Nom som as fotografias dos sonhos dumha espeleóloga. É o paradiso subterráneo do C@urel.
Um dos patrimónios mais valiosos do C@urel som as suas covas, practicamente inexploradas e esquecidas polas administraçons públicas.
Estas fotos, -que amavelmente nos passou um espeleólogo que prefere manter o anonimato logo dumha incursiom no C@urel em abril-, pertencem a tres covas da comarca, -umha delas na Volta Grande do C@urel- sobre as que preferimos nom dar nome nem localizaçom para ajudar a preservar o jacemento.
As covas do C@urel guardam um património de alto interesse científico, desde diversos campos, desde a paleontologia até a biologia, desde a geologia até a ecologia.
Ademais, cumpre lembrar que a Serra do C@urel foi um importante espaço de protecçom para a guerrilha antifranquista e as covas chegarom a servir como refúgios naturais que aínda hoje guardam importantes elementos de memória histórica.
Mais sobre as covas naturais no C@urel, na bitácora de Vila Anca
Quando alguém abre um livro
está a cambiar o mundo.
E no meu país
hai milheiros de casas sem livros.
Nom se pode medir
com a tecnologia actual
a energia média
de transformaçom
do mundo por habitante.
Nem sequera existe umha unidade de medida
aínda.
Mas quando o fontaneiro
fai um caminho de cobre
para a água está a cambiar o mundo
e quando o fotógrafo dispara
está a cambiar o mundo,
e a rapaza que escrebe
num muro com spray.
Quando a tele nos di sobre que temos
que pensar hoje
tamem está a cambiar o mundo,
e se um jornal
pode cambiar o mundo
como é possível que aínda haja gente
que pense que a poesia
nom pode cambiar o mundo?
Os anuncios publicitários tamém som poemas.
A ver se te das conta dumha vez.
Tu podes cambiar o mundo.
Quando calas ou falas,
se baixas a cabeça
ou das um passo adiante,
o mundo cámbia proporcionalmente
á quantidade de energia
que produces.
Pode que algum dia cheguemos a conhecer
o número de utopias por metro quadrado,
o mínimo comum múltiplo entre os sonhos a realidade,
o detector de individualismo,
o visor de ingenuidade,
umha Guia para deter as colonizaçons lingüísticas
ou o Manual de instruçons
da justiça social.
No meu país hai milheiros
de persoas no sofá vendo a tele.
Quando apagas a tele
estás cambiando o mundo.
Sonhei que o dia que começavam as rebaixas
havia colas diante das livrarias.
Quando alguém abre um livro
está a cambiar o mundo.
E no meu país tamém
hai milheiros de casas cheas de livros.
Segundo contam na Volta Grande do Courel, o jabarim avança olhando por riba do focinho o que tem justo diante, como se fozasse com os olhos, de perto, buscando com curiosidade pequenas cousas, arandos, landras, escornabois.
O merlo avança a média altura, no espazo que vai das raíces das árvores ao cimo, olhando cara adiante e atrás, esquerda e direita, mui rápido e com curiosidade.
E o açor olha desde o céu, ao longe, a grande altura, ás vezes pousa no poste da luz ou no bidueiro que nom partiu o temporal, com curiosidade.
Um dia o açor desde a nuves albiscou um brilho apagado entre o outono ao pé dum castanho, um brilho que parecia...
Justo nesse momento o merlo cruçou o souto voando a média altura e viu na terra uns dentes escondidos entre as folhas, que semelhavam...
E chegou o jabarim afocinhando entre os ouriços das castanhas e o cepo Chak! fechou-se e o jabarim berrou ferido e aterrorizado.
Segundo contam na Volta Grande do Courel, devemos aprender a olhar ao mesmo tempo como os tres animais -o jabarim, o merlo e o açor- para descobrer os cepos escondidos no caminho, na fábrica, na oficina, na televisiom, na rua ou no jornal.
No lugar menos pensado podes pisar um cepo de dentes oxidados.
