mudanças.

Em geral, esperava-se que, se a participação fosse elevada, Mousavi golpearia seu polêmico adversário. Ou pelo menos conseguiria disputar contra ele o segundo turno. Pesquisas, na Sexta-Feira, indicavam uma votação sem precedentes, davam margens suficientes para que Mousavi chegasse à presidência. A participação eleitoral ultrapassou os 80%, ao menos em duas pesquisas do Sábado.

A turbulência econômica no Irã ao longo dos últimos 4 anos minou a base de apoio de Ahmadinejad até mesmo nas regiões rurais. O governo não só anunciou a vitória de Ahmadinejad, anunciou uma esmagadora vitória, com 62,63% dos votos contra os 33,75% de Hossein Mousavi. De acordo com os resultados, que foram anunciados com indecente rapidez, Mousavi perdeu até mesmo em regiões de Teerã onde estão suas principais bases de apoio. Este cenário virtuoso de fraude eleitoral foi tão espalhafatoso que chocou até mesmo as pessoas que consideram estas práticas normais.

Fraude eleitoral
A velocidade com que o anúncio foi feito por si só já seria suficiente para indicar uma fraude massiva. O Irã ainda é um país predominantemente rural com uma infra-estrutura que não permite tal rapidez para a contagem dos votos. Em uma eleição genuína, muitos dias seriam necessários para a divulgação dos resultados de cada província e povoado nas áreas remotas. Ao invés disso, Ahmadinejad anunciou imediatamente que havia ganhado com uma grande vantagem. ?O povo do Irã inspirou esperança para todas as nações e criou uma fonte de orgulho para a nação e desapontou todos os maus intencionados?, disse Ahmadinejad em um programa de TV no Sábado à noite. ?Esta eleição aconteceu em um momento crítico da história!?.

Para um regime despótico que detém cada fração de poder firme em suas mãos, a tarefa de fraudar uma eleição não é lá muito difícil. Depois de encerradas as urnas ? de acordo com notícias vindas de fora do Irã ? Corpos da Guarda Revolucionária Iraniana foram às ruas fortemente armados. Em uma área no Norte de Teerã, um reduto da oposição e do ex-Primeiro-Ministro Mousavi, jornalistas estrangeiros testemunharam a passagem de um comboio com pelo menos quinze veículos militares cheios de guardas armados deslocando-se ao longo da estrada. O Ministério do Interior também foi bloqueado e fortemente guardado, o regime temia que os apoiadores de Mousavi reunissem forças no Ministério para protestar contra a contagem dos votos.

Ibrahim Yazdi, um líder dissidente iraniano e ministro do interior nos primeiros anos da República Islâmica, disse ao jornalista americano Robert Dreyfuss:

?Muitos de nós acreditam que as eleições foram fraudadas. Não apenas Mousavi. Não temos a menor dúvida. E no nosso entender, não é legitima. Houve muitas, mas muitas irregularidades. Não permitiram que os candidatos supervisionassem as eleições nem a contagem dos votos nas zonas eleitorais. O ministro do interior anunciou que supervisionaria a contagem final em seu gabinete, no ministério, com apenas dois observadores presentes.

Nas últimas eleições, anunciaram o resultado em cada um dos distritos, dessa forma as pessoas poderiam seguir a apuração e fazer seu julgamento acerca da validade dos números. Em 2005, houve problemas: em um distrito havia cerca de 100.000 eleitores, e anunciaram um total de votos de 150.000. Desta vez não liberaram os dados de cada distrito em particular.

No total havia cerca de 45.000 zonas eleitorais. Havia 14.000 urnas móveis, que podiam ser transportadas de povoado em povoado. Muitos de nós protestamos contra isso. Originalmente, as urnas móveis eram para ser usadas apenas em lugares tais como hospitais. Desta vez, foram usadas em delegacias de polícia, batalhões do exército e vários outros setores militares.

Mousavi e Karroubi [os principais candidatos de oposição] em antecipação estabeleceram comitês para proteger o voto do povo. Muitos jovens se dispuseram a trabalhar nestes comitês. Mas as autoridades não permitiram. Não existe maneira, independente do Governo ou do Conselho de Guardiões, de verificar os resultados.?

Com o resultado eleitoral em seu bolso a insolência de Ahmadinejad não conhece fronteiras. O presidente disse que as eleições foram um ?modelo de democracia? e acusou os ?opositores do ocidente? por criticar as eleições. ?Nas eleições de sexta-feira, o povo saiu vitorioso?, declarou ele. ?As eleições no Irã são realmente importantes. Eleições significam o consenso de todas as pessoas, resolvem-se na cristalização de suas demandas e desejos, é um salto na direção de aspirações mais elevadas e de progresso. As eleições no Irã estão totalmente fundamentadas nos movimentos populares, pertencem ao povo com os olhos no futuro, projetam a construção do futuro!?.

Supôs avanços através do consenso, dizendo que reformas econômicas e de infra-estrutura podem ser realizadas no Irã através de um processo coletivo. ?Todos nós podemos unir forças?, disse, enquanto seus capangas armados espancavam as pessoas nas ruas. Dezenas de milhares de apoiadores de Ahmadinejad reuniram-se na Praça Valiasr da capital agitando bandeirolas para o discurso da vitória durante a noite - tentava demonstrar força e sufocar os protestos de oposição.



?As eleições de 12 de Junho foram uma expressão artística da nação, que fez avançar a história das eleições do país?, disse o Aiatolá Khamenei. ?Os 80% de participação e os 24 milhões de votos apurados na eleição presidencial é uma real celebração de que com o poder de Deus Todo Poderoso pode-se garantir o desenvolvimento, progresso, segurança nacional e o regozijo e a excitação da nação.?

Protestos espontâneos
Sem dúvida, a nação está excitada ? mas não regozijada. O candidato reformista Mehdi Karrubi chamou o anúncio do resultado eleitoral de uma ?piada? e ?assombrosa.? Ainda durante os louvores de Ahmadinejad sobre os resultados e a grande margem, e ainda durante os lamentos de Mousavi e seus apoiadores pelas ruas de Teerã começaram os conflitos nas ruas. Na tarde de Sábado as ruas da capital estavam aparentemente calmas. Mas ao cair da tarde do mesmo dia manifestações espontâneas eclodiram nas ruas de Teerã. Isto reflete a enorme acumulação de fúria, desespero, e amargura no seio da sociedade iraniana que está gestando implicações revolucionárias.

Khamenei sugeriu que os iranianos deveriam respirar fundo e pensar sobre as conseqüências do voto. ?O sábado seguinte às eleições sempre deve ser um dia de introspecção e paciência,? disse ele. ?Todos os apoiadores tanto os do candidato eleito como cada um dos apoiadores dos outros candidatos devem evitar qualquer medida provocativa e qualquer comportamento condenável. O presidente eleito é o presidente de todo o povo do Irã e todos, incluindo os rivais de ontem, devem protegê-lo e ajudá-lo.? Estas palavras do supremo líder revelam o medo do regime de distúrbios populares. Não estão errados por se sentirem assim.

