Eu nunca serei yo |
|
Um caderno de trabalho de Séchu Sende
A minha obra neste caderno está licenciada baixo creative commons, copiceibe.
O autor solicita comunicar-lhe qualquer uso ou modificaçom da sua obra no email de contacto aqui sinalado. |
|

|
Contacto |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
"Pelos na lingua", de Talia teatro |
|

Logo do suceso histórico de Bicos con lingua, Talía Teatro volve dramatizar com humor e emoçons várias o conflito lingüístico.
Com textos de Avelino González, Diego Rey, Maria Ordoñez, Artur Trillo... e eu mesmo!
Estrea-se o 25 de fevereiro ás 21.00 no Paço da Cultura de Carvalho.
;)
Umha companhia espectacular: Talia Teatro |
|
|
|
Um castinheiro no cuarto! |
|

Antes...

Maos á obra...

- A ver, explica-me... que queres? Umm... Ahá...

- Este si...

Umha pega...

...umha lavandeira.

Tachám! Um castinheiro no cuarto!

...cheínho de animais!

...protegendo a cama.

... um rato e um pardal sobre a almofada!

... e á beirinha, borboletas, umha estrelinha riscada e um esquilo!

...um carriço!

e um leirom careto!

..e um leirom comum!

um papo rúbio!

...e umha cornana!

...a pega nom pode faltar!

... e Estrelinha queria umha mamá moucho e o seu bebé.

...e a ras do chao, debaixo do desenho de Pippi, o senhor Nelsom e o Pequeno Tio...

...dous ouriços cacho e umha flor de nuvens!
|
|
|
|
Hoje sonhei com Tomás Lijó... |
|
 |
|
|
|
Odiseas, publicaçom electrónica! |
|

O primeiro livro que publiquei, no projecto editorial colectivo Letras de Cal, a fins dos anos 90, publica-se agora electronicamente em www.poesiagalega.org
|
|
|
|
A cámara de fotos de Emilio Araúxo |
|
 |
|
|
|
Eu imagino a Lois Pereiro... |
|
 |
|
|
|
Umha banheira num prado |
|


...e mais alguém. |
|
|
|
Escola de Soldom |
|

 |
|
|
|
Celso Fernández Sanmartin |
|

Facía unha calor de moita chispa para ser de noite
por iso abriron a ventá da cociña
destaparon unha lata de mexilós e coméronos todos sen pan
picándoos cun pauciño
nisto que se foi a luz e na mesma salsa de escabeche dos mexilós
reflexouse a lúa
Sen título (1995) |
|
|
|
Os cavalos estám a viver as nossas vidas |
|

Os cavalos estám a viver as nossas vidas, Amastra-N-Gallar, 2011
Vários meses atrás Emilio Araúxo ofereceu-me a posibilidade de criar um texto a partir dumha fotografia dum felo do val de Maceda. E dixo-me: Podes fazer tamém um desenho.
O desenho foi produto dum sonho.
Mas dar com as palavras precisas nom foi doado e o resultado criou-se fóra do meu control. Havia já algum tempo que nom sofria sofrendo ao escreber... Este poema é o resultado dessa procura.
Podedes atopa-lo, em ediçom nom venial, na livraria Couceiro.
Bota-lhe um olho a esta entrevista interessantíssima a Emilio Araúxo. |
|
|
|
65 |
|

