de Guizán


Caderno Dixital de Antón Tenreiro
Caderno digital de Antón de Guizán .

O meu perfil
antontenreiro@gmail.com
 CATEGORÍAS
 BUSCADOR
 BUSCAR BLOGS GALEGOS
 ARQUIVO
 ANTERIORES
 DESTACADOS

CARVALHO CALERO E DÍAZ CASTRO, ADMIRAÇÃO MÚTUA
Nimbos, chegou a ter um prefácio de Carvalho Calero, quen definira o poemário como restaurador da "poesia total".



Nimbos

A primeira edição de Nimbos foi publicada en 1961 por Galaxia. A segunda, dúas décadas depois, publicada pola Editora Nacional em edição bilingüe, contou con um longo prólogo de Ricardo Carvalho Calero. A terceira edição , novamente com Galaxia, viu a luz em 1989, novamente só en galego, mais sen o prefácio de Carvalho Calero. Foi precisamente esta edição a que utilizou como base um conhecido jornal galego para uma coleção de literatura galega que distribuíu em 2002.

Segundo Armando Requeixo, outro dos grandes admiradores e estudosos de ambos autores, «a teoria poética diaz-castriana encerrada em Nimbos descúbrenos um poeta convencido do esencial papel jogado pola lírica no devir humano, pois a palavra dá vida e sentido à existéncia».

Ten-me contado Alfonso Blanco, que Carvalho foi o máis grande conhecedor e admirador da obra de Díaz Castro, co que mantivo contacto mesmo antes de conhecerse persoalmente (o prólogo de Carvalho para NIMBOS é de 1981) no ano 86 do pasado século, nun piso que tiña Carvalho Calero em Lugo. Conta Alfonso que cando don Ricardo abreu a porta e despois de botar un anaco observando-se entre eles, Carvalho falou: "por fin conheço ao home".

Depois desse encontro, Díaz Castro tem visitado ao professor em variadas ocasiões no despacho que tinha na antiga facultade de filología em Mazarelos (hoje de história) e tenhem dado longos paseios pola zona velha de Compostela.

Díaz Castro admirava a obra e o conhecemento de Carvalho Calero ao que lía e consultava e don Ricardo sempre tivo NIMBOS na mesinha ao pé da súa cama, o que da uma ideia desse fundo respeito mútuo entre os dois eruditos das nossas letras.

Lembra Alfonso Blanco os problemas que deu o prólogo de Carvalho Calero para a edição de 1989, primeiro traducido por Galaxia ao galego oficial e co lógico enfado de Alfonso e que foi finalmente descartadoo coa escusa da perda de subvenção da Xunta de Galicia. Esse prólogo não voltou a ser editado em ningumha das múltiples edições posteriores.

O prólogo está editado por AGAL nun velho livro que recolhe trabalhos de Carvalho Calero entre os anos 80 e 85 do século pasado e do que aínda quedan ejemplares físicos nos fondos da associação reintegracionista e será difundido pola NPG Nova Poesia Guitirica e Os Vilares lareira de soños nas súas redes sociais nos próximos días.

Hoje, Díaz Castro estaría feliz ao ver o reconhecemento ao seu amigo coa dedicatória das Letras Galegas 2020, como o estaría também coas dedicadas em 2015 ao seu outro grande amigo Manuel María. No caso de don Ricardo, especialmente, ao ser conhecedor de primeira man do boicot institucional padecido tantos anos ( o prólogo de Nimbos foi outra demonstração desse boicot) ao que considerava o máis grande conhecedor da nossa língua e da nossa literatura.

Díaz Castro não foi reintegracionista, máis sí um conhecedor de numerosas línguas, entre elas o portugués, e mantiña um grande respeito polas teorías de Carvalho, até o punto de defender a publicação do preámbulo de Nimbos en reintegrado.

É pois, uma honra para Guitiriz e a Terra Chá essa conexão entre os dois poetas (Carvalho Calero foi também um grande poeta) e poder contar aínda coa memoria viva de Alfonso Blanco Torrado ou o vilarego de Ferrol, Man Castro como testemunhas de tantas coisas que de seguro disfrutaremos escoitando em 2020.