Manifestantes gritam: ?o presidente está cometendo um crime e o líder supremo o apóia?, palavras altamente inflamáveis em um regime onde o líder supremo, Ali Khamenei, é irrepreensível. Lojas, gabinetes governamentais e negócios fecharam tão logo começaram as tensões. Multidões reuniram-se também em frente à sede do comitê eleitoral de Mousavi, mas não havia sinal do dirigente político rival de Ahmadinejad. Os manifestantes ergueram seus punhos e gritavam palavras de ordem contra Ahmadinejad.

Os manifestantes atearam fogo às lixeiras e árvores, criando colunas de fumaça negra entre os blocos de apartamento e os edifícios do centro de Teerã. Um ônibus vazio foi consumido pelas chamas em uma estrada. A polícia recuou em blocos, inclusive pelotões móveis de motocicletas com cassetetes. Os manifestantes lançaram pedras e garrafas nos oficiais, gritando ?Mousavi, dê-nos nossos votos de volta? e ?as eleições estão repletas de mentiras?.

Mais de 100 reformistas, incluindo Mohammad Reza Khatami, o irmão do ex-presidente Mohammed Khatami, foram presos, de acordo com o líder reformista Mohammad Ali Abtahi. Ele disse à Reuters que eles eram membros da direção do partido reformista iraniano Mosharekat. Um porta-voz do judiciário negou que eles houvessem sido presos, mas disse que eles foram intimados e ?alertados para não aumentar as tensões? antes de serem liberados. O Estado aprisiona e tortura os sindicalistas e espanca os estudantes, mas os políticos burgueses são liberados com apenas uma palmada na mão.

As pessoas se debruçavam sobre as janelas e sacadas para ver a multidão de manifestantes em marcha, muitos deles eram partidários de Mousavi e conduziam manifestações extremamente barulhentas, mas pacíficas. Mais tarde, durante a noite, uma agitada e furiosa multidão tomou a Praça Moseni em Teerã, quebrando lojas, ateando fogo e derrubando símbolos. Dois grupos de pessoas enfrentaram-se na Praça, lançando pedras e garrafas e gritando furiosamente. Observadores acreditam que eram partidários de Ahmadinejad e de Mousavi em choque.

Os protestos, claramente espontâneos, não se limitaram a Teerã. Eclodiram também em outras cidades, incluindo Tabriz, Orumieh, Hamedan e Rasht. Claramente, ninguém organizou esses protestos, e muito menos os líderes reformistas. A nova tecnologia é ferramenta tática para mobilizar politicamente os jovens iranianos, apesar de as mensagens de texto terem sido bloqueadas nos últimos dias, assim como o Facebook. Contudo, os tradicionais métodos do boca a boca também funcionam e os manifestantes iranianos chegavam em massa aos pontos de concentração ao redor de Teerã no Sábado.

No Domingo a efervescência continuava. ?Era um ?jogo? entre os manifestantes e a polícia,? disse Samson Desta, um repórter da CNN, que foi agredido por um policial. ?Pelo tempo transcorrido, pode parecer que a polícia tem as coisas sob controle. Mas falamos com muitos e muitos estudantes e eles em geral dizem ?Isto não acabou. Eles podem nos deter agora, mas voltaremos e faremos com que nossa voz seja ouvida?.?

Este foi o segundo dia de protestos em Teerã. No Sábado, milhares de manifestantes gritavam ?Morte à ditadura? e ?Queremos liberdade?. Foram queimadas motocicletas da polícia, pedras atiradas contra as janelas de lojas, latas de lixo lançadas ao fogo.

Na noite do Domingo uma calmaria tensa baixou sob as ruas de Teerã, mas Jon Leyne da BBC, na cidade, noticiou que aconteceram confrontos na sede da IRNA - a agência oficial de notícias do Irã - e também pelo menos um no subúrbio. Houve também notícias de repressão à mídia independente. A sede da rede de TV saudita, al-Arabiya foi fechada por ?razões desconhecidas?, disse o canal. Os serviços de telefonia celular foram restabelecidos, mas havia notícias de que as mensagens de texto continuavam restritas e o bloqueio ao acesso de sites públicos da internet, inclusive o da BBC, continua. Estas atitudes não demonstram confiança, ao contrário, demonstram um extremo nervosismo por parte do regime.

Hipocrisia dos imperialistas
O mundo todo reagiu. Nos países como EUA e Canadá escutaram-se vozes sobre as irregularidades da votação. Mas os países ocidentais que são tão críticos à falta de direitos humanos no Irã foram circunspectos sobre a descarada fraude eleitoral no país.

De acordo com uma notícia da CNN, o comando militar americano no Oriente Médio enviou uma mensagem às forças americanas recomendando a manutenção da disciplina e a prudência em caso de encontrarem forças militares iranianas durante a agitação gerada pelas eleições presidenciais iranianas. As preocupações militares americanas são resumidas assim ?alta sensibilidade iraniana e até mesmo medo de potenciais ameaças internas e externas? disse um oficial.

As críticas em Washington mal puderam ser ouvidas. Hilary Clinton manteve sua boca fechada, passando a tarefa ao ?homem invisível?, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, que expressou suas ?dúvidas? sobre ?as formas de repressão contra as multidões, a forma como foram tratadas as pessoas?. Embora usasse uma linguagem comedida, disse que os EUA deveriam aceitar ?por enquanto? a escolha de Teerã, que Ahmadinejad conseguira a reeleição. ?Há muitas questões terríveis sobre como as eleições ocorreram,? disse Biden. ?Não temos fatos suficientes para fazer um julgamento firme.?

O ministro francês de relações exteriores, Bernard Kouchner, disse que seu governo está preocupado com esta situação e criticou ?a um tanto quanto brutal reação? por parte das autoridades em resposta às manifestações. A União Européia disse em um pronunciamento que estava ?preocupada sobre as irregularidades alegadas? durante a votação de Sexta-Feira.

Esta política reticente dos imperialistas não é acidental. Eles estão aterrorizados com a possibilidade de uma revolução no Irã que terá as conseqüências de um terremoto por todo o Oriente Médio e Ásia. Além disso, Washington espera voltar a estabelecer boas relações com o governo de Teerã, cuja assistência é fundamental para assegurar a retirada do Iraque e estruturar uma rota para garantir o abastecimento das tropas no Afeganistão. Também precisam do apoio do Irã para sua mais nova ?iniciativa de paz? sobre a questão palestina. No mínimo, gostariam de garantias de que o Irã não irá sabotá-lo, embora Netanyahu já esteja fazendo um bom trabalho, ao insistir que qualquer Estado palestino deve ser desarmado e renunciar ao direito de retorno, a diáspora palestina.

São estes fatores que determinam a política conciliatória de Obama em relação ao Irã, que previmos em ?A Invasão de Gaza: O que significa??. Em uma semana na presidência, Obama ofereceu um ramo de Oliveira a Teerã, pedindo que o regime ?estendesse a mão?. Dois meses depois, Obama emitiu um comunicado ao Irã, reconhecendo os aiatolás como os legítimos representantes do povo iraniano. No mês passado, Obama reconheceu à República Islâmica o direito de enriquecer urânio e, no Cairo, admitiu o envolvimento da CIA na queda de Mossadegh, há mais de meio século.