Teo e Estrela mercarom umha cartolina negra e umha branca e subirom ao ibiza e saírom da cidade. A cámada de vídeo, o arame, a cinta adhesiva, o trípode, as tesoiras?
Quando atoparom o sinal de precauçom, paso de animais em liberdade, um desses triángulos com a silueta negra dum corço, Teo montou o trípode e preparou a cámara.
Estrela recortou na cartolina negra umha figura exactamente igual á do corço do triángulo e despois pegou um triángulo de cartolina branca sobre o sinal da estrada, dentro das marges vermelhas, cubrindo de branco o corço do sinal.
Um extremo do arame enganchou-no ao corço de cartom, reforzado com várias capas de cartolina. Vai!
Bem, dixo Teo, agora mantém o corço no centro do sinal, aí, si, sem move-lo, bem, bem, começo a gravar. Assi, nom o movas. 10, 15, 20 segundos.
Vale, agora, si, move-o. Lentamente, como tremendo, despácio, fai que o corço, a modo, se mova, cara adiante e arriba, dentro do sinal, e agora, agora um chimpo! salta fóra!
O corço saltou fóra do sinal de tráfico, sobre o céu azul e o prado verde e a estrada gris e foi-se, saíndo do plano.
A cámara ficou olhando o sinal baleiro, 10, 15, 20 segundos.
Bem, aqui está o guiom, vamos grava-lo, dixo Teo já na casa. Estrela, le a modinho, como nos documentais da National Geographic. Oquei, ai vai:
Era umha vez um corço que vivia num sinal de tráfico numha estrada secundária.
Aparentemente estava saltando no ar, com as patas estricadas, a cabeça ergueita, mas o certo é que levava muitos anos sem se mover dentro daquel triángulo.
Ás vezes distraia-se: um ciclista, umha muher com um paráguas vermelho, paxaros, um autobus, e contava coches, 1, 2, 3 , 4, 325?, ou nuves.
A sua vida era tam monótona e triste que um dia descobreu que estava começando a oxidar-se. E pensou algo que nunca antes chegara a pensar: intentar ser livre.
Intentou-no pola manhá ao saír o sol, fixo força com as patas de diante e? nada.
Voltou intenta-lo a mediodia, fixo força toda a tarde com as patas de atrás e? nada.
E voltou intenta-lo á noite, fixo força toda a noite com as patas de diante e de atrás e? quando sentiu a calor da primeira luz do sol deu-se de conta de que? estava movendo-se! Era possível.
Fixo força e força e upa! Pegou um chimpo e conseguiu liberar-se do sinal de tráfico de animais em liberdade.
Como quedou?
Um pouco hippi? Falta-lhe a música e a ver que tal.
E como é?
Umm? De momento vas tes que imagina-la.
...
Para a livraria Couceiro, no seu XXXX aniversário. Parabéns!
Hai muita gente neste mundo que tem medo das palavras em geral ou dalgumhas em particular.
Hai muita mais gente da que pensamos que tem medo das palavras, tanto como dum tigre ceibo na sua casa.
O malo é que ao contrário dos tigres, que só vivem livremente em lugares mui determinados, como selvas ou sabanas, qualquer palavra pode entrar e saír da cabeça dumha persoa no momento menos pensado.
É curioso. É curioso como hai gente que quando escoita umha palavra em concreto pode chegar a dar um passo atrás, á defensiva, ou gente que evita olhar para determinados lugares por nom se atopar com umha dessas palavras, talvez salvages, que considera perigosas para a sua vida.
Pode ser que a verdadeira raçom do escaso gosto pola leitura seja que a maioria dos livros agocham entre a sua vegetaçom, como selvas, muitas dessas palavras inesperadas, que aparecem de súbito e chegam a asustar algumha gente. Podem morder, talvez, como crocodrilos.
Si, hai gente que tem medo dos livros como se as letras fossem as formigas dumha marabunta ou as aranhas do filme Tarántula.
