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Nadine Gordimer |
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O pasado 13 de xullo faleceu Nadine Gordimer.
Descubrín a escritora surafricana hai dez anos. Naquel verán de 1984, visitando a Libraría Esperança na illa da Madeira, regaleime un seu libro, a edición brasileira de Ninguém para me acompanhar, unha tradución de Beth Vieira para a Companhia das Letras de Sao Paulo.
Foi unha lectura que me atrapou e que me permitiu coñecer a escritora, admirar a súa escrita.
Eis algunhas das frases que subliñei para non esquecer:
?Nós fomos alienados daquilo que era nosso, e não foi só no exílio não. Seu pai é descendente dum grande chefe, que resistiu aos britânicos há mais de cem anos ? você tem um nome a zelar! Você foi roubada de seu nascimento ? que deveria ter sido bem aqui. Reassuma sua língua.?
?Uma vez mais, a realidade chega num ritmo desapercebido, no breve espaço de uma vida humana?
?sendo que história e patriotismo, aqui, significam história e patriotismo do colonizador?
Unha vez máis as coincidencias entre as historias dos pobos colonizados.
E aquí o texto que Beth Vieira elaborou para a contracapa do libro:
"Na realidade duríssima da África do Sul, com o regime do apartheid ainda em vigor, a violência crescendo no campo e nas cidades, uma mulher dedica sua vida a uma fundação, lutando pelo acesso dos negros à terra. Quando o país começa a mudar e o regime dá sinais de perder força, ela deixa para trás sua antiga vida familiar, como se tudo o que viveu até então fosse apenas um trampolim para uma mutação mais ampla e significativa.
Verdadeiro testemunho da luta anti-apartheid, Ninguém para me acompanhar - o mais recente romance de Nadime Gordimer, prêmio Nobel de Literatura de 1991 - é um livro calcado em experiências-limite, em vivências extremas de amor, amizade e ação política. Escrito com rigor e paixão, proporciona ao leitor uma reflexão profunda sobre a condição do homem contemporâneo."
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