Minha pobre pátria, esmagada por abusos de poder
de gente infame que nom conhece o pudor,
crem-se os amos todo-poderosos
e pensam que todo lhes pertence.
Os governantes, quantos perfectos e inuteis bufons
nesta terra que a dor devastou.
É que nom sentides lástima
ante esses corpos tendidos sem vida?
Nom cambiará, nom cambiará
Nom cambiará, talvez cambiará.
E como excusa-los, as hienas em estádios e os
da prensa fozando na lama como porcos.
Eu tenho um poco de vergonha e fai-me mal
ver a gente como animais.
Nom cambiará, nom cambiará si que cambiará, verás que cambiará.
Esperamos que o mundo volva a cotas mais normais,
que poda contemplar o céu de vagar
que nom se fale mais de ditaduras,
porque talvez teremos que ir tirando
em quanto a primavera tarda em chegar.
Um dia a gente começou a para-la pola rua, a sauda-la como se fosse outra persoa, Ola, que tal, quanto tempo. E ela encolhia os ombros, Nom, nom, nom som eu, e marchava pensando Confundirom-me com outra.
Chamavam ao seu telefone frecuentemente, Ola, como estás, ves hoje ao cine?, por exemplo. E ela cansava-se de explicar que nom, que se equivocaram de número, que deviam estar chamando a outra persoa.
Nom som eu, eu som outra, dixo-lhe asustada, quando um neno de cinco ou seis anos lhe chamou mamá na alameda. E Desculpe, eu som outra, quando um home de traxe azul na cola do cine a colheu da mao e lhe dixo Boa noite, amor.
Era como se a sua vida fosse a vida doutra mulher. Aquel home perseguiu-na vários dias agasalhando-a com flores e bombons e livros e deixando-lhe notas no buzom e no parabrisas do coche, Quero-te, Nom me deixes, Sempre contigo, e cousas desesperadas desse estilo, como se nom comprendesse que ela realmente era outra.
Alá onde fosse gente desconhecida saudava-a e tendia-lhe a mao e dicia-lhe Estás um pouco delgada ou Tes mala cara e ela dava média volta e fugia farta daquela sensaçom, como se nom tivesse vida própria.
A mulher que era outra um dia mirou-se no espelho e viu-se um pouco diferente, mais loira, com os olhos mais alegres do que sentia por dentro, mais alta talvez.
E quando entrou no fotomatom e despois do flash mirou as fotos tivo a impresom de que parecia outra mulher, como se essa do retrato nom fosse ela. E ao mirar, tamém semelhava outra a da foto do carné de conducir e a do carné de identidade.
Era como se alguém se estivesse apoderando da sua vida, do seu corpo, do seu nome e apelidos.
Por dentro estava chorando e sem embargo ao falar com a gente escoitava-se rir. Sentia-se desgraçada e nos espelhos via-se feliz. E umha tarde quando quixo dizer Nom, ouviu um Si pronunciado na sua gorxa por umha voz estranha.
Á noite o home do traxe azul deitou-se enriba dela dicindo-lhe cousas bonitas e ela quixo afasta-lo e as suas maos apertarom-no forte sem querer. A mulher que era outra tamém escoitou que a outra dicia Quero-te, e que o deixava entrar suspirando.
Pola manhá acabou pensando que talvez se equivocara, e que era difícil de explicar mas que talvez ela nunca fora como pensara, que durante toda a sua vida ela pensara que era assi e era assado, e que ela realmente era outra mulher moi diferente do que imaginara...
Xan Castro foi o bateria da primeira formaçom do grupo santiagués Embrace me Ocean.
Embrace me Ocean formou-se no 94 e logo dumha série de concertos gravou e auto-produciu a sua primeira maqueta, que introduciu o grupo no metálico alternativo.
Demo 95 (1995), com percusom de Xan Castro, foi, segundo Embrace me Ocean, "totalmente auto-producida com um 4 pistas e deu a conhecer a banda e abriu-lhe as portas do grande movemento underground daquela época"
Pouco despois Xan participa com Embrace me Ocean na colecçom de singles do "Rock Parrulo" com o tema Nobrained, projecto impulsado pola Sala Nasa.
Xan participa assi dum momento musical extraordinário que se pom em movemento em diferentes comarcas: o rock de Batea na Arousa, o Argolhán em Pontevedra, o Parrulo em Compostela...
