Ante o juízo 33/01, contra o movimento pró amnistia, queremos exprimir o seguinte:
Denunciar a dispersom nom é delito. É a situaçom de excepçom criada a raíz da dispersom e as extremas medidas que durante décadas se venhem tomando contra o colectivo de presos e presas políticas os que conformam o delito.
Denunciar a tortura nom é delito. A própria tortura e a maquinaria que a protege som o delito: os tribunais de excepçom, a lei de incomunicaçom, e em definitiva o espaço de impunidade que possibilita a tortura som os que conformam o delito.
Denunciar a repressom e proteger as pessoas que a sofrem nom é delito. A violência e a violaçom de direitos dos estados som o delito.
A solidariedade nom é delito. A criminalizaçom e os ataques contra o movimento que protege os presos e presas e a milhares de pessoas que sofrna repressom em Euskal Herria som o delito.
Ajudar e proteger as pessoas presas, exiliadas e os seus familiares nom é delito. A persecuçom e violaçom de direitos que se realizan com a fim de acabar com estes colectivos som o delito.
O que enjuizárom e pretender julgar é a denúncia da violência e a repressom do Estado, assi como a solidariedade face os e as presas e exiliadas. Querem sacar do meio à testemunha que assinala o carácter nom democrático dos Estados espanhol e francês, espindo-os ante a sociedade basca e o mundo. O movimento pró amnistia ofereceu e segue a oferecer a este povo, um espaço para a denúncia da repressom e a solidariedade. Um espaço do que também nós, junto a milhares de pessoas e agentes sociais somos partícipes.
Nesta ocasiom em que na Audiência Nacional de Madrid se pretende julgar ao movimento pró amnistia, nós também nos sentimos julgadas, já que temos participado em infinidade de iniciativas de solidariedade e denúncia da repressom, e no futuro, queremos continuar participando nele.
Portanto,
- Ratificamo-nos no compromisso que temos no espaço que o movimento pró amnistia nos oferece para a denúncia da repressom e a solidariedade com os e as retaliadas.
- Oferecemos toda a nossa solidariedade e apoio ao movimento pró amnistia e às 27 pessoas que estám a ser julgadas, para que sigam realizando o seu labor, que cremos necessário em Euskal Herria.
- Reivindicamos a amnistia. Entendemos que é necessária a desapariçom dos tribunais, leis e medidas de excepçom, como este juízo, com os que os Estados, vulneram direitos básicos em Euskal Herria. Reivindicamos o reconhecimento dos e as presas políticas, e todos os seus direitos. Reivindicamos a amnistia para Euskal Herria. Entendemos que a liberdade dos e das presas e o regresso dos e das exiliadas a Euskal Herria, é necessário, no caminho face um futuro no que Euskal Herria decida o seu futuro em liberdade.
Euskal Herriko Giza Eskubideen Behatokia
Observatório Basco de Direitos Humanos
Kale Nagusia, 50-1
Hernani 20120 (Gipuzkoa)
Euskal Herria
Com motivo do Día das Letras, o colectivo galego de Euskal Herria Chove Ou! imos organiçar umha queimada e um concerto do grupo corunhés TRAPALLADA . Tamén participaremos dos actos que anualmente celebra o FATO CULTURAL DANIEL CASTELAO em Pasaia.
DIA: 17 de Maio HORA: 21:00 h LUGAR: GOIKO-ESKOLA (Arragua-Oiartzun)
Pra chegardes podedes colher o EuskoTren e baijar no apeadoiro de Oiartzun, ja que está no mesmo bairro (pegado a Orereta-Rentería)
O galego enfrenta hoje umhas dificuldades que tornam óbvio que a sua generalizaçom como língua social única, e mesmo a sua estabilizaçom nos actuais índices uso, nom vai chegar de maos dadas às pobres políticas de promoçom que as instituiçons galegas teimam em aplicar:
*Já nom som precisos mais estudos estatísticos para verificar que o número de falantes globais continua a descer, só para comprovarmos como a velocidade do declínio era muito maior da imaginada. Mais grave que a ?quantidade? de falantes que se perdêrom é a sua ?qualidade?: é evidente que perder presença entre gente nova e nas cidades multiplica o problema de forma mui preocupante. Nos centros urbanos e económicos do País existem já amplas camadas da populaçom completamente alheias ao problema lingüístico, instaladas em espanhol e sem qualquer vínculo afectivo ao galego.
*Entre a ainda maioritária populaçom galegófona, a importáncia identitária do galego perdeu força, como também a atitude quanto à defesa dos direitos lingüísticos. O monolingüismo em espanhol fortaleceu-se e, se nom houver mudanças, continuará a fortalecer-se, enquanto o monolingüismo em galego recuou a ámbitos políticos mui conscientes que nem sequer podemos identificar já com o conjunto da base social nacionalista.
*A populaçom galegófona, já bilíngüe no seu conjunto, vê-se obrigada a converter-se em praticamente monolíngüe em espanhol em termos de recepçom escrita e audiovisual, o que, somado à castelhanizaçom sofrida no ensino, tem provocado umha crescente insegurança das pessoas galego-falantes no seu próprio código. Numha grande parte dos ámbitos comunicativos actuais, as pessoas usam um léxico e umha sintaxe castelhanizada que se consideram incapazes de corrigir. Ainda por cima, vem-se obrigadas, quando nom a renunciar ao uso da língua, a relaxar a sua correcçom. Todo isto vai contribuindo para a progressiva desvalorizaçom do galego como língua de uso geral, válida apenas para o ámbito doméstico de quatro províncias pertencentes a um Estado que já tem umha língua ?a sério?.
*No ámbito das comunicaçons da actualidade, que valoriza cada vez mais a relaçom com o exterior, o galego continua a ter umhas margens que o limitam seriamente. As instituiçons galegas e as madrilenas nom vem nisto qualquer problema, ao mesmo tempo que impossibilitam a comunicaçom fluente com os países de língua portuguesa. Para a Galiza se comunicar com o mundo e, sobretodo, para o mundo se comunicar com a Galiza, basta o espanhol. A utilidade do galego é qüestionada assim pola via dos factos.
Só a atitude do avestruz pode levar-nos a concluir que a política lingüística aplicada até a actualidade nos vai levar a bom porto. CHOVE OU?! tem o convencimento de que só através de avanços políticos substanciais poderá contornar-se o grave problema que sofre a língua. Nom é preciso ser independentista para entender que as línguas que nom disponham de um ou vários Estados que as podam suster tenhem um futuro realmente incerto, cada vez mais a curto prazo. Por mais meritórias que elas sejam, as campanhas de sensibilizaçom ou os chamamentos a ?conservar? a língua por fazer parte do nosso património de pouco servirám se as instituiçons galegas nom conseguem assegurar que o ensino e a comunicaçom social se veiculem em galego. A causa autodeterminista tem que ser o guia da luita polo fortalecimento da nossa identidade, neste caso lingüística. O movimento normalizador nom deve renunciar a ganhar todos os espaços possíveis para o galego nas actuais circunstáncias, porém, nom deve deixar de visualizar a única saída política que a médio prazo assegurará a continuidade do galego como língua viva: a soberania e a ruptura das fronteiras que nos confinam dentro do Estado, priorizando a relaçom internacional com o ámbito que nos é próprio.