As vezes som palavras solitárias, outras, séries de palavras ordenadas de forma mais ou menos estratégica que atacam em grupo.
Porque assi como durante muito tempo se difundiu a image do lobo ?por pór um caso- como dumha besta feroz devoradora de persoas, e agora sabemos graças aos avances da ciéncia que nom é tam fero o lobo como o pintam, assi tamem poderiamos pensar que se vem difundindo de forma intencionada que hai palavras mais perigosas, selvages e indomáveis que outras. Que hai palavras que podem fazer-nos dano.
Se colhes um jornal numha cafetaria ou pos a orelha no televisor mentres tomas um café comprobarás que quase todas as palavras que che fam chegar som palavras inofensivas, domadas, em cautividade.
O jornal ou a televisiom som a sua gaiola e é difícil, na vida diária, que aos medios de comunicaçom se lhes escape algumha palavra indomável e livre. Mais fácil é atopa-las cautivas como panteras negras na jaula dum Circo.
Na tele, na rádio, nos jornais trabalham grandes domadores de palavras com látegos e aros de lume e anacos de carne e pedras de açucar.
Mas sempre haverá palavras livres que nom se deixarám domar, palavras que no momento menos pensado ou pouco a pouco podem cambiar a nossa forma de ser.
As palavras tenhem a sua funçom como seres vivos: cambiar as nosas vidas, cambiar o mundo.
Segundo lemos em Groenlándia: "Estamos de parto literario. O Café Bar 13 de Santiago e a Editorial Danu poñen a andar o O Lapis do Taberneiro, unha colección de literatura tabernaria que ten por lema Relatos de taberna para ler na taberna".
"Todos os libros que se veñan a editar na colección terán a particularidade de estaren escritos e editados nunha taberna ou recinto semellante, seren edicións de peto en formato de oito por trece e non teren máis de noventa e seis páxinas, de maneira a poderen ser lidos en a penas dous viños e medio."
O primeiro livro da colecçom, livre na rede, Acantinado, de Carlos Santiago.
Segundo conta Carlos no seu blog: "O libro será presentado o vindeiro Xoves 29 de xaneiro, ás 21h, en Santiago D.C. no propio Café Bar Trece, situado na Rúa de Santa Clara nº 13, contando coa intervención do autor, eu mesmo, e outros camaradas de angueiras escénicas e culturais. Quedades convidados á festa, se vos presta. Cando menos o viño non será malo, e se cadra algún dos chistes tampouco."
(09:32:45)xan46 fala paraNIKITA:ke che parece o idioma galego?
(09:33:09) NIKITA fala para Todos: MUITO PARECIDO COM O PORTUGUÊS
(09:33:30)xan46 fala para NIKITA: nao, nao,o portugues muito parecido ao galego
Harzoù tarzh-an-deiz Noun b/Ploeven Gwerz meliner Langidig Riwal Huon Klezeiataer Mark Kerrain Kemper Tugdual Kalvez A-wechoù e santan e vank gerioù em bro Séchu Sende Emgav e bered Santez Anna Pierre-Emmanuel Marais Huanadenn an ael Malo Bouessel Du Bourg Reun ar Glev Goulc'han Kervella Ar pez soñj Juan Rulfo Kêr al loened George Orwell Va buhez gant ar c'hab-aod Goulc'han Kervella Meizañ Doue en hon amzer Fañch Kerrain
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Na revista bretoa AL LIAMM - Niverenn 371 - MIZ KERZU 2008
Atopamos na feira de velharias de Aveiro um objecto curioso para o Museu das Pulgas e das Cousas Pequenas do Galiza Pulgas Circus: um postal do ano 1934 da Exposiçom Colonial de Porto.
Queremos render homenagem desde aqui a todas @s domador@s e pulgas que, ao longo da história, cambiarom com a sua arte a história da humanidade através da imaginaçao das nenas e nenos.
Umha reveréncia, pois, desde o século XXI a Roloff Otawa e as suas pulgas sábias.