65
Despois de passar polo súper por leite, duas latas de sardinhas, um litro de cerveja e os iogures achegou-se á gasolineira por um litro de gasolina.
Manhá facia 65 anos e sorriu pensando que seguramente Lois a sorprenderia com um flam de ovo e umha velinha que apagar dum sopro.
Telefonou, Lois, si, Ola, Amália, Si, Lois, encontrei umha amiga que nom via desde há mais de trinta anos? Amália, chama-se Amália, Como tu! Si, que coincidéncia! Trabalhamos juntas há muitíssimo tempo e nom a vejo desde aquela? E convidou-me a cear? Vou tomar algo com ela e já vou para a casa? A recordar velhos tempos? Ahá. Mui bem, carinho, Um bico, Um beijinho.
Havia anos que nom lhe mentia a Lois. Nem sequera recordava qual fora a última. Talvez aquela que? Nom, nom recordava e isso que já se figera de noite e de noite sempre recordava essas cousas um pouco melhor.
Entrou a tomar um vaso de leite quente numha cafetaria e agradeceu que lhe pugeram duas galhetas para acompanhar. Apanhou o jornal, esse que levava atopando toda a sua vida em quase todos os bares, porque era o que melhor mentia, o que enganava mais disimuladamente. Chegou-lhe com ler os titulares da primeira página para recordar porque tinha aos seus pés o litro de gasolina.
Sacou um livro do peto do chaquetom e puxo-se a ler. Eram as memórias de Nelsom Mandela e puido le-las quase todas até que se deu conta de que apagaram o televisor e queriam fechar o bar. Já passaram tres horas!
Saiu do bar e deu umha volta pola cidade. Logo botou mao da botelha de cerveja e bebeu-na pouco a pouco, sem présa, sentada no parque que há detrás daquel edifício, baixo as magnólias. Ali acabou de ler o livro de Nelsom Mandela, á luz dumha farola.
Era o teléfono. Que tal todo, Amália? Bem, Lois, já vou para a casa, vou de volta. Recordei muitas cousas com Amália? Que curioso que se chame igual que tu? Si, e parecemo-nos muito? Bem, recorda que manhá é sábado e tes que erguer-te ás nove? Um bico, Lois, Um beijinho, Amália.
Encheu a litrona com a gasolina e tirou do pantalóm o seu pano branco com o A bordado numha esquina. Molhou-no no combustíbel. E ficou ali sentada com o cóctel molotov na mao. Era o primeiro cóctel molotov que fazia na sua vida. Era o seu próprio agasalho de sexagésimo quinto aniversário? Se-xa-gé-si-mo-quin-to, repetiu.
Esquecera algumhas cousas nos últimos tempos mas nas últimas semanas recordava a diário algo que sucedera havia já mais de trinta anos.
Aquel dia que, recordava-o perfeitamente, pensou que deveria saír á rua com um cóctel molotov junta aquela gente daquela manifestaçom contra a reforma do sistema de pensions e a idade de jubilaçom...
O que recordava perfeitamente era que ela nom figera nada. Nada mais que ler a notícia no jornal ao dia seguinte.
Ergueu-se, mais de trinta anos despois, ocultou o rostro com a bufanda, -sabia que havia cámaras espreitando as proximidades-, apanhou a litrona, prendeu o lume e, reunindo todas as forças que perdera nos últimos anos, guindou o cóctel molotov contra aquel edifício, com mais de trinta anos de retraso.
Logo afastou-se pasinho a pasinho. Tinha que descansar. Manhá havia que ir trabalhar.
|
|
|
|
Viagem aos Pirenéus aragoneses |
|

Assi começou a viagem, olhando um retrovisor. Eva e mais eu acompanhamos vinte alunos e alunas aos Pirenéus. Saímos com um desejo: Que todo vaia bem, que nom haja problemas nem accidentes. Cruzamos os dedos.

