Caderno Dixital de Antón Tenreiro |
|
Caderno digital de Antón de Guizán . |
|

|
O meu perfil |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
UM BETANÇOS DE CINEMA |
|
Do Alfonseti ao Lar de Unta.
Nace o Cine Clube de Betanços.
Betanços tem a honra de contar coa sala de cine em funcionamento máis antiga do estado, o cine Alfonseti, um fermoso templo cargado de história para aqueles que gostamos das artes audiovisuais, coa sorte, ademáis de ter recuperado melhoras das versões técnicas para as projeções coa ajuda da Deputação Provincial da Corunha. O concelho tem retomado a programação de filmes no velho cine com um programa de cintas premiadas com os Oscar de Hollywood e algumas películas infantís. O Alfonseti é também a sede da mostra anual que se fai adicada a algúns/as famos@s realizadores/as ou actores/as e também algúm que outro acto institucional. Os meus parabéns pola recuperação da actividade para a que foi concebido o Alfonseti independentemente da análise concreta da programação ( por algo se começa). É sempre saudável que un concelho conte com um cinema público si éste tem a possibilidade de fazer alguma programação alternativa ao cinema comercial (fundamentalmente norteamericano) que inunda os cines privados dos centros comerciais e de ocio das grandes cidades, aínda que esse papel não o enche aínda Betanços. O cinema está na prática circunscrito a centros de ocio e comércio sendo cada día máis dificil a supervivencia em vilas e barrios das salas de cinema. Pero em numerosas cidades e vilas galegas está a reviver um fenómeno alternativo: os clubes de cinema ou cine clubes, que projetam ciclos de filmes de países europeios, africanos ou de Sudamérica, cinema de autor e novos projectos de cinema galego, coloquios, jornadas e mesmo mostras que dam a conhecer outro mundo audiovisual fóra da grande industria de consumo de massas. Na rede galega de cine clubes, muitos deles asociados a FECIGA (Federação de Cine Clubes de Galiza), coexistem propostas de éxito como o Cine Clube Padre Feijoo de Ourense com propostas máis humildes pero de grande originalidade como o Cinema Palleiriso numa aldeia de Chantada ou com outras em vilas como Bueu, Sarria, Vilagarcía ou os moi activos de Compostela entre uma numerosa listagem ao longo do país.
E Betanços não vai ser menos. A Associação Gastronômica, Cultural, Desportiva e Juvenil LAR DE UNTA vem de anunciar a constituição no seu fermoso local do Cine Clube Lar de Unta, que inaugurará as projeções o día 28 de setembro ás 21:00 coa estrea do filme ESTRUCTURAS, PEL CONTRA PEL de Xosé Antón Bocixa e Paco Gallego dentro do ciclo "CINEMA DAQUÍ" que traerá polo Lar filmes de realizadores galegos como o polifacético Xurxo Souto, Marcos Nine, Eduardo Maragoto, Cibrán Tenreiro ou também dos premiados internacionalmente Lois Patiño ou Eloi Enciso entre outros, como o produtor Felipe Laxe ademáis de contar nas projeções cos próprios diretores, actores ou produtores para colóquios co público. Em resume, un cine clube ao máis puro estilo clássico que é moito de agradecer nestes tempos nos que semelha que também no cinema tudo está globalizado, e nos que os cine clubes suponhem uma alternativa cultural e artística revolucionária. Tra-lo ciclo de novos criadores galegos viriam outros por temáticas ou países, versões originais, passes infantís ou ocasionais coincidentes com celebrações e temáticas tradicionáis.
Uma sorte de ideia que ao contrário de competir coa programação municipal, complementaa e reforça a oferta cultural em Betanços e mesmo pontualmente poderán (para bem da vecinhança) colaborar nalgumas propostas. As actividades do cine clube Lar de Unta serán gratuítas, aspecto este que não é fundamental pero que ajuda a animar-se a desfrutar dum cinema que não será possivel ou dificilmente visionar noutro lugar máis cercano. Aproveito para saudar esta fermosa iniciativa e parabenizar ao Lar de Unta que tem colhido folgos para trasladar-nos sugerentes propostas culturais desta associação que forma parte da história recente da cidade de Betanços. Vémonos o día 28 no Lar de Unta, no coração do casco histórico dum Betanços de cinema!!!
|
|
|
|
UM BETANÇOS DE CINEMA |
|
Do Alfonseti ao Lar de Unta.