Fran Pérez, Narf, a respeito dos tempos do Som Parrulo explica que "Aquel foi un intento pola nosa parte de suplir esas carencias e aportar aos grupos que empezaban , a pequena escala, toda esa experiencia. Facer concertos, ter presencia nos medios e gravar, editar e distribuir un single de cada grupo, demostrando así que o que non falta é o talento nin as ganas. Foi na medida das nosas posibilidades, bastante modestas en canto aos medios, pero non en canto a ilusión. Algúns dos mozos de aqueles grupos son hoxe músicos profesionais de gran calidade
Criativo, alternativo, rebelde e impulsor de iniciativas culturais, literárias -desde o Colectivo Poético Serán-Vencello, por exemplo, ou na Faculdade de Filologia de Compostela- e musicais, com Embrace me Ocean, Xan vai-se no 95.
Na foto está arriba á direita, junto ao muro.
Seguimos a ve-lo de vez em quando com a sua chupa negra polas ruas dos sonhos. Sempre com nós.
Nos anos que remei nos bateis em Celeiro sabiamos bem umha cousa: as tripulaçons galegas de gente nova eram das melhores em banco fixo.
Nós tinhamos medo e enveja dos heavys de Mugardos, épicos, grenhudos e altissimos, e caiam-nos mal os rockabillys de Perilho.
Em infantís, cadetes, juvenis as tripulaçons da Galiza adoitavam superar frecuentemente os clubs de Asturies, Cantábria ou o País Basco.
Mas o problema era, e desgrazamente segue a ser, o desenvolvemento do remo de banco fixo quando @s rapaces passavam a adolescéncia e @s remeir@s nov@s da Galiza chegavam ao mundo adulto das traínhas.
Falta de instalaçons, de recursos, de apoio político...
O deportista afeccionado galego nom podia -nem pode hoje- competir com as condiçons de adestramento quase profesionais dos bascos ou os cántabros.
E muitos remeiros galegos forom e seguem indo á emigraçom como profesionais dum deporte especialmente admirado e apoiado social, economica e politicamente no País Basco.
Por isso é umha alegria ler na prensa que os rapaces e rapazas galeg@s seguem a demostrar que a energia da sua mocidade é imensa!
E por isso cómpre seguir a reivindicar umha maior presenza do remo de banco fixo -e doutros deportes tradicionais de nosso- na nossa sociedade.
........
Umha aperta a Plácido, Santy, Fran e Lamela, aquela tripulaçom do Virxe do Mar que nunca ganhou nada mais que abrir as maos, fazer calo no cu e encher o peito de mar, emoçons fortes, alegria e experiéncias que nunca esqueceremos!
E a Ernesto, por aquela viagem a Donosti ver a Donostiako Estropadak!
Haiti, Camerum, Indonesia, Filipinas, Costa do Marfil, Mozambique, Senegal, Etiopía, Madagascar, Tailandia, Paquistám...
De súpeto chégannos novas de revoltas en varias partes do mundo en desenvolvemento polo aumento dos prezos de alimentos básicos e a escaseza no mercado.
Reparei em que todo cambiara
um dia que entrei no bar e nada.
Entrei na cafetaria do lado,
mirei a tele e,
em fim, tampouco.
Nada de fútbol.
Decidim pedir um café com leite
e resignar-me.
Os bares estavam cheos de gente
mirando um especial sobre Os melhores poemas de Amor.
Poesia!
Estou farto da poesia!
Abres o jornal e 30 páginas
de poesia!
Prendes a rádio, poesia!
No bus, todo o mundo a falar
de poesia!
Ou sobes a um taxi e o taxista:
E qual dixo que era o seu livro preferido?
E quando chegas á casa
e prendes a tele
nom hai mais que programas
de poesia
falando das cousas importantes da vida,
o amor, a amizade,
a liberdade, a revoluçom, os animais
em perigo de extinçom,
o óxido nos talheres de chapa e pintura
e essas cousas...
Em fim, acordo-me quando nesta rua
no canto de haver 2 bares e 10 livrarias
havia 15 bares e 1 quiosko
e a gente passava
da poesia e vivia gozando
sem complexos
dos praceres da ignoráncia!
Ai, quanto boto de menos tantíssima ignoráncia!
Nom pensar
ou pensar igual que todo o mundo...
Ou deixar que outra gente pensasse por ti...
Em fim...