Categoría: Xeral - Publicado o 27-07-2019 15:50
# Ligazón permanente a este artigo
A #npgGaZeta patrocina unha carrilana de Esteiro
Quen dixo que as carreiras de carrilanas están reñidas coa poesía? Aquí tedes a demostración de que a poesía colle en calquera tempo, lugar e actividade:

A Escuderia OS AMIJOS, participante oficial na XXXII BAIXADA DE CARRILANAS DE ESTEIRO, asina un acordo de patrocinio coa NPGGAZETA.GAL (Revista de Agrupacións Poéticas de Base).

A Escudería OS AMIJOS asume o compromiso de promocionar na BAIXADA DE CARRILANAS a poesía e lingua galegas.

A organización das carrilanas, articulada arredor da Asociación Deportiva e Cultural Esteirana de Carrilanas, só permite a propulsión das carrilanas mediante enerxías renovábeis.

Así a NPGGAZETA.GAL asume o compromiso de garantir o suministro de enerxía poética para a consecución dos obxectivos da Escuderia OS AMIJOS, que non son outros que conquistar a chegada a meta en perfecto estado tanto da carrilana como de piloto e copiloto e continuar ao remate da carreira, en plenitude, a festa dos días previos.

A escuderia OS AMIJOS e a NPGGAZETA.GAL manifestan conxuntamente a satisfacción polo acordo acadado, actuando como facilitadora a Asociación Cultural Os Vilares, Lareira de soños.

Medre a poesía¡¡

Viva a XXXII ¡¡

En Os Vilares e Esteiro, mércores 17 de Xullo de 2019.
Categoría: Xeral - Publicado o 18-07-2019 20:07
# Ligazón permanente a este artigo
BINORMATIVISMO: O FUTURO É AGORA!
Sou galego de nascença e de consciência, não tenho feito nenhum curso de galego agás um da Associação Cultural Alexandre Bóveda da Corunha quando era um moço e que impartira a grande Pilar García Negro. Desde aquela, muito se tem discutido sobre o galego. Na minha posição de cidadão galegofalante e desde a perspectiva de quase 12 lustros de existência, a crua realidade é que o galego tem retrocedido em falantes e que há um evidente problema de transmissão geracional do idioma por múltiplas causas que de seguro se têm investigado por profissionais bastante mais qualificados.

Ao meu ver, há um factor clave que deve ser o centro dum debate no que a língua, ademais da nossa principal senha de identidade, terá que ser também a principal ferramenta de desenvolvimento do nosso país num mundo cada dia mais globalizado. Se a sociedade percebe que o idioma é útil, este recuperará uso e funcionalidade, mas se este está só para uso interior, irá perdendo usuários e valor relegando-o a uma função sentimental, folclórica e mesmo relegado a uma situação pseudomuseística. O problema é quando as instituições políticas, culturais e linguísticas ignoram e escondem debates nos que nos jogamos o futuro da língua, a economia e as possiblidades de progresso.

Que medo há a abordar campos de possibilidades que atingem mais de 200 milhões de falantes quando o galego vive encerrado num âmbito de 2.700.000 cidadãos, perdendo povoação e com os mais velhos, também, galegos monolíngues? Qual é o problema para adoptar e conviver com uma segunda grafia (também oficial) que abra portas directamente a cinco continentes com o quinto idioma mais falado do mundo? Quem diz medo a facilitar mercados em países tão afastados como o Brasil, Macau, Angola, Moçambique?e mesmo com um idioma oficial da UE? E quem pode obviar o importante mercado cultural, turístico e a história comum através do idioma com tantos cidadãos no mundo? Só os interesses políticos de curto percurso e as mentes cativas podem defender o reducionismo e o caminho do suicidio idiomático, as mensagens confusas dirigidas a meter medo a medrar e sentirmo-nos mais orgulhos@s de ser galeg@s e cidadãos do mundo, a medrar em riqueza e cultura.