Bandeirofóbia.
16 de janeiro. Hoje saímos de excursiom escolar, viagem aos Pirenéus aragoneses, Astum. Quando subo ao autocar dou com duas bandeirolinhas no frontal interior do bus. Rojigualda. Isto na vez dum bus escolar semelha um veículo oficial, penso. O chófer comenta que em Valcarce sobe outro condutor que nos há levar ao destino. Espero.
Saímos de Vila de Cruzes ás 7.00 e em Lugo, pouco despois, colhemos alunado e profes do IES Nossa Senhora dos Olhos Grandes, que tamem vam esquiar. Chegamos a Veiga de Valcarce aginha.
Saudamos o chófer novo que é novo e chama-se J.M. Tem umha gorra com a bandeirinha e duas pulseiras com a bandeirinha. Vaia, penso. Despois do café, subimos ao autocarro e antes de prender o motor digo-lhe, com um sorriso:
- Desculpa, poderias fazer-me um favor? É que o meu psicólogo recomendou-me nom estar em lugares fechados com a bandeira....
El, sério, frunce o cenho e di:
- Pues entonces te vas a otro autobús.
A ideia era fazer umha brincadeira a ver se a colhia de bom humor... Mas está claro que nom.
Eu tamém deixo de sorrir e cámbio a expresiom dos olhos e encolho os ombros... E el di:
- En sério?
- Ahá, digo eu, nom podo estar em lugares fechados com a bandeira... Se isto fosse um bar poderia saír... Dixo-mo o psicólogo...Intento evita-las... Ansiedade... Levo aguantando desde que saímos...
Daquela el ergue-se e retira as bandeirolinhas.
Prende o bus, primeira marcha, segunda... seguimos a viagem.
Mas o ambiente, o clímax, ficou tenso e temos muitas horas de viagem por diante.
Abro o meu block, apanho um rotulador e fago um desenho do condutor guiando o bus, épico, com o parabrisas do autocarro e a estrada, cara adiante.
- Toma, digo-lhe. A ver se che gusta...
J.M. colhe o desenho com a mao direita e di:
-Impresionante! Vaia, que passada, pois gracinhas, ho...
- De nada, digo, e seguimos a viagem.
Fago outro desenho para mim, para ter um recordo da aventura. Bandeirofóbia.

Um depósito de siléncio no méio do caminho.

Em Nafarroa, a cabeça dum camiom.

O meu quadrinho favorito da BD de Jiro Taniguchi Tierra de sueños, que levei de viagem.

Desde a janela do hotel, olhando cara á direita, na estaçom de sky de Astum.

Esta é a vista cara á esquerda desde a janela do hotel.

Tres ósos de olivas.

Alejandro.

Eu, segundo Eva.

A clínica, o primeiro dia que a visitamos, com o susto de Uxia...

... que levou um golpe esquiando. O médico e mais eu puidemos falar galego, el era brasileiro.

Sorte que foi pouca cousa.

Gloria Sen Gracia. Um nome para umha esquela. Diario del Alto Aragón. 18 de janeiro de 2011.

Julio.

Gosto das sensaçons. Mas arrisco muito... E nom tenho medo a caer.

Esta é a minha mao esquerda.

Escordei um dedo. Puido ser pior.

A vida segue.

Era de madeira, com os flecos vermelhos.
Pendurado num bar.

Alejandro fixo-me este agasalho. Gracinhas, meu!

No bar.

Merquei cino livros em aragonés. Este é um livro no que medra a curiosidade, olhai este poema:
CANCION D´O PATRIOTA
Feré una bandera
de tela de saco,
de coda de gato,
de caixal de can,
de pata de zapo.
Feré un escudo
de barilla burro,
de pata de craba,
de lulos de faba,
de puntilla bragas.
Feré un himno
de beliu de güella,
d´esgañutiu de perra,
de pedo de perro,
de rutiu de viejo.
Feré una patria
de güeña vaca,
de cagaleta segallo,
de cresta de gallo,
de bardo con palla.
Ya tiengo nación,
ahora cal
que tienga estado:
mañana emprecipio
a reivindicar-lo.
Antonio Pérez
en París se preguntaba:
"¿quién puede decir que murió en su patria?
Sólo el que nació muerto,
que murió en su patria
tiene por cierto".

