As escaleiras violetas de caracol sobem, sobem, sobem e baixam, baixam, baixam e sobem, sobem, sobem as escaleiras violeta de caracol.
Subo abaixo e baixo arriba nas escaleiras violeta de caracol. E subo e baixo e baixo e subo arredor de mim e arredor de mundo.
E agora baixo e subo ao mesmo tempo, no mesmo paso, e giro e giro e giro na escaleira violeta de caracol, e o mundo gira e gira e gira na escaleira violeta de caracol.
Eu só son unha palabra común. A miña vida podía ir mellor ou tamén peor. Gústanme os diminutivos afectivos e non me levo nada mal cos números. Nacín aquí, hai xa bastantes anos, e as cousas desde que eu era unha palabra nova cambiaron moito. En fin, que estou para o que faga falta. Aprendín moi cedo que son única, que ningunha outra palabra pode substituírme, como nos pasa a todas as palabras do mundo.
Coñecín moitas palabras que desapareceron e todos os días me cruzo na rúa con algunha que acaba de nacer.
Mais hai uns quince días sucedeume algo preocupante. Acababa de acordar e estaba saíndo da ducha cando soou o timbre da casa. Vestinme apurada e abrín a porta. Cando vin que era un castelanismo fechei a porta con medo. E respirei fondo. Que quede claro que non teño nada contra as palabras estranxeiras. Na miña vida coñecín moitas que viñan aquí facendo turismo. Pasei bos momentos con algunhas palabras italianas e francesas e unha alemá e mais eu mesmo tivemos unha historia de amor hai algúns anos.
(...)
Um relato Made in Galiza
Mais em Móllate coa lingua, o blog do Equipo de Normalización e Dinamización Lingüísticas do CPI de Maside (Ourense).
Esta manhá
umha das minhas palavras preferidas
puxo-se gasolina
no centro da praça
diante das cámaras de tv
e ardeu
para chamar a atençom
por todas as palavras da minha língua.
Outras ameazam
com seguir o mesmo caminho
se nom garantimos
um futuro digno para o nosso idioma.
........
Gaur goizean
nire hitz kutunetako batek
gasolina bota du bere buru gainetik
plazaren erdian
telebista kameren aurrean.
Eta su hartu du
nire hizkuntzaren hitz guztien alde
deiadar egiteko.
Beste hitz batzuek
bide bera hartuko dutela diote,
gure hizkuntzarentzat
etorkizun duina bermatu ezean.
"Este sábado 2 de febreiro, ás 20:30 horas, o centro sociocultural Torrente Ballester (Ferrol)acollerá o espectáculo colectivo Ultranoite en defensa da Ría,producido pola rede de acción sociocultural Arredemo e Burla negra, a modo de homenaxe aos veciños de Mehá e á xente do Comité Cidadán de Emerxencia, e como denuncia da actitude servil a intereses económicos particulares manifestada polos gobernos da anterior e da actual lexislatura, e que se traducen na imposición da planta regasificadora contra os intereses da cidadanía e do ben común."
Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?
Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos ?
Sobre que asas se atreveu a ascender ?
Que mão teve a ousadia de capturá-lo ?
Que espada, que astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu coração ?
E quando teu coração começou a bater,
Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,
Para trazer-te aqui ?
Que martelo te forjou ? Que cadeia ?
Que bigorna te bateu ? Que poderosa mordaça
Pôde conter teus pavorosos terrores ?
Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,
Sorriu Ele ao ver sua criação ?
Quem deu vida ao cordeiro também te criou ?
Tigre, tigre, que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?
Korrika já chega! yeah! yeah! yeah! yeah! yeah
Chega Korrika, um povo em movimento
Já chega e para Big Beñat
outra missom imposíbel
A reunir um mundo, é a consigna
o nosso anti-heroe nom pode falhar
com o ritmo gigante big beat
a quem nom porá em marcha esta chamada?
Desde Gas-Gasteiz a Bai-Baiona
Temos um século novo
para começar Korrika
O mundo na cabeça
gente maquina
pensa globalmente e
actua localmente, nom si?
Somos euskaldum
e parte do mundo
Humanos, fora da uniformidade
nem cascos transgénicos
nem némeros
Vivos, que o euskara nm tem data de caducidade
Se é por modernizarse igual
tatua umha barra de codigos no meu cu
Olha
Big beat Beñat
Olha
Abaixo o Big Mac
Korrika já chega
Com Big Beñat na cabeça
Uh,uh,uh,uh,uh,uh
reunir o mundo!
A MacDonalizaçom, cultura globalizada
consumir plástico
como comida rápida
umha cousa eé unir
outra impor
intercambiar ou obrigar modelos
Big Beñat, fabas e col popular
serpe taco mexicano e pa amb tomáquet
Queixo e noces
que a tierra nom é solo
deixemos de lado a merda
Cousas que a gente esquece...
...aínda que pareza mentira.
Um amor.
Um paráguas no autobús.
A cabeça entre as nubes.
Umha palavra na ponta da língua.
Gernika, Iroshima.
A história da tua própria família.
A data de caducidade dum iogurt.
Os mineiros de Lousame indo cara a Santiago com dinamita para defender-nos do franquismo no 36.
Um agasalho polo aniversário.
@s exiliad@s.
O nome daquela actriz.
Quando estreamos a queimada de cerámica de Sargadelos.
Fazer a compra.
A língua.
Afganistám.
Quem está detrás de cada medio de comunicaçom.
Dizer quero-te.
Fazer o encrucilhado do jornal.
Ou a sopa de letras.
@s pres@s polític@s.