A nossa relação com o lusismo deve deixar de ser testemunhal, para actos entre vizinhos e passarmos a converter-nos em irmãos em convivência, deixar de lado complexos e estereótipos e crer nas possibilidades que se nos abrem para os nossos filhos e para o país com a dupla normativa. Ninguém nos vai indicar como temos que falar num idioma tão rico e diverso como o nosso, mas grafar ademais do galego normativo, para adiante, numa grafia também oficial na norma portuguesa, fará de Galiza uma pequena potência. Que não nos enterrem com mentiras: O FUTURO É AGORA!
Categoría: Xeral - Publicado o 17-07-2019 08:44
# Ligazón permanente a este artigo
ENTREVISTA A MONCHO BOUZAS NO XORNAL DE BETANZOS SOBRE O #PROXECTOMARIABALTEIRA
María Péres, A Balteira, a máis grande das soldadeiras da Idade Media, está de plena actualidade. Varias iniciativas coincidiron este ano para reivindicar a memoria dunha muller singular que marcou estilo e tendencia, co custo que ilo supuxo, en plena Idade Media.

Unha destas iniciativas foi o ?Proxecto María Balteira?. As persoas coordinadoras do proxecto son Antón de Guizán e Moncho Bouzas, ambos integrantes da NPG Nova Poesía Guitirica e persoas asociadas á Asociación Gastronómica Cultural e Deportiva Lar de Unta.

Antón de Guizán é Presidente da Asociación Cultural Os Vilares, Lareira de Soños. Que é o proxecto matriz no que xurde a NPG. Pola súa banda, Moncho Bouzas é integrante da NPG e do Grupo de Apoio á Vocalía de Cultura da AGCD Lar de Unta. Con eles conversamos sobre o proxecto e a figura da Balteira.

Por que María A Balteira?

Bouzas, á dereita da imaxe, nun dos actos do Proxecto María Balteira. Imaxe da NPG

A cuestión é o funcionamento da NPG Nova Poesía Guitirica que constitúe unha agrupación poética de base dinámica, aberta, amable e inclusiva. Na actividade que desenvolvemos e nas accións poéticas que realizamos están sempre presentes os clásicos da poesía galega. Xosé María Díaz Castro para todas e todos nós, e nas conversacións no marco da amistade mutua cadaquén defende e prescribe a lectura das súas autoras e autores preferidos. Así, Emilia Martínez introduce no grupo con forza a figura de Rosalía de Castro, Pilar Maseda a Xesús Rábade Paredes e Helena Villar Janeiro, André da Ponte, que formou parte do seu círculo de amistade máis próxima a Manuel María. Tamén enriquecen o marco común Branca Villar con Eduardo Pondal e Luís Pimentel, Luz Campello, María Pereira, Pas Veres, Antón de Guizán e todas as persoas que conformamos a NPG. Eu por exemplo son avilesino até a médula mesma.

Neste caldo de cultivo era inevitable que puxéramos tamén o foco na Lírica Galego Portuguesa Medieval, na idade de ouro da nosa literatura. Tendo en conta que a rede é un espazo de relación e intercambio que utilizamos intensamente, ter á nosa disposición a Base de datos da Lírica Profana Galego-Portuguesa do Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades, facilitou a posta en común, e a información que chega a nós a través de Marica Campo sobre María Peres A Balteira fixo o resto.

Por que agora?
Sempre é bo momento para visitar aos xograres Pero d´Armea, Pero d´Ambroa e ao trobador Pedr`Amigo de Sevilha e descubrir sobresaíndo a figura sobranceira da Balteira.

É unha poesía difícil nunha primeira lectura, mais o pequeno esforzo que supón vese sobradamente compensado coa riqueza temática, semántica, estilística e a estimulante translación á sociedade do século XIII que facilita a lectura destes nosos autores. Esta experiencia lectora sumamente satisfactoria non podía quedar reducida ás persoas da NPG e consideramos que debiamos implicar, se puidera ser, ao conxunto da cidadanía.