Este livro tedes que le-lo, se podedes. Estou seguro de que se parece a vós. Eu tivem a impresiom de que se parece a mim, de que eu me pareço a el.
Tiempo de fabas, Chusé Inazio Nabarro. Tem um artigo mui interessante: As rebindicazions lingüísticas en a poesía en aragonés, que se pode baixar aqui
...
P. D. : A viagem foi tranquila e emocionante. @s rapac@s, um dez. mas esta foi a última viagem á neve que organiza Eva, profe de educaçom física. Cada dia é mais difícil atopar com professorado que se implique em actividades extra-escolares. Deveriamos valorar mais o que aprendemos fora das aulas! E valorar o professorado que facilita este tipo de experiéncias educativas, ar fresco na vida da gente nova.
Eva, gracinhas por todo.
|
|
|
|
Leandro e as cores da Galiza |
|
 As cores da Galiza
Recolhes na mao
umha estrelinha
ao podar a maceira
com umhas tesoirinhas.
Nascem livros nos prados
para ler com tranquilidade
á sombra dumha árbore
a palabra liberdade.
E há um lobo e um merlo
e umha nena violeta
e palavras plantadas
como flores nas macetas.
E com os olhos fechados
no pilom de lavar a roupa
está essa mulher
que sempre dá muitos abraços.
Há um corvo que canta
umha cancióm de aqui
e ves música de cores
e alguém pensa em ti
E vas de bicicleta
de noite e de dia
atrás de estrelas verdes,
vermelhas e lilas.
Há tamém muitos beijos,
muá, muá, muá
e um paporruivo
que nom sabe cantar.
Dentes de leóm, acordeóns
e banheiras na leira
e gente a fazer o amor
do Caurel a Novoneyra.
Olha que se te quixem
foi polos grelos.
Agora que nom os plantas
já nom che quero,
di Frida Kahlo
com um sacho na mao.
Há sempre gente
alegre e muitas flores
e os paráguas nom som negros
porque a chuvia os tingue
de todas as cores.
Estám a cambiar a vida
muitas mulheres sonhando
na Galiza e no mundo
de cores de Leandro. |
|
|
|
Made in Galiza: melhor livro publicado em kurdo no 2010! |
|

Segundo a web kurda Diyarname.
E aqui, um artigo, em inglés, no que fala Irfan Guller, tradutor do livro junto a Pepa Baamonde, na revista Literature across frontieres
Alegria! |
|
|
|
Jack London |
|

Jack, essa camisa tam branca e a cicatriz
na fazula som umha contradiçom.
O mapa parece umha folha podre
de tabaco, o mapa da vida.
A gente com as machadas nas maos,
o lume branco, a fatiga, a luz glaciar
e as sombras pesam nos olhos.
Falta-me um olho, perdim-no em sonhos.
Mas hei recupera-lo.
Na Lucenza, em primavera
aparecerá o meu cadáver azul
com umha colher na gorja.
Eu tamem colecciono pedras,
Jack Londom, redondas pola erosiom da noite.
Tamém sonhei que a meu filho
se lhe espetava num olho
umha espinha de tojo.
Se o escrebo talvez nom suceda.
...
Um texto de 2004 |
|
|
|
Maternidade |
|