Nace o Cine Clube de Betanços.
Betanços tem a honra de contar coa sala de cine em funcionamento máis antiga do estado, o cine Alfonseti, um fermoso templo cargado de história para aqueles que gostamos das artes audiovisuais, coa sorte, ademáis de ter recuperado melhoras das versões técnicas para as projeções coa ajuda da Deputação Provincial da Corunha. O concelho tem retomado a programação de filmes no velho cine com um programa de cintas premiadas com os Oscar de Hollywood e algumas películas infantís. O Alfonseti é também a sede da mostra anual que se fai adicada a algúns/as famos@s realizadores/as ou actores/as e também algúm que outro acto institucional. Os meus parabéns pola recuperação da actividade para a que foi concebido o Alfonseti independentemente da análise concreta da programação ( por algo se começa). É sempre saudável que un concelho conte com um cinema público si éste tem a possibilidade de fazer alguma programação alternativa ao cinema comercial (fundamentalmente norteamericano) que inunda os cines privados dos centros comerciais e de ocio das grandes cidades, aínda que esse papel não o enche aínda Betanços. O cinema está na prática circunscrito a centros de ocio e comércio sendo cada día máis dificil a supervivencia em vilas e barrios das salas de cinema. Pero em numerosas cidades e vilas galegas está a reviver um fenómeno alternativo: os clubes de cinema ou cine clubes, que projetam ciclos de filmes de países europeios, africanos ou de Sudamérica, cinema de autor e novos projectos de cinema galego, coloquios, jornadas e mesmo mostras que dam a conhecer outro mundo audiovisual fóra da grande industria de consumo de massas. Na rede galega de cine clubes, muitos deles asociados a FECIGA (Federação de Cine Clubes de Galiza), coexistem propostas de éxito como o Cine Clube Padre Feijoo de Ourense com propostas máis humildes pero de grande originalidade como o Cinema Palleiriso numa aldeia de Chantada ou com outras em vilas como Bueu, Sarria, Vilagarcía ou os moi activos de Compostela entre uma numerosa listagem ao longo do país.
E Betanços não vai ser menos. A Associação Gastronômica, Cultural, Desportiva e Juvenil LAR DE UNTA vem de anunciar a constituição no seu fermoso local do Cine Clube Lar de Unta, que inaugurará as projeções o día 28 de setembro ás 21:00 coa estrea do filme ESTRUCTURAS, PEL CONTRA PEL de Xosé Antón Bocixa e Paco Gallego dentro do ciclo "CINEMA DAQUÍ" que traerá polo Lar filmes de realizadores galegos como o polifacético Xurxo Souto, Marcos Nine, Eduardo Maragoto, Cibrán Tenreiro ou também dos premiados internacionalmente Lois Patiño ou Eloi Enciso entre outros, como o produtor Felipe Laxe ademáis de contar nas projeções cos próprios diretores, actores ou produtores para colóquios co público. Em resume, un cine clube ao máis puro estilo clássico que é moito de agradecer nestes tempos nos que semelha que também no cinema tudo está globalizado, e nos que os cine clubes suponhem uma alternativa cultural e artística revolucionária. Tra-lo ciclo de novos criadores galegos viriam outros por temáticas ou países, versões originais, passes infantís ou ocasionais coincidentes com celebrações e temáticas tradicionáis.
Uma sorte de ideia que ao contrário de competir coa programação municipal, complementaa e reforça a oferta cultural em Betanços e mesmo pontualmente poderán (para bem da vecinhança) colaborar nalgumas propostas. As actividades do cine clube Lar de Unta serán gratuítas, aspecto este que não é fundamental pero que ajuda a animar-se a desfrutar dum cinema que não será possivel ou dificilmente visionar noutro lugar máis cercano. Aproveito para saudar esta fermosa iniciativa e parabenizar ao Lar de Unta que tem colhido folgos para trasladar-nos sugerentes propostas culturais desta associação que forma parte da história recente da cidade de Betanços. Vémonos o día 28 no Lar de Unta, no coração do casco histórico dum Betanços de cinema!!!
|
|
|
|
GUITIRIZ VILA TERMAL? |
|
Cando un chega ás proximidades de Guitiriz, pode ver nas estradas grandes letreiros co lema "GUITIRIZ VILA TERMAL" e outra sinalética vertical que indica a dirección do balneário hotel na parroquia de Lagostelle, capital do concello.