Así, puxémonos en contacto con Armando Requeixo (secretario do Centro Ramón Piñeiro) para consultar se había algún impedimento á difusión social da obra dos nosos xograres e trobadores a través da acción poética da NPG, e todo foron facilidades e colaboración. Aí comezou a producirse un efecto bola de neve. Con santo e sinal de María A Balteira non houbo porta que se nos pechara. Desde o primeiro momento a AGCD Lar de Unta de Betanzos adoptou o Proxecto María Balteira como propio e a continuación fóronse sumando a Asociación Cultural e Recreativa de Colantres do que forma parte o Armea natal de María A Balteira e Pero d´Armea, a Asociación de veciñas e veciños de San Tirso de Ambroa, localidade de nacemento de Pero d´Ambroa e na que Pedro Amigo de Sevilha exerceu de párroco. Súmanse tamén os concellos de Betanzos, Coirós e Irixoa, a Fundación Luís Seoane, a Cafetaría Lanzós, a libraría e editorial Biblos, a Feira Franca Medieval de Betanzos e finalmente a Asociación de Amigos do Casco Histórico de Betanzos e unha magnífica nómina de persoas colaboradoras ás que é preciso trasladar o agradecemento como Concha Delgado, Moncho Pena, Eduardo Maragoto, Xulio Loureiro, Alfredo Erias, Marica Campo e Manolo Portas. Tamén ás poetas María Pereira, Alberte Momán, Loreto de Castro, Mariola Hermida, Luís Mazás, Teresa Ramiro, María Xosé Lamas, Ramiro Vidal Alvarinho, Branca Villar e Miguel Queipo.

A ninguén escapa que a Feira Franca Medieval está nun proceso de estandarización que a cidadanía de Betanzos propón superar, e constituída a rede colaborativa para a promoción da figura de María A Balteira, pareceunos que a mellor aportación que podiamos realizar colectivamente era dotar de contido cultural e colaborar en singularizar e dar valor engadido á Feira Franca Medieval.

Neste sentido a acollida do Proxecto María Balteira por parte da Feira Franca Medieval e do Concello de Betanzos foi magnífica. A coincidencia da celebración do 800 aniversario de Betanzos no tempo coa vida de María A Balteira foi unha oportunidade que non podiamos deixar pasar.

Mira, o Proxecto María Balteira emerxeu agora porque estaba de ser.

Que significado ten a súa figura?
María Peres A Balteira é unha personaxe histórica de primeira magnitude en Galicia e en todo o mundo da lusofonía, e como tal a súa figura admite unha aproximación poliédrica e diversa. É un compromiso que non podo abordar o de acoutar a María Peres A Balteira a un único significado. É un patrimonio común de todas e todos nun ámbito xeográfico demasiado amplo que engloba a máis de 250 millóns de persoas de todos os países lusófonos de cinco continentes.

Agora ben, o que si podemos asegurar con total rotundidade é a nosa intención de realizar un potente exercicio de xustiza poética. A Balteira foi a soldadeira máis afamada e destacada do seu tempo, unha muller de orixe social fidalga que optou por desbordar o exiguo espazo que lle era reservado ás mulleres do seu tempo.

Tivo que ser unha muller valente, intelixente e con influencia nas máis altas esferas de poder da sociedade do seu tempo.

A súa figura permanece viva despois de oito séculos como personaxe literaria sobranceira, por ser obxecto das sátiras máis incisivas e mesmo obscenas a través das cantigas de escarnio e maldizer que lle dirixen os seus coetáneos varóns, cos que compartía ámbito artístico e vital.

Isto supón unha mostra palpable da profundidade sociolóxica do patriarcado e da inxustiza que conleva, e pon de manifesto os aspectos que unha sociedade que pula pola igualdade debe abordar.

O Proxecto María Balteira é un exercicio de xustiza poética

Difundimos e reivindicamos a obra literaria que se conserva de Pero D´Armea, Pero de Ambroa e Pedr´Amigo de Sevilha porque son unha auténtica xoia da cultura universal en si mesma. Agora ben, é a través da súa obra que coñecemos a María A Balteira, á que lle outorgamos un papel principal e a eles un rol secundario.

Esta formulación que asumimos é un exercicio de xustiza poética que explícita e propositalmente realizamos, porque o desagravio a María A Balteira é unha metonimia do desagravio necesario a todas as mulleres ao longo da historia, e unha proposta a prol da igualdade que xulgamos pertinente.

