Avante Galiza!
'Estamos fartos de saber que o povo galego fala un idioma de seu, fillo do latim, irmao do Castellano e pai do Portugués. Idioma apto e axeitado para ser veículo dunha cultura moderna, e co que ainda podemos comunicar-nos com mais de sesenta millóns de almas (...) O Galego é un idioma extenso e útil porque -con pequenas variantes- fala-se no Brasil, en Portugal e nas colónias portuguesas'.

(Castelão - Sempre em Galiza)



Esta web apoia á iniciativa dun dominio galego propio (.gal) en Internet





 SECÇONS
 FOTOGRAFÍAS
 Também ando por:
 PESQUISAR NO BLOGUE
 PESQUISAR EM BLOGUES GALEGOS
 ARQUIVO
 ANTERIORES
 Artigos destacados

História dos nomes na Galiza
Hai uns anos, ser filho primogénito levaria-te a chamar-te Primitivo. No caso de nascer de pé a tradiçom faria-te carregar com Agripina. Nomes praticamente em desuso ou esquecidos, mas que conformam parte do nosso legado histórico e cultural.

O tempo tamém passa para a onomástica, os nossos nomes, essa etiqueta que marca grande parte da nossa identidade e na que quase nunca intervimos. Ainda que muitas vezes o herdemos da família, como quem herda a roupa dum irmão maior, as modas e a história tamém deixam a sua pegada nos nomes próprios ou antropónimos.

Da desapariçom de nomes como Johan e Tareija, enormemente comuns até o século XV, encarregaram-se os Reis Católicos. A ?doma y castración? aplicada polos monarcas atopa na Igreja o aliado perfeito para castelanizar os nomes. Durante séculos, as formas galegas suprimem-se dos registros, mas sobrevivem na fala da gente, o que explica que Xan e Tareixa cheguem aos nossos dias.

Segundo o catedrático de Historia da Galiza Xosé María Lema Suárez, os curas tiverom muita responsabilidade na desgaleguizaçom de nomes e apelidos. Este professor analisou todos os nomes masculinos registrados na paroquia de Berdoias (Vimianço) nos últimos quatro séculos, realizando o que el considera umha ?cala histórica na onomástica de Galiza?.

Nomes de ricos
A situaçom actual, na que os pais tenhem protestante quase absoluta para decidir os nomes dos cativos é bem recente. Até o último terço do século XX a religiom tinha um papel fundamental. O santoral era o provedor de nomes e a eleiçom devia contar com o veredicto favorável do cura. O ?Dicionário dos nomes galegos? recolhe o caso dum cura betançeiro que se negava a baptizar a filhos de labregos con nomes como Maximiliano ou Luciano, por serem próprios de ricos. A escolha ficava reduzida ao abano clássico dos José, Andrés ou Antonio.

Numha entrevista que lhe fez Carlos Casares, Ánxel Fole mencionava a um crego de Quiroga (Lugo) apaixonado pola cultura romana, que impunha nomes como Rómulo ou Lucrecia. E a mediados do século XIX Berdoias sofreu um ?boom? de Simóns provocado por um frade demasiado orgulhoso do seu nome.

Mais alá dos caprichos persoais, a eleiçom estivo sujeita durante muito tempo à enorme carga moral que invadia à sociedade. Assi, Bonifacio, Cucufate, Tiburcio ou Emeterio convertiam-se nos ?nomes estigma? impostos aos filhos de solteira, umha sorte de ?pecado original? que ficava como herdança para toda a vida.

Pais ?viciados?
No 1939, acabada de instaurar a ditadura franquista, proíbem-se por decreto os nomes ?exóticos ou extravagantes? empurrando aos pais ?viciados? a cambiá-los por outros legais. Os Lenin, Octubre ou Libertad, surgidos no breve espaço da II República, devem ser substituídos em pouco mais dum mês por outros amparados polo Santoral. A influência da ditadura nota-se tamém nas nenas chamadas África, virgem à que se encomendara o Generalísimo ao inicio da Guerra Civil.

Com os anos setenta e oitenta chega o aperturismo político que traz um sopro de ar fresco. A televisom entra na casa dos galegos acompanhada de novos referentes culturais e começam a aparecer as Ana Belén, Marisol, Karina ou Cristal.

A Suelen galega deve agradecer-lhe o nome à "Sue Ellen", protagonista da serie ?Dallas?, ao igual que as Alexis nascidas ao fervor de ?Dinastía?. Nos 80 popularizam-se as Vanessas -nome da filha de Manolo Escobar- e o inglês vai-se colando pouco a pouco fruito da globalizaçom cultural. Mesmo se dam adaptaçons fonéticas e gráficas curiosas como Maicol (Michael) ou Brayan (Brian).

Nos últimos anos parecem regressar os nomes curtos e singelos, com um ressurgimento dos nomes galegos tradicionais recuperados da riqueza patrimonial como Uxía ou Brais e doutras línguas peninsulares, como os bascos Iker ou Itziar.

Comentários (3) - Secçom: Cultura - Publicado o 22-05-2007 18:39
# Ligaçom permanente a este artigo
Chuza! Meneame
3 Comenta-se que...
1 Moi interesante, de verdade.
A unha amiga miña que estaba embarazada, pregunteille qué nome lle ía poñer á nena que agardaba. Díxome que Laura. Eu, que a que tiña por afec#blgtk08#cionada ás telenovelas, díxenlle por amolar que pensaba que lle ía poñer Yésica ou Yénifer. "non, ho!", soltou, "eu quero que teña un nome que lle sirva para cando sexa vella!".
Dito por (22-05-2007 20:20)
2 Moi interesante, de verdade.
A unha amiga miña que estaba embarazada, pregunteille qué nome lle ía poñer á nena que agardaba. Díxome que Laura. Eu, que a que tiña por afec#blgtk08#cionada ás telenovelas, díxenlle por amolar que pensaba que lle ía poñer Yésica ou Yénifer. "non, ho!", soltou, "eu quero que teña un nome que lle sirva para cando sexa vella!".
Dito por O Padín (22-05-2007 20:21)
3 pois si que é certo que algúns cregos puñan o nome que lles prestaba aos nenos. O meu avó chámase Amable pq cando o foron #blgtk08#bautizar non chorou, ía ser Miguel pero como non chorou tocoulle Amable. Esta faena foi patrocinada por... IGREXA CATÓLICA
Dito por turonio (22-05-2007 20:51)
E ti que pensas disto?
Venho a ser:
Correio-e: (Nom aparecerá publicado)
URL: (Debe começar por http://)
E digo eu:

(Introduza o código da imagem)
© by Abertal
"Se aínda somos galegos é por obra e gracia do idioma"
(Castelao)


Apoiamos a Candidatura do Patrimonio Inmaterial Galego-Portugués


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.



Warning: Unknown: Your script possibly relies on a session side-effect which existed until PHP 4.2.3. Please be advised that the session extension does not consider global variables as a source of data, unless register_globals is enabled. You can disable this functionality and this warning by setting session.bug_compat_42 or session.bug_compat_warn to off, respectively in Unknown on line 0