O povo do Irã possui uma vasta memória e conhece suficientemente bem o imperialismo para odiá-lo de todo o coração. Quando o Primeiro-Ministro Mossadegh foi derrubado no golpe de 1953, organizado pela CIA e pela inteligência britânica, as ditas democracias ocidentais foram cúmplices da substituição da democracia iraniana pela ditadura do Xá. Suas sangrentas e corruptas regras foram baseadas em um reinado de terror em massa onde a famigerada Savak, a polícia secreta, se empenhou em uma campanha sistemática de homicídio e tortura. As ditas democracias ocidentais apoiaram este despótico fantoche do imperialismo e não tinha nada a dizer sobre a escandalosa violação dos direitos humanos no Irã, naquele momento. É por isso que os iranianos não têm a mínima razão para confiar na boa vontade do imperialismo ou ouvir seus sermões hipócritas sobre ?democracia?!

Divisões no regime
Após as eleições, em Teerã, foram ouvidos rumores de um golpe de estado. Mas na realidade, isso não era necessário. Ahmadinejad já havia concentrado demasiado poder em suas mãos, já havia criado uma ditadura de fato. Além das forças regulares do Estado, ele controla também a Guarda Revolucionária, que usou brutalmente para esmagar as manifestações na semana anterior às eleições. Ahmadinejad controla o Ministério do Interior, o Ministério da Informação e o Ministério da Inteligência.

Após as eleições as forças de segurança ocuparam os escritórios de muitos jornais, para ter certeza de que os seus relatórios sobre a eleição seriam favoráveis. Esta é uma excelente forma de garantir uma boa cobertura eleitoral! Os guardas estão controlando tudo, inclusive muitas instituições econômicas. O Ministério do Interior está aumentando seu controle em todas as províncias.

Também há rumores de que Ahmadinejad está pensando em mudar a Constituição para permitir que o presidente possa se candidatar mais de uma vez, para tornar sua permanência na presidência indefinida. Ele está reencenando o golpe de Luis Bonaparte, que combinava eleições fraudulentas e intrigas parlamentares com um reinado de terror nas ruas, executado pela Sociedade de Notórios 10 de Dezembro, formada por assassinos, criminosos e lumpens. Sua base social também é semelhante: a retaguarda camponesa, que pode ser usada contra as cidades, que estão mais avançadas.

No último período, Ahmadinejad foi mantido no poder, em parte, graças à repressão e à demagogia anti-americana, mas principalmente, graças à riqueza petrolífera usada em medidas populistas. Este fato garantiu-lhe certa base de apoio na população, sobretudo entre os camponeses. Mas agora a crise econômica e a queda do preço do petróleo reduzem sua margem de manobra nesta frente. Por outro lado, a demagogia "anti-imperialista" está se esgotando. As pessoas não podem comer ogivas nucleares!

A história de regimes ditatoriais e autocráticos mostra que é impossível manter tal regime com base somente na repressão. Uma vez que as massas começam a se mover, nenhum aparato estatal pode detê-las, não importa o quão poderoso ou feroz seja. Essa é a lição da França, em 1789, da Rússia tzarista de 1917 e do Xá do Irã, em 1979. Louis Bonaparte assumiu o poder com um golpe e ficou no poder por duas décadas, mas por fim seu Estado foi terminado pela Comuna de Paris. Ahmadinejad não permanecerá no poder por muito tempo devido a essas razões que temos explicitado, e quanto mais tempo ele se agarrar ao poder, mais explosiva será a situação e se tornarão nítidas as contradições internas do regime.

Apesar da demonstração de força, as fissuras internas que estão dividindo o regime estão se aprofundando. Há vozes no establishment que estão desafiando Ahmadinejad. E não está claro que ele e os Sepah (a Guarda Revolucionária) serão fortes o suficiente para superá-los. O Líder Supremo, o Aiatolá Ali Khamenei, está jogando o papel de Bonaparte, manobrando entre as facções. Haverá confrontos e divisões entre as diferentes facções que refletem uma profunda crise do próprio regime.

Na entrevista já mencionada, Ibrahim Yazdi refere-se ao racha no regime:



?Depois da última eleição [2005], depois de Ahmadinejad ter sido eleito pela primeira vez, havia muitas questões levantadas sobre o esforço de Ahmadinejad para isolar o Líder. Falamos abertamente sobre isso. Desta vez, nos preparativos da votação, eles o isolaram ainda mais. Por exemplo, no ano passado [o ex-presidente] Ali Akbar Hashemi Rafsanjani, teve influência, talvez mais influência que o líder. Agora, com os slogans sendo usados em comícios de Ahmadinejad, tais como "Morte a Hashemi!". Foi criada uma profunda brecha. Khamenei também perdeu o apoio de muitos altos membros do clero."

Covardia dos reformistas
Os liberais reformistas no Irã e no estrangeiro estão se afogando nas profundezas do desespero. Mousavi se comprometeu a lutar contra o veredicto, usando palavras como "tirania" e acrescentando, "não vou renunciar a esta perigosa ilusão". Antes mesmo de encerrada a votação, Mousavi emitiu uma carta exortando acentuadamente a contagem, exigindo a paralisação por causa de "flagrantes violações" o que ele indicou como um processo injusto.

O líder oposicionista disse que os resultados dos "monitores falsos" refletem "o enfraquecimento dos pilares que constituem o sagrado sistema" do Irã e ?a lei do autoritarismo e da tirania.? Fiscais independentes foram proibidos nos locais de votação. "Os resultados anunciados para as eleições presidenciais foram espantosos. As pessoas que estiveram em longas filas e sabiam muito bem em quem tinham votado foram totalmente surpreendidas pelos mágicos que trabalham na televisão e no rádio." Disse Mousavi em sua declaração.

O jornal de Mousavi, Kalemeh Sabz (A Palavra Verde), não apareceu nas bancas de jornal hoje. Um editor falando anonimamente disse que as autoridades tinham sido ofendidas pelas declarações de Mousavi. O site informou que mais de 10 milhões de votos estavam sem os números de identificação, que tornou os votos "desconhecidos".

Como seus partidários tomaram as ruas da capital para enfrentar os cassetetes e o gás lacrimogêneo, Hossein Mousavi lançou formalmente um recurso contra o resultado das eleições. Ele fez um apelo para ao Conselho de Guardiões para inverter o resultado, e exortou os seus partidários para continuar os protestos "de maneira pacífica e legal". "Avisamos aos funcionários que vamos organizar uma manifestação nacional para permitir que as pessoas demonstrem sua rejeição ao processo eleitoral e seus resultados,? disse Mousavi.

O Conselho de Guardiões é constitucionalmente formado por um corpo de 6 clérigos e 6 juristas, que funciona como autoridade eleitoral do Irã e de outros poderes. Ali Khamenei é o Líder Supremo, e ele já afirmou que as eleições tinham sido conduzidas de forma justa e ordenou a três candidatos derrotados e os seus partidários para evitar comportamentos ?provocadores?.