A que atribuídes a súa falta de recoñecemento na súa terra natal?
Eu non diría que no ámbito concreto de Betanzos non exista recoñecemento a Maria Balteira, Pero D´Armea, Pero D´Ambroa, Pedr´Amigo de Sevilha e outros autores da área de Betanzos tamén importantes no conxunto da literatura galego portuguesa medieval como Pero da Ponte.

Hai e existe recoñecemento, pola vía do coñecemento a través da labor docente das profesoras e profesores de literatura galega que teñen exercido nos centros de ensino betanceiros nas últimas décadas, destacando neste sentido Concha Delgado.

O que resulta sorprendente é que un patrimonio inmaterial tan valioso, e da dimensión monumental que ten a aportación betanceira á literatura galego portuguesa medieval, sexa posto en valor unicamente polos centros de ensino.

En calquera caso, centrémonos no aspecto positivo do labor que teñen realizado os centros de ensino de sementar paseniña e teimudamente, para que agora o conxunto da sociedade poida recoller os froitos.

Falta un recoñecemento institucional?
Non temos constancia da realización de recoñecemento por parte das institucións públicas, nin do que é máis importante, a súa integración en sintonía coa importancia que realmente ten, nun discurso cultural socialmente responsable, xerador de cohesión social e valorización do patrimonio propio.

Non obstante, desexamos e confiamos que o recoñecemento institucional se produza, se ben o realmente importante é o recoñecemento social amplo por parte da cidadanía, que é o obxectivo máis ambicioso que perseguimos.

Que outras iniciativas tendes no horizonte sobre esta muller?
As entidades impulsoras do Proxecto María Balteira, realmente carecemos de capacidade para reiterar o esforzo realizado durante o desenvolvemento do proxecto. Dámonos por satisfeitas e satisfeitos coa humilde aportación realizada e somos optimistas considerando a favorable acollida social que percibimos. O tecido asociativo, ten realizado unha aportación efectiva á constitución dunha referencia útil para a difusión da poesía, e o que é máis importante, para a superación da desigualdade de xénero.

Aínda que realmente o Proxecto María Balteira continúa, dado que está en marcha a edición por parte da Editorial Biblos e a cargo de Manuel Ferreiro (Catedrático de Filoloxías Galega e Portuguesa da Universidade da Coruña), dun poemario coa obra dos tres autores betanceiros, co engádego das cantigas adicadas a María A Balteira doutros oito xograres e trobadores entre os que se atopa o propio Alfonso X ?O Sabio?.

A edición do poemario pemitirá a presencia, dos nosos xograres e trobador e da propia María A Balteira, nas bibliotecas e centros de ensino e a súa entrada nos fogares das galegas e galegos, así como no de calquera persoa en todo o mundo interesada na nosa lírica medieval.

