Todo o referente o Navegante João da Nova |
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O navegante João da Nova (orixinalmente Joan de Nóvoa) nacido en Maceda-Ourense mostrase como un galego universal, o máis relevante do seculo XVI. |
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O meu perfil |
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PRIMEIRA BATALHA NAVAL DA IDADE MODERNA |
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Cananor - 31 de Dezembro de 1501 a 2 de Janeiro de 1502
A terceira armada da Índia que largou de Lisboa em princípios de Março de 1501, sob o comando de João da Nova, compunha-se apenas de quatro naus guarnecidas com cerca de trezentos e cinquenta homens dos quais somente oitenta eram soldados, já que D. Manuel estava convencido de que a armada que havia enviado no ano anterior, sob o comando de Pedro Álvares Cabral, teria conseguido fazer a paz com o Samorim de Calicut.
Encontrava-se João da Nova em Cananor ultimando os preparativos para a viagem de regresso quando, a 30 de Dezembro, ao entardecer, apareceu à vista uma armada que o Samorim de Calicut organizara com o propósito de dar combate à sua, composta por cerca de quarenta naus e cento e oitenta paraus e zambucos (embarcações de remo e vela semelhantes às fustas) em que iam embarcados para cima de sete mil homens.
Na manhã do dia seguinte puderam os portugueses constatar que estavam rodeados pelos navios malabares e que estes se preparavam para os abordar. Aproveitando o terral (brisa da terra) João da Nova fez-se ao mar com as suas quatro naus disparando furiosamente a artilharia por ambos os bordos. Rota a cintura de navios que os envolvia, os portugueses formaram em coluna e continuaram a navegar para o largo perseguidos pela matilha de paraus e naus malabares que faziam todos os esforços para os aferrar. Mas, a navegar no alto mar, as naus, dispondo de maior bordo livre (maior altura), tinham clara vantagem sobre os paraus e os zambucos. No duelo de artilharia a vantagem estava também do lado dos portugueses uma vez que dispunham de navios mais robustos e de canhões mais potentes.
Durou a batalha dois dias e duas noite sofrendo os navios malabares muitos estragos e baixas sem terem conseguido nunca abordar qualquer das naus portuguesas. Ao amanhecer do dia 2 de Janeiro tendo os malabares perdido já três naus e nove navios de remo, afundados pela nossa artilharia, e tendo muitos outros gravemente avariados, puseram termo à luta batendo em retirada para sul. Perseguidos pela armada portuguesa durante algum tempo perderam ainda mais duas naus e três navios de remo. Soube-se mais tarde que tiveram para cima de quatrocentos mortos e muitos mais feridos. Da parte dos portugueses houve apenas uma dezena de feridos ligeiros.
A batalha naval de Cananor de 1501/1502 é um marco importante na História Naval por várias razões. Pela primeira vez foi utilizada em combate de uma forma sistemática e consciente a formatura em coluna que havia de durar até à 2ª Guerra Mundial; foi a primeira vez que uma batalha naval se resolveu apenas com o uso da artilharia, o que marca a transição do navio guarnecido com soldados para o navio armado com canhões; através dela ficou inequivocamente demonstrada a superioridade da tecnologia naval europeia sobre a tecnologia naval dos povos do Oriente, o que marca o início do domínio do Mundo, durante quase cinco séculos, pelos Europeus. Por tudo isso nos parece que a batalha naval de Cananor de 1501/1502 poderá ser considerada a primeira batalha naval da Idade Moderna. |
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