A manifestação planejada pela oposição para protestar contra a fraude eleitoral foi proibida. Portanto, o caminho para a reparação por meios legais e constitucionais está bloqueado. A única forma de conquistar direitos democráticos no Irã está tomando o caminho revolucionário. ?O Irã?, disse Mousavi, ?pertence ao povo e não ao charlatanismo!?. Chegou a falar de uma convocação de greve geral. Mas as palavras são baratas, os dirigentes reformistas burgueses iranianos têm mais medo de um movimento de massas do que o próprio Khamenei.

O Papel da classe trabalhadora
Tal como os cadetes na Rússia, os liberais reformistas no Irã estão aterrorizados com a revolução. Ibrahim Yazdi disse a um repórter americano: "Certamente, estamos preocupados com reações espontâneas. A juventude está empenhada e mobilizada. Em todo o país, já houve alguns confrontos violentos. Nós não concordamos com a violência, porque a violência só justificará a repressão da oposição." E mais: "Não somos subversivos. Queremos criar uma força política viável que possa exercer sua influência." Estas palavras indicam a verdadeira psicologia dos burgueses reformistas no Irã. Eles poderiam ter copiado estas palavras de qualquer jornal dos Liberais russos, em Fevereiro de 1917.

A verdadeira analogia histórica, porém, não é a Rússia de 1917, mas sim a de 1905, ou mesmo antes. Assim como a Revolução Russa anterior a 1905, a revolução iraniana está em sua infância. Tem um longo caminho a percorrer, e esta não é uma coisa ruim do ponto de vista dos marxistas iranianos que precisam de tempo para construir suas forças. Tal como os trabalhadores russos antes de 1905, a classe trabalhadora iraniana é principalmente formada por jovens inexperientes. A velha geração de trabalhadores ativistas, que foram formados principalmente na escola do stalinismo, desapareceu, foi dizimada pela repressão e desorientada pelas falsas políticas de seus líderes.

Vai exigir tempo e experiências, tanto de vitórias como de derrotas, antes que a classe trabalhadora iraniana chegue à conclusão da necessidade da tomada do poder. Lembremos que, em Janeiro de 1905, o jovem proletariado russo entrou na cena histórica em uma manifestação pacífica liderada por um padre, com ícones religiosos em suas mãos, que levavam uma petição ao Czar. Mas um massacre sangrento foi suficiente para levá-los ao caminho da revolução no espaço de 24 horas. Podemos esperar semelhantes mudanças bruscas e repentinas no Irã.

A campanha de Mousavi despertou as esperanças de muitas pessoas, especialmente entre os jovens de classe média e as mulheres (prometeu mais direitos para as mulheres). Agora, essas esperanças foram frustradas. A polícia e a "Guarda Revolucionária" têm dado aos jovens uma excelente lição do valor da democracia iraniana com cassetetes, punhos e botas. A situação continua explosiva. Mas, na ausência de um programa claro, perspectiva e liderança, vão às ruas em protestos e motins que não levam a nada. Por isso provavelmente a atual onda de agitação morrerá por um tempo. Mas ela vai voltar com ainda mais violência, numa fase posterior.

Os reformistas estão esperneando e chorando por causa da derrota eleitoral, mas na realidade estas eleições não resolverão nada para o povo iraniano, para a classe trabalhadora ou até mesmo para o próprio regime. Este regime é frágil como o Velho do Mar, que subiu nos ombros de Sinbad e recusou-se a descer. Estas eleições são apenas mais uma lição na dura escola da vida, o que acabará por convencer os trabalhadores e jovens que, para tirar o Velho do Mar de suas costas serão necessárias medidas muito radicais.

A verdadeira fraqueza do movimento pela democracia é que o poderoso proletariado iraniano ainda não se moveu de forma decisiva, como o fez em 1979. Após longos anos de repressão durante o qual o movimento foi efetivamente decapitado, a classe trabalhadora precisa de tempo para encontrar seu chão. Como um atleta que esteve inativo por um longo tempo, os trabalhadores necessitam esticar seus músculos e se exercitar antes de passar decisivamente à ação. Já houve muitas greves por questões econômicas. A pressão está aumentando de baixo pra cima. Esta pressão tem reflexos, até mesmo na Casa do Trabalho, a organização criada pelo regime para controlar os trabalhadores. No atual período, o jornal oficial da Câmara do Trabalho, publicou um artigo de Lênin. Como os tempos estão mudando!

O Irã é formado em sua maioria por jovens. A população tem uma idade média de 27 anos. Estas pessoas podem não se lembrar do tempo em que os Mulás não estavam no poder. Há muito tempo os Mulás foram considerados como incorruptíveis, em contraste com a degenerada monarquia pró-ocidental. Mas isso foi há muito tempo. Depois de décadas no poder, os Mulás foram expostos como um regime corrupto e estão perdendo a autoridade que costumavam ter. Ahmadinejad enviou ônibus para seus partidários das aldeias para participar das manifestações em seu apoio. Sua base real é a Guarda Revolucionária, mas esta já não inspira o tipo de terror que inspirava no passado. A coisa mais significativa sobre os motins neste fim de semana não foi o fato de serem reprimidos, mas que muitas pessoas estavam dispostas a ir para as ruas para desafiar o Estado e suas forças repressoras. Isto significa que os dias do regime estão contados.

No final, tudo isso resultará em crise. Este será um governo de crise, provavelmente seu mandato não durará muito. As divisões políticas e sociais no interior do Irã serão ampliadas. A militância dos trabalhadores irá crescer e se manifestar primeiramente em greves econômicas, por melhores salários e condições, como já vimos nos últimos anos e, mais tarde, como greves e manifestações políticas. A necessidade mais urgente agora é organizar os trabalhadores e proporcionar ao movimento um programa correto, uma política e uma bandeira. Isto só pode ser alcançado pela bandeira vermelha do socialismo.

É muito natural que os jovens joguem um papel fundamental nesta etapa da revolução. É muito similar à situação na Rússia de 1901-03 ou na Espanha de 1930-31, pouco antes da queda da monarquia. Neste momento Trotsky escreveu:



?Uma vez que a burguesia se nega, consciente e obstinadamente, a resolver os problemas impostos pela crise que sofre o regime; uma vez que o proletariado ainda não está disposto a encarregar-se de resolver estes problemas, não é raro que a cena seja ocupada pelos estudantes... A atividade revolucionária ou semi-revolucionária dos estudantes mostra que a sociedade burguesa atravessa uma crise muito profunda...

Os trabalhadores espanhóis manifestaram um instinto revolucionário muito correto, ao apoiar as manifestações dos estudantes. Está claro que precisam trabalhar sob sua própria bandeira e sob a direção de sua própria organização proletária. O dever do comunismo espanhol é assegurar esta ação e para tanto é indispensável que tenha uma política justa...

Se os comunistas tomarem este caminho, há que se admitir que combaterão resoluta, audaz e energicamente pelas consignas democráticas. Se não se entende a coisa assim, cometer-se-ia um gravíssimo erro sectário...