Efectivamente Guitiriz é o concello da pedra e da auga. Contou en tempos con dous importantes balnearios, o de Pardiñas, e o de Lagostelle que desde hai dous anos sigue pechado tamén. Fontes e regatos con propiedades caracterizan a Guitiriz.
En concreto as propiedades das aguas da fonte de San Xoán de Lagostelle, descubertas a comenzos do século XVII, foron recoñecidas en 1902. O hotel está levantado sobre un edificio de comenzos do século XX, obra do arquitecto Juan Álvarez de Mendoza, que mantén a súa estructura orixinal. Conta con máis de 100 cuartos e foi reaberto en 2002.
Hai dous anos fechou, quedou en situación de abandono e padeceu diversos roubos e expolios.
Sen ánimo de reincidir na situación que xerou o seu peche definitivo, o expolio e abandono físico e tampouco no reparto de responsabilidades (hainas) da súa esperpéntica situación, si que é unha obriga coñecer a súa situación e que as diferentes administracións inicien as xestións para devolver o edificio ao seu uso. O Balneario de Guitiriz, máis aló dun negocio que precise rendabilidade, é un motor económico para o concello de Guitiriz, unha referéncia turística para a Terra Chá e outro activo na rede termal de Lugo e Galiza.
Localizado nun lugar ben comunicado por estrada, co camiño norte de Santiago ao pé, a poucos kilómetros de varias cidades importantes e de dous aeroportos, resulta incomprensíbel a actual situación deste complexo hoteleiro e termal.
Non se entende Guitiriz sin o seu balneário e polo tanto o novo goberno local, en alianza coa Deputación Provincial, deben sumar esforzos para reclamar aos actuais propietarios e á Xunta de Galicia as medidas e apoios necesários para a súa venda en concdicióna razonábeis para o seu uso hoteleiro e termal no menor tempo posíbel. Esa debería ser a prioridade en Guitiriz unha vez comprometida a construcción do novo centro de día da Casa da Botica, ese "proxecto estrela" do pasado mandato.
E neso, como en outros asuntos de interese xeral para o concello, tódalas forzas políticas deben estar unidas e ser partícipes primeiro da información e despois das accións que se leven a cabo nesa tarefa.
Guitiriz ten multitude de atractivos no seu patrimonio natural, arqueolóxico, reljxioso, cultural e inmaterial pero precisa da súa sinal identitaria e de dotación hoteleira de calidade para convertir eses atractivos nun importante xerador de emprego e economía, nun motor de progreso. Debe traballar para recuperar pateimonio deteriorado e estar preparado para ese Xacobeo que está ás portas e que eses letreiros das estradas que poñen Vila Termal sexan unha realidade novamente e que os anuncios do balneario non conduzan a unha grande ruína.
Queremos que Guitiriz volte a ter aberto o Hotel-Balneario e que sexa real o que anuncian eses letreiros das estradas.