|
|
|
|
Manifesto de Galiza non se Vende a prol dumha folga geral |
|

Desde a rede de colectivos ?Galiza Non Se Vende? queremos sumar a nosa voz ao que xa vai sendo un clamor popular a prol dunha folga xeral urxente, que debe ser continuada con todo tipo de mobilizacións (paros, boicots, activismo?) até que se faga realidade un cambio de rumbo nas políticas sociais e económicas.
Mentres que desde o goberno central e a Xunta se subvencionan, como sempre e sen contar co pobo, ós bancos, ás grandes empresas e ás institucións como a eclesiástica e a militar, están a recortar todos os gastos sociais, en sanidade, educación e promovendo a exclusión social fomentando así graves dificultades as persoas con menos recursos. Recortes e privatizacións. Se tantas perdas provocan estes sectores, só entendemos un xeito de que ao seren privatizados dean beneficios, deixar de atender ás nosas necesidades.
Non contentos con isto, a Xunta está a desenvolver unha lexislación baseada na desprotección do noso territorio, que agrava a actual permisividade para consentir todo tipo de actuacións, urbanísticas, industriais comerciais ou infraestruturais en case calquera lugar da nosa terra.
Subordínase a preservación da natureza a cal pertencemos e que nos permite, cun uso racional e sustentable dos seus recursos, gozar dunha maior equidade social, ás necesidades do que nunca terá acougo mentres quede algo co que especular. O capitalismo globalizado, un sistema irracional, insustentable e depredador considera o territorio e a natureza unicamente como un medio de espolio, moi barato e inesgotable, polo que é unha fonte máis do seu lucro económico.
Se perdemos a autoxestión da nosa terra, con ela perdemos a propia identidade vital e cultural de Galiza como País e teremos dado un paso máis cara a perda dos nosos dereitos máis fundamentais como cidadás e cidadáns e como pobo, camiñando cara a escravitude.
Son normativas pensadas, ideadas e preparadas para entregar o que é patrimonio de todas e todos ás mans do capital, con todas as súas facianas.
O Plano de Ordenación do Litoral está redactado a medida das industrias da construción e do turismo. A conservación, recuperación e protección do espazo litoral queda nun segundo plano ante os intereses económicos e especulativos.
A modificación da Lei do Solo abre as portas á legalización de todo tipo de desfeitas e desprotexe o solo rústico para poder construír nel polígonos industriais, piscifactorias, infraestruturas e urbanizacións.
A nova Lei de Montes pretende acabar de facto coa secular propiedade comunal, privatizando a xestión dos montes comunais e priorizando os monocultivos de especies aloctonas e invasivas que sementan o monte de incendios e agora co novo Plano Eólico pretende tamén enchelos de tarabelas, incluso nas zonas protexidas, sen beneficio algún para o seu entorno directo e esquivando a avaliación ambiental.
Un Plano de Piscicultura que agasalla con 3,5 millóns de m2 de litoral ás empresas de engorde de peixe, e pretende construír piscifactorias en zonas protexidas e nas mellor conservadas da nosa costa.
O Plano de Infraestruturas Náuticas pretende ampliar os portos deportivos existentes con 16.000 novos amarres e construír novas infraestruturas, mediante recheos e privatizando tramos de costa, por todas as nosas rías.
O Plano Director de Estradas e o chamado Plan MOVE, que non foron legalmente aprobados, son completamente irracionais, baseados no trasporte privado. Saturan o territorio de estradas de alta capacidade, ignorando completamente o transporte público intermodal.
Coa aplicación da Lei da Minaría pretende eludirse a avaliación ambiental das explotacións mineiras, un dos máis importantes factores da degradación do territorio galego e implantalas incluso en chan rústico de especial protección.
As Directrices de Ordenación do Territorio, propoñen un modelo territorial que implica a expansión urbana sobre o rural e a súa desnaturalización. E agravan o xa enorme desequilibrio entre o interior e a costa.
O Plano Hidrolóxico Galiza-Costa, desprotexe os nosos ríos para facilitar a instalación a esgalla de minicentrais eléctricas. Prevé aprobar 33 novos encoros nos vindeiros 5 anos ignorando o veto á súa construción que saíra da iniciativa lexislativa popular ?en defensa dos ríos? aprobada polo parlamento galego no 2005.
O Plano de xestión de residuos está baseado na contaminante incineración, emisora das perigosísimas dioxinas e na creación de monstruosos vertedoiros.
Os Planos portuarios están baseados en gañar terreos ao mar mediante recheos pagados con fondos públicos, para instalación de chan industrial privado en primeira liña de costa e atacando fortemente o ecosistema e a paisaxe das rías.
Os Planos xerais das vilas e cidades pretenden duplicar e incluso triplicar o número de vivendas que non son entendidas como unha necesidade social básica senón como un negocio especulativo. Mentres, recórtanse as axudas para vivenda protexida, aluguer ou rehabilitacións.
O decreto do galego menospreza a nosa lingua e toda a nosa cultura pretendendo acabar con ela.
A aplicación imposta destes documentos suporía a degradación ambiental, biolóxica, xeolóxica, hidrolóxica e paisaxística da nosa terra; a súa degradación etnográfica, patrimonial, e arqueolóxica; a degradación física e social das parroquias; a destrución dos modos de vida vencellados ao territorio, que hoxe son desprezados e que mañá, segundo todos os indicios, serán desesperadamente necesarios. O modelo territorial deste mal goberno suporía á destrución da cultura e dos sinais de identidade da nosa terra, pois provocaría a destrución do seu soporte material, da súa pegada histórica e da posibilidade da súa actualización e continuidade como sempre fixo.
Este modelo é inviábel. Precisamos outro modelo que poña no centro ó medio ambiente, a cultura e as persoas.
POLA DEFENSA DO TERRITORIO
POLA SOBERANÍA ENERXÉTICA E ALIMENTARIA
POR UN CAMBIO DE RUMO NAS POLÍTICAS ECONÓMICAS E SOCIAIS
CONTRA A PRIVATIZACIÓN DOS SERVIZOS SOCIAIS
CONTRA A PERDA DOS DEREITOS SOCIAIS
POLA POSTA EN VALOR DA NOSA CULTURA E SABERES
MOBILIZACIÓN ACTIVA INDEFINIDA XA |
|
|
|
Que a língua vos acompanhe! |
|