Se a crise revolucionária se transformar em revolução ultrapassará fatalmente os limites previstos pela burguesia e, em caso de vitória, será preciso que o poder seja transmitido ao proletariado?. (Trotsky, Problemas da Revolução Espanhola, Maio de 1930).

As forças dos marxistas iranianos são pequenas, mas crescem a cada dia. Combinando habilmente as reivindicações democráticas com as reivindicações transitórias, vinculando as lutas cotidianas com a idéia da revolução socialista, conectar-se-ão com uma camada cada vez mais ampla de trabalhadores e estudantes que buscam uma mudança fundamental da sociedade. O futuro do Irã está no caminho revolucionário e a revolução iraniana está destinada a sacudir o mundo.
Comentarios (1) - Categoría: Mundo - Publicado o 23-06-2009 20:28
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Dead woman walking
Sophia L.Freire
Ultimos días de Bar Kochba


Os tribunais de ?justiza? da Autoridade Palestiniana -quer dizer, de Fatah- vêm de sentenciar a morte a essa mulher de 22 anos [ver foto] da que não se nos tem proporcionado em sítio algum o seu nome. Tanto tem. É já um corpo anônimo que se tambalea com o rosto coberto como os de Guantánamo ou Abu Ghraib ?só que a esta lhe vam dar matarile. Essa mulher, que provavelmente fique no anonimato para sempre, diz que passou a Israel informação sobre atentados terroristas que os palestinianos tinham em projecto. Informação que a Autoridade Palestiniana deveria ter proporcionado e não proporcionou ?contrariamente ao comprometido nos Acordos de Oslo e na Folha de Ruta. Lógico: a Autoridade Palestiniana é a mesma que planifica os atentados contra Israel. Isso sabemo-lo todos menos Hussein Obama e a dona de ?Bragueta Rápida? Clinton -que fazem como que não se inteiram. Os jornais progressistas, como o pro-árabe Ha?aretz, fazem fincapê em que, bah, esse tipo de sentenças ?quase nunca? se levam logo a cabo. Os terroristas palestinianos são gente de palavra e de fiar, já se sabe. Misséria moral em estado puro. Nem os guevaristas de Amnesty International, nem organização ?feminista? alguma considerarão que tenham nada que dizer. Susan Sarandon e o cesto grande do seu marido (não sei quantos Robin) não fazerão um lacrimôgeno filme de denúncia, nem sequer uma curtametragem. Ari Folman também não; está muito ocupado em plasmar no celuloide o ódio face o seu próprio país. Contrariamente ao alboroto mediático que se montou há umas semanas contra Iran para que soltassem à jornalista de orige norteamericano Roxana Saberi, nenhum grupo de direitos humanos moverá um dedo por salvar a vida desta ?reaccionária? que espiava para o Estado sionista de Israel. Mortos de segunda. Nossos sócios para a ?Paz?.
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Intolerancia israelí
Isto sucedeu en menos de 72 horas esta mesma semana.
1-) Unha casa de Sderot resultou alcanzada por un foguete disparado desde Gaza,
2-) Irán probou un mísil capaz de colocar en calquera punto de Israel calquera tipo de bomba que queira Ahamideyad, convencional, biolóxica ou nuclear (cando a teña)
3-) O xefe de Hizbullah, Hassan Nasrallah, declarou que a súa organización está disposta a "unha nova guerra total contra Israel".
Pero, ao parecer, o verdadeiro problema é a tozudez do primeiro ministro de Israel a realizar grandes concesións sen que ninguén máis mova un dedo. Os xornalistas aseguramos:
1-) que está a fomentar novos asentamentos en Cisxordania. Esta semana forrámonos a explicar que se empezou a construír un novo: Maskiot. Pero onte xoves, as forzas de seguridade desmantelaron un e diso, nin unha palabra.
2-) que se nega a negociar nada, cando todo o Gabinete israelí non se discute se haberá retirada final dos últimos redutos do Sur do Líbano, senón cando se producirá a retirada.
3-) que se nega a recoñecer aos palestinos o dereito a un Estado pero ocultamos que nin son os palestinos os que se negan a recoñecer o caracter nacional do estado de Israel e ademais nin sequera as dúas grandes faccións palestinas son capaces de porse de acordo sobre iso.
4-) que se nega a dividir Xerusalén. é dicir, pasámonos o día criticando "o muro" pero nos parece estupendo que se levante outro.
Francamente, non entendo nada. A ameaza sobre Israel non é palabrería senón algo que calquera pode comprobar (primeiro parágrafo) que carallo se lle conta á xente?
Velaí un vídeo dunha publicidade israelí. De verdade que a recomendo para que se vexa o lavado de cerebro intolerante ao que se somete aos isralíes.
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 30-05-2009 00:17
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Irán: Liberdade para Abbas Hakimzadeh! Liberdade para todos os prisioneiros políticos!
Irán: Liberdade para Abbas Hakimzadeh! Liberdade para todos os prisioneiros políticos!
Iranian Workers' Solidarity Network
12 Abril 2009


Tras a liberación de Mohsen Hakimi e o segundo ataque contra os estudantes da Universidade Amir Kabir, a Rede de Solidariedade dos Traballadores Iranianos quere destacar o horrible trato que as forzas de seguridade do réxime iraniano están a propinar a Abbas Hakimzadeh para denunciar a continua represión que sofren traballadores, estudantes, mulleres, minorías nacionais e outros moitos sectores da sociedade iraniana. Abbas Hakimzadeh é un dos catro prisioneiros políticos cuxa situación fará pública a RSTI.

Abbas Hakimzadeh, membro do Consello Central da Oficina para a Promoción da Unidade (o grupo de estudantes prol reforma máis grande) e antigo membro da Sociedade Islámica da Universidade Amir Kabir, foi arrestado o 24 de febreiro. Axentes do Ministerio de Intelixencia arrestáronlle a el e a varios estudantes máis despois dalgúns ataques violentos e negáronse a responder as preguntas das familias acerca do seu estado e paradoiro.

En xuño de 2007 Abbas Hakimzadeh foi un dos dous estudantes da Universidade Amir Kabir (Politécnica de Teherán) que foron encarcerados na coñecida prisión Evin. O 13 de xuño un grupo de estudantes gritaba consignas como "Abaixo o ditador" e "Abaixo o despotismo", o que provocou unha reacción violenta por parte dos gardas da prisión. O virulento ataque deixou a Hakimzadeh en coma, tras ser golpeado polos gardas na tempa.

A crise na Universidade Amir Kabir comezou o 30 de abril de 2007, cando os estudantes publicaron unha revista que contiña artigos que os funcionarios da universidade consideraron insultos ao Islam.

