Todo o referente o Navegante João da Nova |
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O navegante João da Nova (orixinalmente Joan de Nóvoa) nacido en Maceda-Ourense mostrase como un galego universal, o máis relevante do seculo XVI. |
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O meu perfil |
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A Flor da Mar |
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 Para Diu navegou a poderosa armada de D. Francisco de Almeida. Vendo que o inimigo estava muito perto do porto; as naus não lhe chegariam à distância de tiro. João da Nova manda arriar o batel e equipá-lo com uma peça grossa, colocando-o no través das galés do Mirocem para batê-las com o seu fogo e cortar-lhes as amarras.
Logo que anoiteceu, o mestre da ?Flor de La Mar? foi deitar uma ?toa? na boca do rio, e quando veio a maré alou-se a ela, amarrando-a com as âncoras pela popa e pela proa de forma que a nau com a maré não virasse; as fustas, as caravelas e o batel de João da Nova foram ocupar as suas posições e tudo se fez sem serem sentidos porque os mouros passaram a noite com tangeres e gritos. No dia seguinte, 3 de Fevereiro de 1509, a batalha começou com uma primeira salva de 18 tiros da ?Flor de La Mar?, cujos pelouros acertaram na nau de Malik Ayaz, a capitania dos mouros.
Entretanto, a ?Santo Espírito? de Nuno Vaz, acompanhada pela ?Belém?, ?Taforea Grande? e ?Rio Grande?, entrou a abalroar a capitania dos rumes, mas antes um tiro da ?Santo Espírito? atravessou a nau moura de lado a lado, deixando os adeptos de Maomé a nado. A luta prosseguiu com fúria, estrondos e fumo; João da Nova, ainda no batel acompanhado pelas caravelas, meteu-se ao longo da terra e com a artilharia desfazia as popas das naus mouras.
A ?Flor de La Mar? disparou mais de 600 tiros grossos. O alemão Michel Arnau era um dos mestres bombardeiros da nau e não queria ouvir falar em abalroar navios inimigos; no seu entender tudo se resolvia a tiro de bombarda.
As forças portuguesas tinham alguns estrangeiros ao seu serviço, mas no lado oposto a miscelânea de nacionalidades era muito maior ainda; mouros, indianos, etíopes, afegãos, persas, turcos e romanos do Egipto, além de venezianos e renegados europeus. Os navios portugueses eram poucos, mas muito sólidos, bem construídos e artilhados. A ?Flor de La Mar? vomitava ondas de fogo das amuradas e dos castelos da proa e popa, onde disparava a artilharia menor como águias, sacres e falcões de câmara, camelos e esperas. Mas, o poder português baseava-se nas grossas bombardas das amuradas que o mouro não possuía e não sabia fabricar nem poderia trazer do Egipto ou da Turquia.
A armada lusa retirou-se vitoriosa para Cochim, deixando muitos navios mouros afundados e avariados com muitas vítimas, mas também os lusos não saíram incólumes.
Em Cochim, a ?Circe?, novamente a meter água, e a ?Flor de La Mar? e a ?Belém?, avariadas em Diu, foram devidamente carenadas e reparadas.
Entretanto, com a chegada da armada do Marechal D. Fernando Coutinho de 18 navios, mandada em 1509 por D. Manuel I, o Vice-Rei entrega, enfim, o governo da Índia a Albuquerque.
O heróico João da Nova, há quatro anos capitão da ?Flor de La Mar?, morre em terra tão pobre e desamparado que Albuquerque lhe pagou o enterro. Apesar das suas muitas vitórias, não se apropriou de quaisquer bens de valor do inimigo pois entregou tudo à Coroa através do Vice-Rei. O próprio D. Francisco de Almeida também não voltou a ver Lisboa; faleceu ainda nas águas do Índico na viagem de regresso.
Texto de Dieter Dellinger Publicado na REVISTA DE MARINHA em Abril de 1989 |
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