Póñanse a elo e tod@s o agradeceremos. |
|
|
|
CARVALHO CALERO SEGUE A SER UM MALDITO |
|
Nos passados días piudem comprovar que Ricardo Carvalho Calero, pese a ter-lhe adicado as letras galegas 2020, segue a ser um proscrito. A Associação que presido, a Lareira de sonhos dos Vilares e o grupo poético NPG Nova Poesia Guitirica tenhem recuperado o prólogo da segunda edição do poemario NIMBOS de José María Díaz Castro, para a súa divulgação gratuíta, um feito salientável devido a que esse prefácio só foi editado em 1981 pola Editora Nacional hoje desaparecida e com 2000 ejemplares esgotados há muito tempo, no ano 1985 também AGAL recuperou o texto numa publicação que recolhía variados escritos do professor, pero aínda assim, o acceso a esse prólogo fai-se bem complicado. O fito da divulgação e a súa recuperação numa publicação digital para a descarga gratuíta em PDF, foi enviado aos diferentes meios em papel e digitais, e agás uns poucos de marcado carácter reintegracionista e um de ámbito local ningúm outro recolheu esta nova. Há duas semanas, em varios meios nos que publico habitualmente, aconteceu algo semelhante com um artigo sobre a relação de Díaz Castro com Carvalho Calero e só foi possivel publicalo em algúns si este ía redigido em galego "oficial". Por respeito ao homenageado no 2020 e á súa vontade linguística, na Lareira e na NPG pareceunos o máis acaído redigir os escritos, artigos e comunicados em galego internacional, máis o Carvalho Calero segue a ser silenciado ou condicionado justo naquelo no que não há dúvidas em tudo o seu legado, a aposta inquestionável pola vía reintegracionista do galego e o seu achegamento á norma portuguesa e á lusofonía. Aínda assim, Carvalho terá um antes e um depois de 2020 co inevitável debate e consecuente revissao do actual estado do idioma e as súas perspectivas no futuro e de nós depende quedar relgados a ser um idioma local com perda paulatina de falantes ou passar a ser o 4° idioma ďe mior implantação mundial. Carvalho Calero tinh-o claro, seguirá o país caminho da auto-imolação?
|
|
|
|
CARVALHO CALERO E DÍAZ CASTRO, ADMIRAÇÃO MÚTUA |
|
Nimbos, chegou a ter um prefácio de Carvalho Calero, quen definira o poemário como restaurador da "poesia total".
Nimbos
A primeira edição de Nimbos foi publicada en 1961 por Galaxia. A segunda, dúas décadas depois, publicada pola Editora Nacional em edição bilingüe, contou con um longo prólogo de Ricardo Carvalho Calero. A terceira edição , novamente com Galaxia, viu a luz em 1989, novamente só en galego, mais sen o prefácio de Carvalho Calero. Foi precisamente esta edição a que utilizou como base um conhecido jornal galego para uma coleção de literatura galega que distribuíu em 2002.
Segundo Armando Requeixo, outro dos grandes admiradores e estudosos de ambos autores, «a teoria poética diaz-castriana encerrada em Nimbos descúbrenos um poeta convencido do esencial papel jogado pola lírica no devir humano, pois a palavra dá vida e sentido à existéncia».
Ten-me contado Alfonso Blanco, que Carvalho foi o máis grande conhecedor e admirador da obra de Díaz Castro, co que mantivo contacto mesmo antes de conhecerse persoalmente (o prólogo de Carvalho para NIMBOS é de 1981) no ano 86 do pasado século, nun piso que tiña Carvalho Calero em Lugo. Conta Alfonso que cando don Ricardo abreu a porta e despois de botar un anaco observando-se entre eles, Carvalho falou: "por fin conheço ao home".
Depois desse encontro, Díaz Castro tem visitado ao professor em variadas ocasiões no despacho que tinha na antiga facultade de filología em Mazarelos (hoje de história) e tenhem dado longos paseios pola zona velha de Compostela.
Díaz Castro admirava a obra e o conhecemento de Carvalho Calero ao que lía e consultava e don Ricardo sempre tivo NIMBOS na mesinha ao pé da súa cama, o que da uma ideia desse fundo respeito mútuo entre os dois eruditos das nossas letras.
Lembra Alfonso Blanco os problemas que deu o prólogo de Carvalho Calero para a edição de 1989, primeiro traducido por Galaxia ao galego oficial e co lógico enfado de Alfonso e que foi finalmente descartadoo coa escusa da perda de subvenção da Xunta de Galicia. Esse prólogo não voltou a ser editado em ningumha das múltiples edições posteriores.
O prólogo está editado por AGAL nun velho livro que recolhe trabalhos de Carvalho Calero entre os anos 80 e 85 do século pasado e do que aínda quedan ejemplares físicos nos fondos da associação reintegracionista e será difundido pola NPG Nova Poesia Guitirica e Os Vilares lareira de soños nas súas redes sociais nos próximos días.