A forza do noso amor non pode ser inutle!
Mestre Uxío Novoneyra.
|
|
|
|
Um poema e umha planta para o Presidente |
|

Neste dia de dezembro, ás 12 menos um quarto, acheguei-me ao edifício da Xunta em Sam Caetano com umha planta e um poema para o Presidente. E entreguei-nos em Presidéncia. Este é o poema:
Senhor Presidente:
Pola presente aqui
lhe envio umha planta e mais um poema.
O poema é breve,
a planta, originária do Brasil.
Dieffenbachia é o seu nome,
aínda que a gente lhe chama
Comigo-Ninguém-Pode.
Vem do Amaçonas
e chegou a Europa como planta decorativa
de interior,
pola sua toleráncia ás sombras
e a sua cor sempre viva.
Senhor Presidente,
debe saber, porém,
que a planta é tóxica,
que as células do caule e das folhas
contenhem oxalato de cálcio
em cristais aciculares
que se afectam a gorja
podem provocar mudez,
nos casos graves.
Por isso se chama em inglés
Dumbcain
ou Cana do mudo.
Tem muito poder.
E isto nom o estou a inventar,
nom é lenda nem mitologia,
merquei-na por tres euros,
numha floristaria.
Debe saber tamém
que nos Estados Unidos
foi utilizada para punir os escravos:
enchiam-lhes a boca de folhas.
Muitos homes e mulheres ficarom
para sempre calados.
Esta planta deixou sem palavras
milheiros de persoas
que perderom para sempre a fala.
Por isso quixem eu
enviar-lhe esta planta,
Senhor Presidente,
recordou-me a sua forma de ser.
E agora vai a despedida,
mas devo dicer-lhe antes
que creo na justiça poética,
que a água nunca debe estar fria
e o rego há de ser abundante.
Um saúdo desde
a raíz dum toxo verde.
Séchu Sende
...

Mais sobre a Dieffenbachia, aqui. |
|
|
|
Budismo e Rosalia de Castro |
|

Poemas de Rosalía de Castro
e semelhanzas com os
3 Aspectos Principais do Budismo:
Um fragmento:
Actitude altruísta:
Rosalia tem versos sobre o altruismo total, ou mente da bodhichita, segundo o budismo, de querer beneficiar a todos os seres sem excepçom. Esta actitude é chave para evolucionar até o final do caminho.
O caminho fai-se com tod@s e debe levar a tod@s. Segundo Rosalía, na Parte 1ª de Cantares Gallegos, nos versos 137 em diante:
Dios santo premita que aquestes cantares de alivio vos sirvan nos vosos pesares; de amabre consolo, de suave contento cal fartan de dichas compridos deseios. De noite, de día, na aurora, na sera, oírseme cantando por montes e veigas. Quen queira me chame quen queira me obriga; cantar, cantareille de noite e de día. Por darlle contento, por darlle consolo, trocando en sonrisas queixiñas e choros...
O resto do artigo, do monge budista Martin, Thupten Chophel, aqui |
|
|
|
|
|
|
|
|