A poesia cambiou-no todo!
Mesmo a mim, quem o diria!
Um tipo insensível e tam pouco criativo,
e, já vedes, ao final mesmo eu
acabei escrebindo um poema.
E é que agora escrebe poesia
o último mono.
Antes os poetas eram gente séria
rara,
com miopia
e pareciam levitar sobre o mundo...
E despois de todo aínda vai ser certo
isso de que qualquera pode escreber poesia.
Carta aberta aos inventores da felicidade -os funcionarios indignantes e acabados, e particularmente o profesorado mais que mesquinho e em todo caso irrelevante.
Pedro García Olivo, está falando de educaçom, anti-educaçom e o confinamento educativo occidental na Galiza:
Sábado 26 ás 18:00, Laboratorio Social Okupado Atocha Alta 14, A Coruña
O profesor de lingua quería cultivar en nós a sensibilidade pola poesía, por iso hoxe preguntoume qué faría eu se tivese ás.
Dixen que voaría.
Preguntoume a onde.
Á escola..., á casa...
Hmm... ¿E a terras afastadas ?, ¿non quererías voar ata alí, baixar a un fermosísimo xardín e uli-la fragrancia de flores exóticas?
Si, quizais...
¿E voar ata as estrelas, e rozar coas ás a mesmísima lúa?
Non sei, pode ser que si.
O profesor suspirou, e logo preguntoume qué faría se fose un cisne.
Respondinlle de contado: "O que fixesen os demais cisnes".
Entristeceuse. "Non tes nin chisco de sensibilidade poética. ¡Proba a facerme unha pregunta! Verás o que é poesía. ¡Veña, só unha pregunta!".
Penseino un momento, e despois díxenlle: "¿Que fará vostede cando o xubilen?"
.....
Cen contos. Ou sexa, un plan incumprido, Jiri Suchý.
Se gostastes deste fragmento, recomendo-vos procurar o livro, com contos realmente bons, bons, bons.
A traduçom foi realizada por alun@s de checo do Instituto de Idiomas de Compostela, baixo a coordenaçom de Katerina Vlasakova. Foi publicado pola USC no 2000.
O Jiri Suchý, ademais de escritor, é cómico, actor, canta-autor, guionista, director de cine... No youtube podem-se ver algumhas cousas bem curiosas como este vídeo musical:
Já sei namorar
Já sei beijar de .......
Agora só me resta .......
Já sei onde ir
Já sei onde ficar
Agora só me falta ......
Não tenho paciência pra .........
Eu não sou audiência para a solidão
Eu sou de ninguém
Eu sou de ............
E todo mundo me quer bem
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo
E todo mundo é meu também
Já sei namorar
Já sei chutar a ........
Agora só me falta ganhar
Não tenho juíz
Se você quer a vida em jogo
Eu quero é ser .........
Não tenho paciência pra televisão
Eu não sou audiência para a solidão
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo
E todo mundo me quer bem
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo
E todo mundo é meu também
Tô te ...........
Como ninguém
Tô te querendo
Como Deus quiser
Tô te querendo
Como eu te quero
Tô te querendo
Como se ......
FRIKIROGA: UNHA FESTA FRIKI PARA REHABILITAR UNHA ESCOLA NO COUREL
O vindeiro sábado 3 de maio terá lugar en Quiroga (Lugo), na parroquia da Hermida, un festival cultural e musical para recadar diñeiro para a restauración e o proveito como local social e veciñal da escola de Soldón da Seara, aldea do Courel.
Frikismo social e cultural
Frikiroga preséntase co impulso dun grupo de xente nova da comarca como unha festa de frikis cun frikismo moi particular e socialmente admirable: o interese pola revitalización do Courel e a dinamización cultural dunha comarca con pouca oferta para a xente nova.
Ruxe Ruxe e Cañita Brava
Baixo o lema ?Tod@s somos frikis? a ?Festa non-stop? contará coa presenza de grupos como Ruxe-Ruxe, Santa Compaña, Nunca Se Sabe & Kain233, Armadanzas e Ultraqäns, así como a presenza do chamado ?Hendrix das Tarrañolas?, o cantante Cañita Brava.
Animarán o Frikiroga, ademais a banda de gaitas O recanto e a Charanga Os Veraneantes.Zona de Acampada de valde.