Hoje, Díaz Castro estaría feliz ao ver o reconhecemento ao seu amigo coa dedicatória das Letras Galegas 2020, como o estaría também coas dedicadas em 2015 ao seu outro grande amigo Manuel María. No caso de don Ricardo, especialmente, ao ser conhecedor de primeira man do boicot institucional padecido tantos anos ( o prólogo de Nimbos foi outra demonstração desse boicot) ao que considerava o máis grande conhecedor da nossa língua e da nossa literatura.
Díaz Castro não foi reintegracionista, máis sí um conhecedor de numerosas línguas, entre elas o portugués, e mantiña um grande respeito polas teorías de Carvalho, até o punto de defender a publicação do preámbulo de Nimbos en reintegrado.
É pois, uma honra para Guitiriz e a Terra Chá essa conexão entre os dois poetas (Carvalho Calero foi também um grande poeta) e poder contar aínda coa memoria viva de Alfonso Blanco Torrado ou o vilarego de Ferrol, Man Castro como testemunhas de tantas coisas que de seguro disfrutaremos escoitando em 2020.
|
|
|
|
A #npgGaZeta patrocina unha carrilana de Esteiro |
|
Quen dixo que as carreiras de carrilanas están reñidas coa poesía? Aquí tedes a demostración de que a poesía colle en calquera tempo, lugar e actividade:
A Escuderia OS AMIJOS, participante oficial na XXXII BAIXADA DE CARRILANAS DE ESTEIRO, asina un acordo de patrocinio coa NPGGAZETA.GAL (Revista de Agrupacións Poéticas de Base).
A Escudería OS AMIJOS asume o compromiso de promocionar na BAIXADA DE CARRILANAS a poesía e lingua galegas.
A organización das carrilanas, articulada arredor da Asociación Deportiva e Cultural Esteirana de Carrilanas, só permite a propulsión das carrilanas mediante enerxías renovábeis.
Así a NPGGAZETA.GAL asume o compromiso de garantir o suministro de enerxía poética para a consecución dos obxectivos da Escuderia OS AMIJOS, que non son outros que conquistar a chegada a meta en perfecto estado tanto da carrilana como de piloto e copiloto e continuar ao remate da carreira, en plenitude, a festa dos días previos.
A escuderia OS AMIJOS e a NPGGAZETA.GAL manifestan conxuntamente a satisfacción polo acordo acadado, actuando como facilitadora a Asociación Cultural Os Vilares, Lareira de soños.
Medre a poesía¡¡
Viva a XXXII ¡¡
En Os Vilares e Esteiro, mércores 17 de Xullo de 2019. |
|
|
|
BINORMATIVISMO: O FUTURO É AGORA! |
|
Sou galego de nascença e de consciência, não tenho feito nenhum curso de galego agás um da Associação Cultural Alexandre Bóveda da Corunha quando era um moço e que impartira a grande Pilar García Negro. Desde aquela, muito se tem discutido sobre o galego. Na minha posição de cidadão galegofalante e desde a perspectiva de quase 12 lustros de existência, a crua realidade é que o galego tem retrocedido em falantes e que há um evidente problema de transmissão geracional do idioma por múltiplas causas que de seguro se têm investigado por profissionais bastante mais qualificados.
Ao meu ver, há um factor clave que deve ser o centro dum debate no que a língua, ademais da nossa principal senha de identidade, terá que ser também a principal ferramenta de desenvolvimento do nosso país num mundo cada dia mais globalizado. Se a sociedade percebe que o idioma é útil, este recuperará uso e funcionalidade, mas se este está só para uso interior, irá perdendo usuários e valor relegando-o a uma função sentimental, folclórica e mesmo relegado a uma situação pseudomuseística. O problema é quando as instituições políticas, culturais e linguísticas ignoram e escondem debates nos que nos jogamos o futuro da língua, a economia e as possiblidades de progresso.