Dar um bico de vez em quando.
Outro amor.
A memória é como um músculo. Necessita exercício. Ou atrofia-se.
Um princípio científico que tem umha alta força poética e social di que A energia nom desaparece, transforma-se. Cinco anos despois já conseguimos aquela certa distáncia que as nossas curiosidade e impaciéncia necessitavam quando nos perguntavamos com muita, muita preocupaçom: Que passará com todo isto no futuro?
Já estamos aqui. E podemos olhar arredor e falar entre nós de cómo o que passou ?o que vivemos desde o 13 de novembro de 2002- forma parte de nós hoje e por suposto, manhá.
Sabemos que a participaçom foi a nossa onda vital. A participaçom da cidadania no movimento social dotou de energia um motor colectivo que, em tempos de crise, botou adiante o carro da socio-criatividade: umha vontade criadora, umha actitude criativa, pensada e realizada em clave social, cooperativa, comunitária, generosa e, como nom podia ser doutra maneira, entre iguais, horizontal.
Contrariamente ao Manual Planetário de Movimentos Sociais, a intromisóm do Interese Electoral ?segundo alguns- ou a Misteriosa Desafecçom Social ?segundo outras- ou as duas cousas ?talvez-, a falta de participaçom, em fim, condenou a própria organizaçom Plataforma Nunca Mais, -olho, dicia o outro, nom confundir com o Movimento Cidadám Nunca Mais- entre outras cousas, á sua situaçom actual, subsidiária da dinámica partidista.
Quando no quinto aniversário o presidente Touriño brinda de policia Muxia para evitar problemas com os centos de manifestantes contrao Plam Acuícola, ou quando o vicepresidente Quintana -com um lema mais próprio da sensíbel tradiçom estilística do Partido Popular ?Galiza no coraçom- organiza umha comida ?que na televisióm se transforma em comilona ou paparota- como homenage ao voluntariado, muita gente da que participou no Movimento Social Nunca Mais está a ser consciente de que em cinco anos, ehem, ehem, realmente nom parece que mudaram muito as cousas?
Ademais, por exemplo, ao tempo que Tourinho e Quintana atraem com o seu magnetismo as cámaras da TVG cara á Zona Cero, em Mugardos o silenciamento mediático do fim do feche de 111 dias dos vezinhos e vezinhas de Mehá contra Reganosa fica nesse siléncio que se vira censura que se volta abuso e despois injustiça que gera a energia que transforma as persoas normais e corrente em activistas.
Activistas! Porque é sabido que segundo a Revista Patafísica Internacional do Activismo Social, @s activistas galeg@s som activistas de élite, respectad@s polos aliados e temid@s polas forças do mal.
Assi que em quanto aquí falamos de Nunca Mais, e actualizamos um discurso, aí fóra da revista, e seguramente aqui, dentro tamém, o que está passando é que hai uns dias se apressentou a Rede Galiza nom se Vende, da que formam parte perto de 100 organizaçons, asociaçons e colectivos ecologicos, sociais e culturais do país, temíbeis células de activistas, enfrontados á política agresiva, violenta e destrutiva que este governo tamém está a ejercer contra os nossos recursos naturais. E seguramente os realistas e as surrealistas coincidam em que aqui tamém se irrádia como o raio transparente a onda vital de Nunca Mais.
Até que ponto chegou realmente o bipartito ao poder graças á poténcia ejercida por este movimento social, -radicalmente ecologista- que se mobilizou, dinamizou e incentivou a participaçom tamém no circo electoral promovendo nom o voto merecido por nengum partido senóm o boto contra o Partido Popular? Até que ponto pode perder esse poder num pulso mais entre o governo e @s activistas? Em que medida se transformara o movimento cidadám no projecto comunicativo Hai que Bota-los? Como metamorfoseou no cooperativo Lumes Nunca Máis?
As estatísticas dim que cada ano se suicidam arredor de 6000 ex-soldados de Irak nos Estados Unidos. E vós, amigas e amigos, veteranos de Nunca Máis, seguides aí? É certo que passastes á reserva? Porque semelha que nom é facil desfazer-se de vós. Aínda que, como dicia ao princípio, hai gente que nom sabe que a energia nom desaparece: transforma-se.
Em fim, como passa o tempo? Assi que cinco anos despois, que?
Será o domingo 27 de xaneiro en Portomarin o V Campionato de España de Caza do Raposo.
Apuntate e anima a amigos e amigas para boicotear esta "fazaña".
Contacta por telefono ou e-mail con matarpormatarnonarrobayahoo.es.
A ver se xuntamos a maior cantidade de xente posible para acudir ó monte.Hai que madrugar.
Ás 9 empeza a cazata e hai que telos localizados.De non poder chegar a tempo quedamos frente a eirexa de Portomarin para contactar con enlaces e acudir ó monte.
Um correo electrónico da rede Galiza nom se vende:
Nestes intres a Conselleira de Pesca anda por Carballo de visIta nunha fábrica de peixes de Isidro de la Cal. Dende as 12 da mañá e até agora, ás 16:30, compoñentes de varias plataformas contra o plano acuícola téñena acurralada sen poder saír.
Quen si saiu da fábrica foi o seu coche, cuio chofer tivo que baixar e abrir portas e maleteiro para demostrar que ía só.
Se cadra Toruriño está a falar con Chávez a ver se negocia a liberación.
O desenho é de avante hermético, um d@s Sexplease, um grupo com o que vivimos umha experiéncia musical inclasificábel de improvisaçom participativa , neurocreacionista, alucinativa e horizontalmente audiocomunitária.