Liberdade para Abbas Hakimzadeh!
Ferir a un é ferir a todos!
Liberdade para todos os prisioneiros políticos de Irán!
Comentarios (1) - Categoría: Mundo - Publicado o 25-04-2009 06:27
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Ahmadineyad se sincera
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 24-04-2009 02:37
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Morreu Pepe Rubianes
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 05-03-2009 06:23
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A xustiza islámica. A Sharia.
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 28-02-2009 02:00
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Obama´s Elf
Obamás
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 18-02-2009 18:55
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Audiencia universal
En coherencia coa seica ilimitada xurisdición internacional da xustiza española na voz da "Audiencia Nacional", o xuíz Fernando Andreu admitiu a trámite unha querela contra o Estado de Israel por un bombardeo en Gaza que, no 2002, acabou coa vida de quince civís. O obxectivo era un dirixente terrorista de Hamás. O auto do xuíz se encarrila na mellor doutrina do xuíz Garzón, animado por tantos precedentes nos que a xustiza española se erixiu en xendarme do mundo mundial. O Supremo intentou sen éxito coutar a xurisdición universal dos tribunais españois no «caso Guatemala» esixindo unha condición que non prevé a lei, a presenza dun interese directo do caso co Estado español. O Tribunal Constitucional tumbou a idea do Supremo e, desde entón, o goteo de denuncias por crimes contra a Humanidade foi tan incesante como frustrante. Non só é un exercicio xurisdicional abocado ao total fracaso -porque sen colaboración do Estado acusado non hai probas, nin autores, nin xuízo-, senón tamén enganoso, porque ningunha vítima foi reparada. Sen embargo, diplomaticamente teñen un alto custo, determinante de decisións paradoxais e ate hipócritas, como as que fixeron da morte de José Couso unha bandeira partidista e logo forzaron ao fiscal Conde-Pumpido a pedir e obter o seu arquivo. Despois do alarde antiisraelí do PSOE, esta iniciativa xudicial achega agora o seu grano á campaña de criminalización do Estado xudeu, obviando que a Audiencia Nacional tamén ten competencia para perseguir, por exemplo, o terrorismo palestino. Por qué non o fai?
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 31-01-2009 19:24
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Proporcionalidade e direitos humanos
Proporcionalidade e direitos humanos
Paulo Casaca
Eurodeputado do PS portugués
O drama que estamos a viver na faixa de Gaza ? com uma população civil já por demais martirizada a ser vítima de uma violenta guerra ? suscita naturalmente, em todos os que têm na defesa dos direitos humanos uma preocupação primeira, a maior das consternações.
É verdade que é o Hamas que, de forma repetida, tem mantido uma crescente faixa de Israel sob o contínuo bombardeamento de mísseis, para além de levar a cabo operações militares contra o exército israelita, como é também verdade que foi o Hamas que resolveu, de forma unilateral, romper a trégua que tinha sido estabelecida. Contudo, perante a desproporção de meios militares e de vítimas causadas pela guerra em ambos os lados, é natural que a generalidade da opinião pública europeia considere estarmos perante uma tremenda falta de proporcionalidade, tanto quanto aos meios como quanto aos efeitos.
Também eu considero que esta guerra não irá contribuir para derrotar o fanatismo religioso terrorista de que o Hamas é apenas uma expressão local mas, pelo contrário, tenderá a reforçar a ideologia do terrorismo suicida (que os seus ideólogos denominam de "martírio").
O problema, aqui como em várias outras circunstâncias, é o de saber quais são as alternativas, e elas não apareceram até hoje, nem da parte do mundo árabe, nem da parte da União Europeia ou dos EUA. A experiência da última década demonstrou até à saciedade que para as organizações satélites do Irão a única solução aceitável é o extermínio de Israel. Cada vez que Israel recuou e entregou territórios ou prisioneiros, o único efeito que obteve foi incentivar a pressão contra si, nunca houve qualquer esforço para chegar a qualquer consenso.
Portanto, se excluirmos mais recuos unilaterais, teríamos de ter políticas muito mais inteligentes, que passassem nomeadamente pela colaboração dos países vizinhos, da Autoridade Palestiniana e da comunidade internacional na construção de alternativas viáveis para a população de Gaza ao fanatismo do Hamas. O certo é que isso não aconteceu e, portanto, a situação que vivemos agora é o resultado dessa ausência de alternativas.
Posto isto, é absolutamente inaceitável que a opinião pública internacional esteja a tentar não ver aquilo que é cada vez mais óbvio: a lógica do Hamas é exactamente a de sacrificar os seus civis como capital político para denegrir Israel, e tem-no feito de forma cada vez mais explícita.
Quando um alto dirigente do Hamas foi morto por um míssil em sua casa, acompanhado das suas quatro mulheres e vários descendentes, dias depois de começado o conflito e quando Israel tinha feito saber que iria procurar eliminar todos os dirigentes do Hamas que pudesse, a reacção daquele movimento foi de elogio. Ou seja, em vez de lamentar que perante uma situação de elevadíssimo risco um dirigente do Hamas pusesse em tão grande perigo a sua família, considerou que se tratava de uma atitude exemplar.
O Hamas está de forma deliberada a utilizar escolas, mesquitas e hospitais como plataformas para a sua guerra, exactamente com o objectivo de transformar o massacre da sua população civil em armas contra os seus inimigos, materializando a ideologia do terrorismo suicida na sua fórmula mais abjecta.
Para Israel, como tem sido claro, o valor da vida dos seus cidadãos é absoluto e tem feito tudo o que lhe é possível ? e no caso da troca de prisioneiros, do meu ponto de vista, mesmo aquilo que nunca deveria ter feito ? para preservar essas vidas.
Exigir "reciprocidade" nestas circunstâncias não tem qualquer sentido. Como dizia Rafsanjani ? um dos antecessores de Ahmadi-Nejad ? se um dispositivo nuclear israelita liquidar quatro ou cinco milhões de iranianos ainda haverá muitas dezenas de milhões de iranianos sobreviventes, mas em sentido inverso, isso significará o fim de Israel.
É aliás a mesma ideia que outro dos dirigentes do fanatismo religioso, Osama Bin-Laden, já tinha tornado célebre: enquanto vocês amam a vida, nós amamos a morte, ou se quisermos, um aggiornamento da velha expressão fascista: Que viva la muerte!
A lógica última da "reciprocidade" é a de tornar eficaz a ideologia do terrorismo suicida e é por isso que não devemos cair na armadilha deste argumento.
Comentarios (1) - Categoría: Mundo - Publicado o 10-01-2009 13:04
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Entender o conflito entre Israe e Hamás

Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 07-01-2009 03:32
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Em defesa de Israel - por Pilar Rahola
Em defesa de Israel - por Pilar RaholaPor que não vemos manifestações em Paris, ou em Londres, ou em Barcelona contra as ditaduras islâmicas? Por que não as fazem contra a ditadura birmanesa? Por que não há manifestações contra a escravidão de milhões de mulheres que vivem sem nenhum amparo legal? Por que não se manifestam contra o uso de ?crianças bomba?, nos conflitos onde o Islã está envolvido? Por que nunca lideraram a luta a favor das vítimas da terrível ditadura islâmica do Sudão? Por que nunca se comoveram pelas vítimas de atos terroristas em Israel? Por que não consideram a luta contra o fanatismo islâmico, uma de suas principais causas? Por que não defendem o direito de Israel de se defender e de existir? Por que confundem a defesa da causa palestina, com a justificação do terrorismo palestino?