Que medo há a abordar campos de possibilidades que atingem mais de 200 milhões de falantes quando o galego vive encerrado num âmbito de 2.700.000 cidadãos, perdendo povoação e com os mais velhos, também, galegos monolíngues? Qual é o problema para adoptar e conviver com uma segunda grafia (também oficial) que abra portas directamente a cinco continentes com o quinto idioma mais falado do mundo? Quem diz medo a facilitar mercados em países tão afastados como o Brasil, Macau, Angola, Moçambique?e mesmo com um idioma oficial da UE? E quem pode obviar o importante mercado cultural, turístico e a história comum através do idioma com tantos cidadãos no mundo? Só os interesses políticos de curto percurso e as mentes cativas podem defender o reducionismo e o caminho do suicidio idiomático, as mensagens confusas dirigidas a meter medo a medrar e sentirmo-nos mais orgulhos@s de ser galeg@s e cidadãos do mundo, a medrar em riqueza e cultura.
A nossa relação com o lusismo deve deixar de ser testemunhal, para actos entre vizinhos e passarmos a converter-nos em irmãos em convivência, deixar de lado complexos e estereótipos e crer nas possibilidades que se nos abrem para os nossos filhos e para o país com a dupla normativa. Ninguém nos vai indicar como temos que falar num idioma tão rico e diverso como o nosso, mas grafar ademais do galego normativo, para adiante, numa grafia também oficial na norma portuguesa, fará de Galiza uma pequena potência. Que não nos enterrem com mentiras: O FUTURO É AGORA! |
|
|
|
ENTREVISTA A MONCHO BOUZAS NO XORNAL DE BETANZOS SOBRE O #PROXECTOMARIABALTEIRA |
|
María Péres, A Balteira, a máis grande das soldadeiras da Idade Media, está de plena actualidade. Varias iniciativas coincidiron este ano para reivindicar a memoria dunha muller singular que marcou estilo e tendencia, co custo que ilo supuxo, en plena Idade Media.
Unha destas iniciativas foi o ?Proxecto María Balteira?. As persoas coordinadoras do proxecto son Antón de Guizán e Moncho Bouzas, ambos integrantes da NPG Nova Poesía Guitirica e persoas asociadas á Asociación Gastronómica Cultural e Deportiva Lar de Unta.
Antón de Guizán é Presidente da Asociación Cultural Os Vilares, Lareira de Soños. Que é o proxecto matriz no que xurde a NPG. Pola súa banda, Moncho Bouzas é integrante da NPG e do Grupo de Apoio á Vocalía de Cultura da AGCD Lar de Unta. Con eles conversamos sobre o proxecto e a figura da Balteira.
Por que María A Balteira?
Bouzas, á dereita da imaxe, nun dos actos do Proxecto María Balteira. Imaxe da NPG
A cuestión é o funcionamento da NPG Nova Poesía Guitirica que constitúe unha agrupación poética de base dinámica, aberta, amable e inclusiva. Na actividade que desenvolvemos e nas accións poéticas que realizamos están sempre presentes os clásicos da poesía galega. Xosé María Díaz Castro para todas e todos nós, e nas conversacións no marco da amistade mutua cadaquén defende e prescribe a lectura das súas autoras e autores preferidos. Así, Emilia Martínez introduce no grupo con forza a figura de Rosalía de Castro, Pilar Maseda a Xesús Rábade Paredes e Helena Villar Janeiro, André da Ponte, que formou parte do seu círculo de amistade máis próxima a Manuel María. Tamén enriquecen o marco común Branca Villar con Eduardo Pondal e Luís Pimentel, Luz Campello, María Pereira, Pas Veres, Antón de Guizán e todas as persoas que conformamos a NPG. Eu por exemplo son avilesino até a médula mesma.
Neste caldo de cultivo era inevitable que puxéramos tamén o foco na Lírica Galego Portuguesa Medieval, na idade de ouro da nosa literatura. Tendo en conta que a rede é un espazo de relación e intercambio que utilizamos intensamente, ter á nosa disposición a Base de datos da Lírica Profana Galego-Portuguesa do Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades, facilitou a posta en común, e a información que chega a nós a través de Marica Campo sobre María Peres A Balteira fixo o resto.
Por que agora?
Sempre é bo momento para visitar aos xograres Pero d´Armea, Pero d´Ambroa e ao trobador Pedr`Amigo de Sevilha e descubrir sobresaíndo a figura sobranceira da Balteira.