Circo de pulgas e competicións deportivas post-modernas
A ?Parada do freaks galaic@s?, o Frikiroga, contará coa presenza do internacional Circo de Pulgas Carruselo ou Galiza Pulgas Circus. E da mestura entre o tradicional xogo da chave e a play station aparece a primeira competición deportiva ?friki e postmoderna? galega. Dentro deste ambiente lúdico-festivo tamén terá lugar o 1º Campionato de Liado de Cigarros, -en categoría de velocidade e artística- alén doutros xogos populares, na mañá do sábado 3 de maio
A Escola de Soldón
Foto de Roberto Ribao
A Escola de Soldón foi construída no espazo comunal da aldea e con aportacións e man de obra dos veciños e veciñas en 1939. Un ano máis tarde a escola estaba rematada e os nenos e nenas comezaban a recebir clases.
No ano 1974 abren a "Escola Fogar" en Quiroga e pechan a unitaria de Soldón, e apartir daquela o edificio deriva nun estado de ruína.
O Frikiroga quere ser un instrumento para axudar a abrir ao mundo outra vez as portas da escola de Soldón da Seara.
As nossas línguas nativas americanas forom orais desde tempos inmemoriais. Algumhas delas começaron a se escreber nos últimos tres séculos. Devemos recordar a nossa tradiçom oral á hora de aprender as nossas línguas.
Ás vezes negamos esta tradiçom oral e seguimos cegamente o único modelo de aprendizage de línguas que conhecemos: a forma em que nos aprenderom inglés, com a sua grande énfase na gramática. Aprender os nossos idiomas como se nom tivesem umha tradiçom oral é um factor que contribue ao fracaso dos programas de ensino dos idiomas nativos americanos, assi que agora temos o equivalente a umha tradiçom do fracaso.
Probavelmente a causa desta tradiçom do fracaso, entusiasmamo-nos com qualquer cousa que parece que preservará as nossas línguas. Como resultado, agora temos umha ladaínha sobre o que víramos como o único ítem que salvaria as nossas línguas. Único ítem que é rápidamente reemprazado por outro.
Por exemplo, alguém dixo: ?Ponhamos os nossos idiomas por escrito? e fixemo-lo e as nossas línguas nativas seguiam morrendo.
Logo dixemos: ?Fagamos dicionários para os nossos idiomas? e fixemo-lo e as nossas línguas seguiam morrendo.
Despois dixemos: ?Formemos lingüistas adestrad@s nas nossas línguas? e fixemo-lo e as nossas línguas seguiam morrendo.
Logo dixemos: ?Adestremos na lingüística a nossa própria gente, falante das nossas línguas?, e fixemo-lo e aínda assi as nossas línguas seguiam morrendo.
Logo dixemos: ?Solicitemos umha subvençom federal para a educaçom bilingüe? e fixemo-lo e as nossas línguas seguíam morrendo.
Despois dixemos: ?Deixemos as escolas aprender as nossas línguas? e fixemo-lo e as nossas línguas seguiam morrendo.
Despois dixemos: ?Desenvolvamos materiais culturalmente relevantes? e fixemo-lo e as nossas línguas seguiam morrendo.
Logo dixemos: ?Utilicemos os melhores falantes da nossas línguas para que lhas aprendam á gente? e fixemo-lo e as nossas línguas seguiam morrendo.
Logo dixemos: ?Gravemos a gente maior falando os nossos idiomas? e fixemo-lo e as nossas línguas seguiam morrendo.
Despois dixemos: ?Fagamos vídeos d@s noss@s maiores falando as nossas línguas realizando actividades das nossas culturas? e fixemo-lo e as nossas línguas seguiam morrendo.
Despois dixemos: ?Ponhamos os nossos falantes nativos em CD-ROM? e fixemo-lo e as nossas línguas seguiam morrendo.
Finalmente, alguém dirá: ?Fagamos congelar os poucos falantes que nos quedam, de maneira tal que quando a tecnologia avance, os falantes poidam ser revividos e assi teremos falantes das línguas nativas?, e faremo-lo e estas persoas resucitadas acordaram num mundo distante no futuro, onde serám os únicos falantes das suas línguas porque daquela todos os outros falantes das suas línguas terám desaparecido e ninguém os entenderá.
Nesta letania, vemos cada ítem como o único que salvaria as nossas línguas ? e elas nom se salvarom.