E a pergunta do ?milhão?, por que a esquerda européia, e globalmente toda a esquerda, estão obcecadas somente em lutar contra as democracias mais sólidas do planeta, Estados Unidos e Israel, e não contra as piores ditaduras? As duas democracias mais sólidas, e as que sofreram os mais sangrentos atentados do terrorismo mundial. E a esquerda não está preocupada por isso.

E finalmente, o conceito de compromisso com a liberdade. Ouço essa expressão em todos os foros pró-palestinos europeus. ?Somos a favor da liberdade dos povos?, dizem com ardor. Não é verdade. Nunca se preocuparam com a liberdade dos cidadãos da Síria, do Irã, do Yemen, do Sudão, etc. E nunca se preocuparam com a liberdade destruída dos palestinos que vivem sob o extremismo islâmico do Hamás. Somente se preocupam em usar o conceito de liberdade palestina, como míssil contra a liberdade israelense.

Uma terrível consequência decrre destas duas patologias ideológicas: a Manipulação jornalística.

Finalmente, não é menor o dano que causa a maioria da imprensa internacional. Sobre o conflito árabeisraelense NÃO SE INFORMA, SE FAZ PROPAGANDA. A maioria da imprensa, quando informa sobre Israel, viola todos os princípios do código de ética do jornalismo. E assim, qualquer ato de defesa de Israel se converte em um massacre e qualquer enfrentamento, em um genocídio. Foram ditas tantas barbaridades, que já não se pode acusar Israel de nada pior. Em paralelo, essa mesma imprensa nunca fala da ingerência do Irã ou da Síria a favor da violência contra Israel; da inculcação do fanatismo nas crianças; da corrupção generalizada na Palestina. E quando fala de vítimas, eleva à categoria de tragédia qualquer vítima palestina, e camufla, esconde ou deprecia as vítimas judias.

Termino com uma nota sobre a esquerda espanhola. Muitos são os exemplos que ilustram o anti-israelismo e o antiamericanismo que definem o DNA da esquerda global espanhola. Por exemplo, um partido de esquerda acaba de expulsar um militante, porque criou uma página de defesa de Israel na internet. Cito frases da expulsão:`Nossos amigos são os povos do Irã, Líbia e Venezuela, oprimidos pelo imperialismo. E não um estado nazista como o de Israel.` Por outro exemplo, a prefeita socialista de Ciempuzuelos mudou o dia da Shoá pelo dia da Nakba palestina, depreciando, assim, a mais de 6 milhões de judeus europeus assassinados.

Ou em minha cidade, Barcelona, o grupo socialista decidiu celebrar, durante o 60º. aniversário do Estado de Israel, uma semana de `solidariedade com o povo palestino`. Para ilustrar, convidou Leila Khaled, famosa terrorista dos anos 70, atual líder da Frente de Libertação Palestina, que é uma organização considerada terrorista pela União Européia, que defende o uso das bombas contra Israel. E etc. Este pensamento global, que faz parte do politicamente correto, impregna também o discurso do presidente Zapatero. Sua política exterior recai nos tópicos da esquerda lunática e, a respeito do Oriente Médio, sua atitude é inequivocamente pró-árabe. Estou em condições de assegurar que, em particular, Zapatero considera Israel culpado do conflito, e a política do ministro Moratinos vai nesta direção.

O fato de que o presidente colocou uma Kefia palestina, em plena guerra do Líbano, não é um acaso. É um símbolo. A Espanha sofreu o atentado islâmico mais grave da Europa, e `Al Andalus` está na mira de todo o terrorismo islâmico. Como escrevi faz tempo, ?nos mataram com celulares via satélite, conectados com a Idade Média?. E, sem dúvida, a esquerda espanhola está entre as mais anti-israelenses do planeta. E diz ser anti-israelense por solidariedade! Esta é a loucura que quero denunciar com esta conferência.

CONCLUSÃO

Não sou judia, estou vinculada ideologicamente à esquerda e sou jornalista. Por que não sou anti-israelense como a maioria de meus colegas? Porque como não judia, tenho a responsabilidade histórica de lutar contra o ódio aos judeus, e na atualidade, contra o ódio a sua pátria, Israel. A luta contra o anti-semitismo não é coisa dos judeus, é obrigação dos não judeus, Como jornalista, sou obrigada a buscar a verdade, para além dos preconceitos, das mentiras e das manipulações. E sobre Israel não se diz a verdade. E como pessoa de esquerda, que ama o progresso, sou obrigada a defender a liberdade, a cultura, a convivência, a educação cívica das crianças, todos os princípios que as Tábuas da Lei converteram em princípios universais.

Princípios que o islamismo fundamentalista destrói sistematicamente. Quer dizer, como não judia, jornalista de esquerda tenho um tríplice compromisso moral com Israel. Porque, se Israel for derrotado, serão derrotadas a modernidade, a cultura e a liberdade. A luta de Israel, ainda que n mundo não queira saber, é a luta do mundo.
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 04-01-2009 19:57
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Provocación inevitable
PROVOCACIÓN INEVITABLE:
Por Joan B.Culla i Clara

Para descifrar os dramáticos sucesos desenvolvidos na franxa de Gaza durante os últimos días existen dúas claves de lectura posibles. Unha é a que, partindo da tese segundo a cal Israel -mellor aínda, "o Estado sionista"- é unha entidade política agresiva, opresora e homicida por natureza, interpreta o ataque israelí contra Hamás como a enésima demostración dese carácter asasino. Se os responsables políticos e militares israelís son uns ogros sádicos que se refocilan matando palestinos, que ten de estraño que os masacren a bombazos en Gaza, con calquera pretexto?

Dado que, desde a pasada fin de semana, esta interpretació n xa foi profusamente divulgada nos medios de comunicación e berrada en numerosas manifestacións convocadas en todo o mundo (particularmente, en Teherán e Beirut), permítanme que dedique estes parágrafos a resumir unha lectura alternativa da actual crise, unha lectura en termos políticos, militares e estratéxicos, non de duelo apocalíptico entre o ben e o mal. O primeiro que convén recordar é que Hamás non combate por liberar os territorios palestinos ocupados en 1967; o seu obxectivo programático irrenunciable -irrenunciable, porque emana dun mandato divino- é destruír o Estado de Israel para levantar, sobre todo o espazo comprendido entre o Mediterráneo e o Jordán, un Estado árabe e islámico, unha teocracia de tipo iraniano.

A súa loita contra os sionistas, pois, é unha loita a matar, que non admite compromisos nin transaccións. Todo o máis, e só se tácticamente convén á causa, unha tregua temporal ou hudna. O seu rexeitamento radical a idea dun Estado palestino definitivo en Cisxordania e Gaza levou a Hamás a boicotear canto lle foi posible a retirada israelí da franxa mediterránea e, unha vez consumada esta retirada (no mes de setembro do 2005), a despregar unha minuciosa estratexia da provocación -traducida no disparo de miles de proxectís contra áreas civís israelís, ou no secuestro (en xuño do 2006) do soldado Gilad Shalit- para impedir que o Exército hebreo puidese desentenderse de Gaza. Buscando as represalias e os bloqueos ditados por Tel-Aviv, o obxectivo era diáfano: evitar custe o que custe a imaxe dunha Gaza normalizada e autogobernada, libre de sionistas, que puidese persuadir aos palestinos de conformarse con lograr outro tanto en Cisxordania.