E sobre outras figuras da Idade Media en Betanzos e na nosa comarca?
O itinerario que temos percorrido colectivamente no Proxecto María Balteira estivo inzado de satisfaccións, e concretamente unha delas foi a participación de Concha Delgado e termos coñecemento de primeira man da relevancia da aportación betanceira á literatura ao longo da historia. Circunscrito concretamente, tal como indicas á Idade Media, posiblemente o aspecto máis atractivo sexa a Crónica Troiana, conservada nun manuscrito de 1373 escrito en galego-portugués , obra de Fernán Martís, capelán de Fernán Pérez de Andrade, O Boo. E quen sabe?, que a cabeza non para.
Categoría: Xeral - Publicado o 08-07-2019 15:36
# Ligazón permanente a este artigo
A NOVA POESÍA GUITIRICA ASALTA BETANZOS
Co nome de #ProxectoMariaBalteira a NPG Nova Poesia Guitirica ten desenvolvido a pasada semana en Betanzos, Irixoa e Coirós unhas intensas xornadas adicadas a Betanzos na Lirica Medieval galego-portuguesa. Conxuntamente coa Asociación Lar de Unta e coa colaboración de varias entidades e dos concellos de Betanzos e Irixoa, as xornadas contaron con importantes nomes da nosa literatura, entre eles, especialistas como Concha Delgado, Moncho Pena, Xulio Loureiro, Eduardo Maragoto ou Dores Cao, o historiador Alfreso Erias, os escritores Manolo Portas e Marica Campo e @s poetas Manuel Miragaia, Moncho Bouzas, Ramiro Vidal, Mariola Hermida, Loreto de Castro, María Xosé Lamas, Miguel Queipo, Alberte Momán, Luís Mazás, Teresa Ramiro ou María Pereira. Recitais, charlas, concerto, reparto de pasquíns, teatro e a próxima edición dun libro sobre os xograres betanceiros e María Balteira con prólogo de Concha Delgado e coordinado polo filólogo Manolo Ferreiro, conforman este proxecto divulgativo centrado no período de ouro da nosa língua na comarca mariñán para conmemorar os 800 anos do traslado de Betanzos ao Castelo de Unta e aportar contidos á XXII Feira Franca Medieval que se celebra a próxima fin de semana. Pero de Armea, Pero, de Ambroa, Pero Amigo de Sevilha e María Balteira recobran vida entre as xentes de Betanzos da man da Nova Poesía Guitirica 800 anos despois da súa existéncia nas cortes de Fernando III e Alfonxo X ou do señorío de Trastámara e confiren orgullo da nosa história e cultura. Sen dúbida un grande proxecto que confirma á NPG Nova Poesia Guitirica como unha realidade camiño dos catro anos de existéncia.
Con Díaz Castro como referencia e a poesía como motor da súa intensa actividade, o grupo poético guitiricense recibe máis recoñecemento alén da vila que lle da nome a pesares de ser na actualidade un dos máis activos colectivos na labor de manter viva a figura do poeta Díaz Castro. O #CertameVilariñas, que ten traspasado as fronteiras galegas e mesmo contará con unha exposición no sur de Brasil, recitais, edicións de libros dixitais, a creación da revista NPGgazeta, a participación en actos poéticos de outros colectivos por Galiza ou o encargo de organización dalgúns eventos poéticos danlle ao grupo de poetas de Guitiriz un dinamismo poucas veces acadado en Galiza por grupos poéticos de base. A incorporación de voces do prestixio como Luz Darriba, Emilia Martínez Fuentes, Moncho Bouzas ou Pilar Maseda son unha mostra dese recoñecemento. En toda esa actividade, o Proxecto María Balteira é un punto de inflexión definitivo e a confirmación da "maioría de idade" deste xoven grupo que fai camiño demostrando que a poesía non ten porque ser algo restrinxido a elites intelectuais nin un xénero literario de minorías. O éxito de público na maioría de actividades que promoven, a numerosa participación nas súas redes sociais e a alta participación literacia en iniciativas e certames que realizan sorprenden e son o alimento que mantén vivo este fenómeno cultural que combina a tradición co máis novidoso, que fai convivir estilos literarios heteroxeneos e que sobrevive sen apoios institucionais nin estructura legal á marxe de corsés culturais ou lingüísticos.
Aquel 3 de Outubro de 2015 no que se xuntaron 7 poetas novos de Guitiriz na igrexa dos Vilares para honrar a Díaz Castro no 25 cabodano do seu pasamento ninguén diría que máis de tres anos despois se tería chegado a desenvolver tanta actividade ou nin siquera a existir convertindose en algo máis que un grupo denpoetasnlocais e chegar mesmo a ser un movimento cultural.
En tempos máis prosaicos que poéticos é de agradecer que xurdan iniciativas utópicas que se vaian facendo realidade e a NPG Nova Poesia Guitirica é unha desas fermosas realidades.
Categoría: Xeral - Publicado o 05-07-2019 08:52
# Ligazón permanente a este artigo
© by Abertal

Warning: Unknown: Your script possibly relies on a session side-effect which existed until PHP 4.2.3. Please be advised that the session extension does not consider global variables as a source of data, unless register_globals is enabled. You can disable this functionality and this warning by setting session.bug_compat_42 or session.bug_compat_warn to off, respectively in Unknown on line 0