Claro está que o recurso da criogenia e o congelamento som medidas desesperadas. O ponto é que, apesar dos avances nos métodos de aprendizage e na tecnologia e a nossa crecente dependéncia disso, os nossos idiomas aínda estám a morrer.
Tamém parte desta morte é causada polo constante desgaste dos falantes nativos. As nossas línguas tenhem poucos recursos, como o nacemento, para reabastecerem-se de falantes nativos, e aínda o nacemento está falhando porque nom estamos aprendendo-lhes aos nossos recem nados a falar os seus idiomas nativos.
(...)
Para reverter a influéncia do inglés, as famílias devem rescatar a sua legítima posiçom de ser as primeiras mestras das nossas línguas. Elas devem falar os nossos idiomas cada dia, em todo lugar, com toda a gente.
Mas se vam relegar ás escolas a sua responsabilidade de ensinar, daquela devem apoia-las. Devem estar segur@s de que as escolas usam métodos de aprendizagem baseados no oral. Devemos usar todos os ítems (agás a congelaçom instantánea) da ladaínha por preservar as nossas línguas em ves de centrar todas as nossas esperanzas num só.
Isso quer dizer que devemos saber ónde cada ítem é importante. Saber qual é o lugar idóneo frecuentemente depende de saber quanta perda houvo no grupo que fala essa língua. Por exemplo, numha língua que só falam persoas maiores de 60 anos pode nom ser necessário um programa de imersom nessa língua. A raçom é que a resisténcia que se requer para ensinar a língua pode ser demasiada para um grupo com essa idade.
O exemplo anterior mostra-nos por qué devemos seguir discutindo sobre os temas relacionados e os esforzos para preservar as línguas nativas americanas e as nativas de Alaska. Estes temas estám sempre cambiando e devemos estar ao dia nisso para manter um alto nível de esforzo na preservaçom da língua.
Devemos abandonar a etapa de auto-vitimizaçom e deixar de sinalar a Oficina de Asuntos Indígenas, as escolas missioneiras, os médios de comunicaçom e as escolas públicas como a causa da perda das nossas línguas.
Aínda que nom nos equivocamos quando os culpamos da perda das nossas línguas, é um feito que eles nom nos vam ajudar a reviver ou preservar as nossas línguas. Eles nom tenhen ningum interés nos esforzos por preservar as nossas línguas. De feito, eles estám mui perto de conseguir cumprir o seu objectivo: matar as nossas línguas.
Daquela, a responsabilidade por salvar as nossas línguas é nossa e só nossa; somos a geraçom fundamental porque probavelmente somos a última geraçom de falantes que pode brincar, conversar sobre tópicos altamente técnicos, articular dor profunda psíquica e tamém discutir sobre estratégias curativas sem recorrer ao inglés.
Conclusom:
As nossas línguas nativas americanas estám no momento penúltimo da sua existéncia no mundo. É a única e última vez que teremos a oportunidade de salva-las. Devemos continuar promovendo os programas exitosos a través de Alaska e o País Indígena.
Devemos deixar de lamentar-nos eternamente e de catalogar continuamente as causas da morte das línguas, em lugar disso devemos ocupar-nos desses asuntos aprendendo dos éxitos que hai nos esforzos de preservaçom de línguas.
Se nosoutros nom facemos nada, daquela podemos esperar que as nossas línguas tenham morto ao fin do próximo século. E essa marge de tempo poderia ser optimista se é que nom facemos nada por preservar as nossas línguas.
Abrira-se um gran vacio no universo que nunca poderá encher-se quando todas as nossas línguas morram.
Suntem ca florile ce le-a rupt furtuna,
suntem ca frúnzele ce zboara fara vânt fara nimic;
dar am ajuns într-un teritoriu care pentru inima noastra,
este un vis si o mare iluzie.
Luptam pentru demnitatea noastra,
nu vrem mai mult decat munca, si un loc adevarat
în sufletele voastre, pe pamântul vostru
fara sa pierdem sperante fara sa facem razboi.
Flores chorando
Somos como as flores que rompeu o tornado,
somos como as folhas que voam sem ar, sem nada.
Mas chegamos a um território que para o nosso coraçom
é um sonho e umha grande ilusom.
Estamos luitando pola nossa dignidade.
Nom queremos mais que um trabalho e um sítio de verdade,
nas nossas almas, na vossa terra,
sen perder a esperanza, sem fazer umha guerra.