É unha poesía difícil nunha primeira lectura, mais o pequeno esforzo que supón vese sobradamente compensado coa riqueza temática, semántica, estilística e a estimulante translación á sociedade do século XIII que facilita a lectura destes nosos autores. Esta experiencia lectora sumamente satisfactoria non podía quedar reducida ás persoas da NPG e consideramos que debiamos implicar, se puidera ser, ao conxunto da cidadanía.
Así, puxémonos en contacto con Armando Requeixo (secretario do Centro Ramón Piñeiro) para consultar se había algún impedimento á difusión social da obra dos nosos xograres e trobadores a través da acción poética da NPG, e todo foron facilidades e colaboración. Aí comezou a producirse un efecto bola de neve. Con santo e sinal de María A Balteira non houbo porta que se nos pechara. Desde o primeiro momento a AGCD Lar de Unta de Betanzos adoptou o Proxecto María Balteira como propio e a continuación fóronse sumando a Asociación Cultural e Recreativa de Colantres do que forma parte o Armea natal de María A Balteira e Pero d´Armea, a Asociación de veciñas e veciños de San Tirso de Ambroa, localidade de nacemento de Pero d´Ambroa e na que Pedro Amigo de Sevilha exerceu de párroco. Súmanse tamén os concellos de Betanzos, Coirós e Irixoa, a Fundación Luís Seoane, a Cafetaría Lanzós, a libraría e editorial Biblos, a Feira Franca Medieval de Betanzos e finalmente a Asociación de Amigos do Casco Histórico de Betanzos e unha magnífica nómina de persoas colaboradoras ás que é preciso trasladar o agradecemento como Concha Delgado, Moncho Pena, Eduardo Maragoto, Xulio Loureiro, Alfredo Erias, Marica Campo e Manolo Portas. Tamén ás poetas María Pereira, Alberte Momán, Loreto de Castro, Mariola Hermida, Luís Mazás, Teresa Ramiro, María Xosé Lamas, Ramiro Vidal Alvarinho, Branca Villar e Miguel Queipo.
A ninguén escapa que a Feira Franca Medieval está nun proceso de estandarización que a cidadanía de Betanzos propón superar, e constituída a rede colaborativa para a promoción da figura de María A Balteira, pareceunos que a mellor aportación que podiamos realizar colectivamente era dotar de contido cultural e colaborar en singularizar e dar valor engadido á Feira Franca Medieval.
Neste sentido a acollida do Proxecto María Balteira por parte da Feira Franca Medieval e do Concello de Betanzos foi magnífica. A coincidencia da celebración do 800 aniversario de Betanzos no tempo coa vida de María A Balteira foi unha oportunidade que non podiamos deixar pasar.
Mira, o Proxecto María Balteira emerxeu agora porque estaba de ser.
Que significado ten a súa figura?
María Peres A Balteira é unha personaxe histórica de primeira magnitude en Galicia e en todo o mundo da lusofonía, e como tal a súa figura admite unha aproximación poliédrica e diversa. É un compromiso que non podo abordar o de acoutar a María Peres A Balteira a un único significado. É un patrimonio común de todas e todos nun ámbito xeográfico demasiado amplo que engloba a máis de 250 millóns de persoas de todos os países lusófonos de cinco continentes.
Agora ben, o que si podemos asegurar con total rotundidade é a nosa intención de realizar un potente exercicio de xustiza poética. A Balteira foi a soldadeira máis afamada e destacada do seu tempo, unha muller de orixe social fidalga que optou por desbordar o exiguo espazo que lle era reservado ás mulleres do seu tempo.
Tivo que ser unha muller valente, intelixente e con influencia nas máis altas esferas de poder da sociedade do seu tempo.
A súa figura permanece viva despois de oito séculos como personaxe literaria sobranceira, por ser obxecto das sátiras máis incisivas e mesmo obscenas a través das cantigas de escarnio e maldizer que lle dirixen os seus coetáneos varóns, cos que compartía ámbito artístico e vital.
Isto supón unha mostra palpable da profundidade sociolóxica do patriarcado e da inxustiza que conleva, e pon de manifesto os aspectos que unha sociedade que pula pola igualdade debe abordar.