A iso entregouse Hamás despois de gañar as eleccións celebradas en xaneiro do 2006 e, aínda con maior afán, tras o seu putsch contra a Autoridade Nacional Palestina de xuño do 2007. A esta lóxica responde a decisión dos islamitas de non renovar a tregua que vencía o pasado 19 de decembro, e o lanzamento, a partir desa data, de até 80 foguetes diarios sobre as localidades de Sderot, Ashkelon e outras cidades israelís.

Neste sentido ¿Cabería dicir que Israel caeu na provocación tendida por Hamás? Si, ¿Pero podía ser doutro xeito? Que Goberno do mundo se permitiría ter por centos de miles dos seus cidadáns sometidos ao fogo inimigo durante anos e mirar cara a outro lado? Sen dúbida, as vésperas electorais en Israel e o baleiro de poder na Casa Branca precipitaron unha operación que se xestaba desde hai tempo. Unha operación sanguenta, porque se trata dunha guerra, pero limitada: se os bombardeos aéreos sobre Gaza foran -como se estivo repetindo- masivos, entón o balance de baixas contaríase por decenas de miles, como sucedeu en Hamburgo ou Dresde en 1944-1945. Das dúas frontes que todas as guerras do Oriente Próximo teñen desde hai décadas (o da imaxe mediática e o da realidade sobre o terreo), Israel perderá -xa partía vencido- no primeiro. Queda por ver como se desenvolve no segundo; porque acabar con Hamás só desde o aire non será fácil, e enviar forzas terrestres ao labirinto de Gaza suporía someter de novo ao Exército israelí ao exame que non logrou aprobar con claridade, en xullo-agosto do 2006, contra Hezbolláh no sur do Líbano.
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 03-01-2009 18:30
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Sr. Haníe: Vd. é un covarde
Sr.Haníe: Vostede é un covarde
José Danor

Un grupo de asasinos, irresponsables e covardes, desataron unha campaña contra Israel non xa no plano ideolóxico e nin sequera no do terror senón militar. A historia está repleta destes líderes covardes que alardean e fan ruído pero cando chega o momento da verdade escóndense ou escapan, deixando ao pobo librado á súa sorte.Desde que Hamás se fixo co control en Gaza por medio dunha sanguenta rebelión armada, o responsable do Goberno na Franxa é Ismail Haníe. Despois de anos de incesantes bombardeos Israel resolveu responder aos seus salvaxes ataques, produto da mente enfermiza del e os seus compañeiros de senda, como Hasan Nasrala, líder de Hezbollah, e outros "bos raparigos" islámicos que cargan cun rico historial de asasinatos e violencia. O presidente de Israel, Shimon Peres, que pasou todas as guerras de Israel desde a súa fundación, afirmou que esta é a que ten menos sentido. "Non recordo unha guerra sen lóxica como a que Hamás iniciou. Pregúntome cales son as razóns do ataque ou os seus obxectivos. Está claro que en Gaza non hai ningún israelí, nin soldado nin civil. Israel non actúa contra o pobo palestino nin ten o desexo de provocar dor á poboación inocente pero chegamos a unha situación na que non existe alternativa e debemos defender aos nosos civís". O mundo árabe emitiu algunhas mornas protestas. Exipto e Xordania, tradicionalmente os primeiros en condenar accións militares israelís, abstéñense de condenar a operación en Gaza. Máis aínda; no Cairo aínda está fresco o desplante de Hamás ao seu intento de negociar un arranxo entre os terroristas e a dirigencia da Al-Fatah, para devolver algo de razón ao Goberno da Franxa de Gaza. O rei Abdala de Xordania desprazou do seu cargo ao xefe da Intelixencia. Aínda que non houbo unha explicación oficial, fontes achegadas ao Goberno de Amán entenden que o despedimento se debe a que tolerou duras manifestacións contra Israel, Exipto e a Autoridade Palestina organizadas por partidarios de Hamás. O feito é que un grupo de asasinos, irresponsables e covardes, desataron unha campaña contra Israel non xa no plano ideolóxico e nin sequera no do terror senón militar. é que lanzar proxectís Kasam, Grad e bombas de morteiro contra poboacións civís non é un acto de protesta, sinxelamente é unha declaración de guerra.
Mentres que unha vez máis se escoitan protestas de intelectuais e xornalistas europeos, quizais por aquilo que é mellor quedar ben cos terroristas porque así non nos atacan a nós, os "valentes" líderes de Hamás escóndense baixo terra. Isto non lles impide enviar á súa xente a enfrontar a Israel co armamento que dispón (que non é pouco) nin tampouco esconder explosivos en casas de familia pensando en que Tzáhal, que se coida de non danar á poboación civil, non os destruirá. A historia está repleta destes líderes covardes que alardean e fan ruído pero cando chega o momento da verdade escóndense ou escapan, deixando ao pobo librado á súa sorte.
Cada tanto algún dos líderes de Hamás, como ratos miedosos, saen dos refuxios, vestidos cos seus impecables traxes, para falar do sufrimento dos civís, segundo eles os únicos atacados, aínda que é visible que a gran maioría das vítimas levaban uniformes, e alentar ás súas forzas a que pelexen aínda que non teñan ningún respaldo nin comandantes que os conduzan.
é prematuro sacar conclusións acerca da organización do operativo ``Chumbo fundido'' e das consecuencias que terá no futuro. Lamentablemente, ademais dos acertos do Exército na preparación da ofensiva aérea que destruíu as bases e algúns depósitos de armas de Hamás e outras entidades terroristas, comezan a verse erros e falta de preparación adecuada na protección da poboación civil. Sobre o fin de semana último sóubose que o Ministerio de Finanzas concedeu unha partida de diñeiro para que o Comando de Retagarda instale e mellore o funcionamento das sirenas en poboacións que poderían ser vítimas de ataques como sucedeu logo. Residentes nalgunhas cidades afirman que a alarma non funcionou ou non se escoita nas proximidades das casas. A experiencia desastrosa da Guerra do Líbano do verán de 2006 é o exemplo a tomar para que iso non se repita. Mentres que os gobernantes falan da importancia de resgardar á poboación, en moitas partes os refuxios son inhabitables e os residentes de moitos edificios non teñen onde ir. Nin falar que o Hospital Barzilai de Ashkelon, no centro da área afectada, non está protexido e menos aínda, do proxecto de construír un centro médico en Ashdod, que recibiu foguetes e os feridos deberon ser trasladados a outras cidades, cando cada segundo conta no intento de salvarlles a vida. Espero que, unha vez finalizados os combates, non haxa necesidade de designar unha comisión investigadora da conduta e o proceder dos nosos gobernantes
Comentarios (0) - Categoría: Mundo - Publicado o 01-01-2009 19:32
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© by Abertal

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