O Proxecto María Balteira é un exercicio de xustiza poética
Difundimos e reivindicamos a obra literaria que se conserva de Pero D´Armea, Pero de Ambroa e Pedr´Amigo de Sevilha porque son unha auténtica xoia da cultura universal en si mesma. Agora ben, é a través da súa obra que coñecemos a María A Balteira, á que lle outorgamos un papel principal e a eles un rol secundario.
Esta formulación que asumimos é un exercicio de xustiza poética que explícita e propositalmente realizamos, porque o desagravio a María A Balteira é unha metonimia do desagravio necesario a todas as mulleres ao longo da historia, e unha proposta a prol da igualdade que xulgamos pertinente.
A que atribuídes a súa falta de recoñecemento na súa terra natal?
Eu non diría que no ámbito concreto de Betanzos non exista recoñecemento a Maria Balteira, Pero D´Armea, Pero D´Ambroa, Pedr´Amigo de Sevilha e outros autores da área de Betanzos tamén importantes no conxunto da literatura galego portuguesa medieval como Pero da Ponte.
Hai e existe recoñecemento, pola vía do coñecemento a través da labor docente das profesoras e profesores de literatura galega que teñen exercido nos centros de ensino betanceiros nas últimas décadas, destacando neste sentido Concha Delgado.
O que resulta sorprendente é que un patrimonio inmaterial tan valioso, e da dimensión monumental que ten a aportación betanceira á literatura galego portuguesa medieval, sexa posto en valor unicamente polos centros de ensino.
En calquera caso, centrémonos no aspecto positivo do labor que teñen realizado os centros de ensino de sementar paseniña e teimudamente, para que agora o conxunto da sociedade poida recoller os froitos.
Falta un recoñecemento institucional?
Non temos constancia da realización de recoñecemento por parte das institucións públicas, nin do que é máis importante, a súa integración en sintonía coa importancia que realmente ten, nun discurso cultural socialmente responsable, xerador de cohesión social e valorización do patrimonio propio.
Non obstante, desexamos e confiamos que o recoñecemento institucional se produza, se ben o realmente importante é o recoñecemento social amplo por parte da cidadanía, que é o obxectivo máis ambicioso que perseguimos.
Que outras iniciativas tendes no horizonte sobre esta muller?
As entidades impulsoras do Proxecto María Balteira, realmente carecemos de capacidade para reiterar o esforzo realizado durante o desenvolvemento do proxecto. Dámonos por satisfeitas e satisfeitos coa humilde aportación realizada e somos optimistas considerando a favorable acollida social que percibimos. O tecido asociativo, ten realizado unha aportación efectiva á constitución dunha referencia útil para a difusión da poesía, e o que é máis importante, para a superación da desigualdade de xénero.
Aínda que realmente o Proxecto María Balteira continúa, dado que está en marcha a edición por parte da Editorial Biblos e a cargo de Manuel Ferreiro (Catedrático de Filoloxías Galega e Portuguesa da Universidade da Coruña), dun poemario coa obra dos tres autores betanceiros, co engádego das cantigas adicadas a María A Balteira doutros oito xograres e trobadores entre os que se atopa o propio Alfonso X ?O Sabio?.
A edición do poemario pemitirá a presencia, dos nosos xograres e trobador e da propia María A Balteira, nas bibliotecas e centros de ensino e a súa entrada nos fogares das galegas e galegos, así como no de calquera persoa en todo o mundo interesada na nosa lírica medieval.
E sobre outras figuras da Idade Media en Betanzos e na nosa comarca?
O itinerario que temos percorrido colectivamente no Proxecto María Balteira estivo inzado de satisfaccións, e concretamente unha delas foi a participación de Concha Delgado e termos coñecemento de primeira man da relevancia da aportación betanceira á literatura ao longo da historia. Circunscrito concretamente, tal como indicas á Idade Media, posiblemente o aspecto máis atractivo sexa a Crónica Troiana, conservada nun manuscrito de 1373 escrito en galego-portugués , obra de Fernán Martís, capelán de Fernán Pérez de Andrade, O Boo. E quen sabe?, que a cabeza non para. |
|
|
|
|
|
|
|
|